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Advocacia e Negocios
Contribuído por scorpio em 30-09-02 19:38
do departamento ramblings
GNU leitao escreve "Depois de tantas discussoes sobre advocacia, OSS e legislacao, decidi escrever um pequeno ensaio sobre como advocar Open-Source/Free-Software num ambiente empresarial. Espero que venha a trazer alguma luz sobre o assunto, nomeadamente em termos de como nao o fazer. "

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  • como advocar Open-Source/Free-Software num ambiente empresarial
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    IIS vs Apache (Pontos:0, Interessante)
    por Anonimo Cobarde em 30-09-02 21:58 GMT (#1)
    If you are running a mid-sized web-hosting company, yes -- Apache is probably a good choice. If you are running a mainly Microsoft shop or a large web-hosting company then Microsoft IIS or Zeus is probably a better choice.

    Mais vale escolher o IIS ao apache para uma "large web-hosting company" então?

    Re:IIS vs Apache (Pontos:0)
    por Anonimo Cobarde em 30-09-02 22:04 GMT (#2)
    Ia comentar esta mesma passagem do artigo quando vi que alguem tb a notou... realmente, que sentido faz isto !??! Para grandes implementacoes o Apache nao serve ?!?!
    Re:IIS vs Apache (Pontos:2)
    por leitao em 30-09-02 22:11 GMT (#3)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Nao -- o que quis dizer e' que para um site maioritariamente orientado a M$, mais vale IIS -- e para uma "large web-hosting company" mais vale o Zeus.


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    Re:IIS vs Apache (Pontos:0, Esclarecedor)
    por Anonimo Cobarde em 30-09-02 22:15 GMT (#5)

    Se o que pretendes é isso, deves refazer a frase.


    Re:IIS vs Apache (Pontos:1, Interessante)
    por jmce em 30-09-02 22:55 GMT (#11)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/

    O que lá está escrito (entre outras coisas) é que para uma large web-hosting company o IIS (a par com o Zeus, mas sem distinção) é preferível ao Apache. É o que se lê... qualquer que fosse a intenção ao escrever. A MS agradece a rotulagem do IIS como apropriado nesses casos. Azar de quem acreditar.

    O resto não passa, infelizmente, da palha do costume. A repetição óbvia de que o software livre não tem soluções disponíveis em todos os campos e em todas as escalas (parabéns pela descoberta), e o papão obrigatório da classificação como "ideologia" de algo (a supostamente envergonhante "liberdade") que tem a ver com questões práticas em efeitos sobre empresas e não com ideologias hippie-planantes como alguns destes textos (que a MS devia subsidiar e só tolos escrevem gratuitamente) gostam de repetir ad nauseam.

    Estes textos paternalistas de jovens-crescidinhos-sensatos-e-empresariais a pregar aos "amadores" (não confundir com alguns bons textos sobre "advocacy", que existem e a que este não acrescenta nada de útil) já passaram o limiar do nojo.

    Re:IIS vs Apache (Pontos:1, Redundante)
    por henrique em 30-09-02 23:33 GMT (#14)
    (Utilizador Info)
    Uma recensão crítica brilhante. Parabéns!
    Re:IIS vs Apache (Pontos:2)
    por leitao em 01-10-02 0:21 GMT (#19)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Estes textos paternalistas de jovens-crescidinhos-sensatos-e-empresariais a pregar aos "amadores" (não confundir com alguns bons textos sobre "advocacy", que existem e a que este não acrescenta nada de útil) já passaram o limiar do nojo.

    Obrigado -- se te meteu nojo quer dizer que esta' certo. :-)


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    One good Guide deserves another (Pontos:3, Interessante)
    por jmce em 01-10-02 3:06 GMT (#25)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/

    E se tu vires as coisas assim (o meu nojo como controle de qualidade) corresponderás na perfeição à caricatura. Não no sentido de seres a sério crescidinho (no que interessa), sensato (na prática) e empresarial no sentido completo (para além da cartilha, da ganância pessoal e dos acidentais sucessos de percurso). Os que o são a sério (e a isso acrescentam ética q.b.) eu respeito, independentemente de quaisquer "ideologias" (para usar uma palavra que te é querida, não tanto a mim) que possam ter sobre software e outros assuntos bem mais relevantes. Achei repetidamente que podias ser desses, mas insistes em mostrar (ou, com sorte, fingir) que nem por isso, e eu tenho mais que fazer do que dar benefícios de dúvida em série, por muito que a vontade de o fazer persista.

    Como nos maus momentos a tua visão do mundo parece limitada, em cada hemisfério cerebral, apenas a dois bits para classificação das pessoas, a tua resposta sugere talvez que eu estou catalogado como, digamos, neo-hippie-reaccionário-de-extrema-esquerda com tendências anarco-colectivizantes e uma visão sócio-económica psicadélico-utópico-ingénua carregada de adoração militante acrítica por cada vírgula saída da FSF e cartões de sócio do BE e do PCP. Enfim, ao menos não me catalogues como pós-moderno, que a minha saúde não anda suficientemente robusta para uma tal calamidade.

    Até porque a bem dizer usei uma palavra sem sentido no (teu?) mundo empresarial, "liberdade", mas talvez os advogados aí por perto te possam elucidar sobre essas questões mais técnicas, a não ser que apenas venhas a estar motivado para elas nalgum eventual momento de maior enrascanço. Mas estás desculpado. Os hábitos são fortes e talvez a tua visão seja a do engenheiro e não uma mais global (já vi isto escrito em qualquer lado :-)). Quando fores mais velho, passares a fase "radical" e a vida te tiver dado mais marretadas talvez percebas finalmente.

    Não que eu não esteja habituado a apanhar rótulos, que depois de uns anos de Gildot (e antes noutros contextos) já devem ter percorrido o espectro do "agitador comunista" ao "reaccionário fascizóide" (não esquecendo o memorável "asciizóide"), passando por "tecnocrata insensível", "ingénuo altruisteiro", "anti-clerical", "anti-científico". Se não estes rótulos, alguns equivalentes. Mas como me estou nas tintas para o fanatismo do politicamente correcto (que é, diga-se, o verdadeiro tópico do teu suposto guia de advocacy,) tenho pouca pachorra para usar disclaimers cada vez que escrevo. Se o tivesse feito, se calhar tinhas percebido que eu era capaz de escrever um advocacy guide *vagamente parecido* com o teu. "Parecido" porque algumas das preocupações seriam aparentadas, mas "vagamente" porque o que tu escreveste é uma imitação de plástico com um alvo estranhamente híbrido:

    Estás a escrever para as claques ruidosas que berram, acritica e ruidosamente, "X é o maior", "Y não presta", mesmo pouco sabendo de X ou Y e prejudicando X no processo (para esses há bons advocacy guides) ou estás a escrever para gente em âmbito empresarial? E se for o segundo caso, já te ocorreu como, nessa "conversa", a tua hipótese de um leitor sempre carregado "ideologicamente" quando fala com clientes é provavelmente ingénua? Estarás a falar para alguém de carne e osso? Ou será que a grande carga ideológica está, afinal, no teu texto, mesmo que disfarçada de realismo pragmático?

    Eu acabei por escolher trabalhar preferencialmente com software livre, mas isso nem sequer tem a ver só com o que acho mais importante desse software (que para mim são questões práticas com consequências na pele e na maior ou menor dose de aspirinas ao longo da vida mas no teu vocabulário são "ideologias"). Seja como for, ao falar com um cliente a questão das licenças livres não é uma pala nos olhos para nenhuma das partes. Quando é relevante (e nem sempre é tão irrelevante assim para os interesses do cliente) ela vem à conversa. Mas está longe de ser a primeira e única questão. Não era preciso lembrares ninguém que tenha uma empresa, por mais michuruca, que convém vender ao cliente algo que lhe resolva os problemas.

    Mas além disso há uma questão ética: mesmo antes da questão da reputação, não posso em boa consciência dizer a um cliente que um naco de software livre resolve problemas que não resolve. Ou esconder a existência de uma solução proprietária que resolva um problema ainda não resolvido por software livre, mesmo que isso implique perder o cliente para outra empresa, mesmo que essa empresa seja a Microsoft. Se acho que a solução livre merece ser considerada mesmo tendo menos algumas features que a proprietária, a minha obrigação em termos de honestidade para o cliente é não esconder as limitações e expôr a situação tão claramente quanto eu fôr capaz.

    Ora como não me considero a mim próprio de grande "espírito empresarial", mesmo por formação, mas mesmo assim ao estar numa micro-empresa sou obrigado a ter um mínimo de bom senso, recuso-me a acreditar que haja por aí muitos alvos (empresariais, não de claque de ocasião) em tão mau estado que precisem da tua aula de advocacy.

    Aliás, não da tua mas de uma que fosse "the real thing". A tua talvez até tivesse problemas em ser publicada como um Debrett's Guide to Software Advocacy. A propósito, aproveita o link e compra o Debrett's New Guide To Etiquette And Modern Manners. Na qualidade de empresário de sucesso estacionado no UK nunca se sabe quando vais ter de conviver com a nobreza local, e assim ficas preparado para fazer sucesso. É que no contacto com o cliente nem sequer basta propor o software mais adequado... mas disso deves saber melhor do que eu, caso contrário talvez eu estivesse mais desafogado economicamente. Pensando bem, talvez compre um também.

    Re:One good Guide deserves another (Pontos:3, Interessante)
    por leitao em 01-10-02 11:26 GMT (#35)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Hamm... muito obrigado pelo testamento do costume onde mostras mais uma vez nao conhecer as pessoas pela forma como regurgitas um monte de asneiras sobre mim, a treta do texto que escrevi, e a forma como as pessoas se posicionam. Eu como nao acredito que seja preciso mais do que 15 linhas para explicar algo vou ser sucinto.

    Enganas-te completamente na minha caricatura -- o que nao me admira considerando que nunca nos conhecemos pessoalmente. A intencao do que escrevi foi simplesmente apresentar a forma como uma empresa funciona e pensa sobre "advocacia": nao defendi nenhum lado, e a ate' acho ter sido bastante "apolitico" -- a tua resposta foi chamar a isso "um nojo".

    Acho que estes dois posts dizem tudo sobre o que possas ter a dizer sobre o assunto: sao assuntos que nao queres perceber e sobre o qual es incapaz de responder inteligentemente.


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    Re:One good Guide deserves another (Pontos:2)
    por jmce em 01-10-02 13:40 GMT (#38)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/
    Não me lembro de algum assunto que alguma vez eu não tenha querido perceber, o que não quer dizer que eu tenha grande capacidade para perceber seja o que for. Mas para esperares respostas inteligentes é bom que coloques questões inteligentes de forma inteligente, o que muitas vezes até fazes mas outras vezes fazes desporto de evitar. Reconheço o erro de nessas outras vezes eu perder tempo deixando-me arrastar para o lixo. Mas as minhas asneiras e verborreia não são sobre ti. Estou-me borrifando para ti. São exclusivamente sobre o que tu escreves.
    Re:One good Guide deserves another (Pontos:2)
    por leitao em 01-10-02 14:16 GMT (#40)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Estou-me borrifando para ti. São exclusivamente sobre o que tu escreves.

    Desculpa te chamar isto (nao leves a peito que nem te conheco), mas pelo que acabas de dizer ou es mentiroso, ou tens memoria curta, ou nao passas de um hipocrita. Repara no que escreveste acima:

    E se tu vires as coisas assim (o meu nojo como controle de qualidade) corresponderás na perfeição à caricatura. Não no sentido de seres a sério crescidinho (no que interessa), sensato (na prática) e empresarial no sentido completo (para além da cartilha, da ganância pessoal e dos acidentais sucessos de percurso). Os que o são a sério (e a isso acrescentam ética q.b.) eu respeito, independentemente de quaisquer "ideologias" (para usar uma palavra que te é querida, não tanto a mim) que possam ter sobre software e outros assuntos bem mais relevantes. Achei repetidamente que podias ser desses, mas insistes em mostrar (ou, com sorte, fingir) que nem por isso, e eu tenho mais que fazer do que dar benefícios de dúvida em série, por muito que a vontade de o fazer persista.

    E diz-me agora -- o que e' que isto tem a ver com o que eu escrevo ? A mim parece-me mais ser um rant disparatado sobre o que tu achas que eu sou/represento/whatever. A nao ser que o meu portugues esteja tao arranhado que ja' nem sei reconhecer ataques pessoais "uncalled for" e fora do contexto.


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    Re:One good Guide deserves another (Pontos:2)
    por jmce em 01-10-02 22:15 GMT (#47)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/

    Então eu explico. Eu não sei o que tu és ou representas na verdade; pode parecer-te que não, mas tendo a ser optimista e a dar o benefício da dúvida. Acredites ou não (especialmente depois dos parágrafos a seguir) continuarei a dá-lo. De qualquer forma, tenho pouca curiosidade em saber.

    A única imagem que tenho de ti é a que vais dando por escrito. Nesta escrita deste-me uma imagem e eu limitei-me a insultar o que vi nessa imagem. Foi um insulto mesmo, tão ácido quanto foi possível na altura mas assumidamente medíocre por achar que tentar fazer melhor seria um desperdício de energia. Situação análoga (mas bem mais forte) aconteceu em resposta ao artigo do PLS sobre "gurus de unix versus burróides"

    Isto de "insultar uma imagem" pode-te parecer uma "fuga técnica" à acusação de mentira e hipocrisia, mas fica descansado: é que se reconheceres a imagem que deste como correspondendo ao que és na realidade, considera o insulto como automaticamente prolongado até à tua real pessoa.

    Ficou claro?

    Re:One good Guide deserves another (Pontos:2)
    por leitao em 02-10-02 0:20 GMT (#48)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    A única imagem que tenho de ti é a que vais dando por escrito. Nesta escrita deste-me uma imagem e eu limitei-me a insultar o que vi nessa imagem. Foi um insulto mesmo, tão ácido quanto foi possível na altura mas assumidamente medíocre por achar que tentar fazer melhor seria um desperdício de energia. Situação análoga (mas bem mais forte) aconteceu em resposta ao artigo do PLS sobre "gurus de unix versus burróides"

    Isto de "insultar uma imagem" pode-te parecer uma "fuga técnica" à acusação de mentira e hipocrisia, mas fica descansado: é que se reconheceres a imagem que deste como correspondendo ao que és na realidade, considera o insulto como automaticamente prolongado até à tua real pessoa.

    Olha -- o facto de que te preocupas e te das ao trabalho de insultar as "imagens" de quem ves apenas confirma a propria "imagem" de que tinha de ti como ente abstracto que para no Gildot. Es uma daquelas pessoas que julga os outros ao desbarato sem as conhecer. Eu ao menos quando me sobe a mostarda ao nariz tenho o cuidado de tentar ser ciente de que as "imagens" podem nao reflectir a realidade -- tento assim nao levar a coisa tao a serio e apenas sair-me com umas boas "caralhadas" que na realidade nao se dirigem 'a pessoa visada. E' por essa razao que continuo a parar no Gildot -- nao estou aqui para insultar, nem para ser insultado. Estou aqui para expressar a minha opiniao e nao tentar levar tudo muito a serio (embora 'as vezes seja dificil). Para ti, algumas opiniao sao dispensaveis porque aparentemente (nota como coloco as coisas no relativo pois apenas conheco a tua "imagem" e nao a pessoa real) nao sabes distinguir o "virtual" do "real" (se calhar passas demasiado tempo em frente do computador, e como o PLS diria, pouco tempo com "loiras").

    Formas a tua opiniao e atiras pedras independentemente da "imagem" reflectir a realidade ou nao. Deves ter uma consciencia propria muito forte (ao qual te dou os meus honestos parabens) para teres tao propria boa "imagem" de ti proprio.

    Ficou claro?

    Ficou mais que claro -- e em bom Ingles respondo-te com: "You sir, are a despicable entity", ou se preferires em bom portugues: "Vai-te foder".


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    Re:One good Guide deserves another (Pontos:0, Esclarecedor)
    por Anonimo Cobarde em 02-10-02 9:07 GMT (#49)

    Este bateu no fundo... :-/

    Observemos:
    "Es uma daquelas pessoas que julga os outros ao desbarato sem as conhecer"
    + "nao estou aqui para insultar"
    + "Vai-te foder"
    = incoerência.


    Re:One good Guide deserves another (Pontos:1)
    por Montanelas em 04-10-02 11:39 GMT (#56)
    (Utilizador Info) http://www.war-zone.net/news.asp
    Afinal não era só o JMCE que estava ácido esta semana... :(
    Re:IIS vs Apache (Pontos:2)
    por joaobranco em 01-10-02 8:29 GMT (#30)
    (Utilizador Info)
    o que quis dizer e' que para um site maioritariamente orientado a M$, mais vale IIS -- e para uma "large web-hosting company" mais vale o Zeus

    Se é realmente isso que querias dizer, sugiro que aproveites a capacidade que a web dá de ser um autor "permanente", e reescrevas a frase (nem é muito difícil, sugiro que acrescentes simplesmente um respectively...).

    Tu conheces o que é tirar citações fora de contexto para fazer passar mensagens contrárias ao que se pretende dizer. Mas a tarefa é muito facilitada se as próprias frases estiverem escritas de forma ambígua...

        Cumps,
            JB

    JB

    Re:IIS vs Apache (Pontos:3, Informativo)
    por leitao em 30-09-02 22:18 GMT (#6)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Pensava que era obvio, mas... -- e' um site que usa tecnologias fundamentalmente orientadas a produtos Microsoft: ASP, FrontPage, ISAPI, ActiveX, etc.


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    Re:IIS vs Apache (Pontos:2)
    por leitao em 30-09-02 22:29 GMT (#8)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Sim e nao :-). Podes usar a camada que o ASP te da' mas nao te serve de nada. 99% dos ASP's sao escritos em Visual Basic e coisas semelhantes, enquanto no apache-asp apenas podes usar Perl. i.e., nao podes facilmente portar uma aplicacao ASP nativa para Apache.


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    Re:IIS vs Apache (Pontos:2)
    por racme em 03-10-02 3:17 GMT (#54)
    (Utilizador Info)
    Sim e nao :-). Podes usar a camada que o ASP te da' mas nao te serve de nada. 99% dos ASP's sao escritos em Visual Basic e coisas semelhantes, enquanto no apache-asp apenas podes usar Perl. i.e., nao podes facilmente portar uma aplicacao ASP nativa para Apache.

    para quem disse que queria acima de tudo ser apolitico dame ideia que sabes a especificidade tecnica talvez em demasia.

    Das a ideia que nao no teu advocacy nao conseguiste abstrair e estás simplesmente a reportar a tua vivencia profissional/pessoal.


    ...no reino de Quelthalas...
    im awake, im awake!
    Re:IIS vs Apache (Pontos:3, Interessante)
    por Psiwar em 30-09-02 22:44 GMT (#9)
    (Utilizador Info) http://www.netcode.pt
    É possivel. Mas não... não é a mesma coisa que o suporte nativo do IIS.

    Além disso para que queres ASP em Apache se tens linguagens muitos melhores como o Perl e o PHP?
    Re:IIS vs Apache (Pontos:3, Informativo)
    por leitao em 30-09-02 22:48 GMT (#10)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Além disso para que queres ASP em Apache se tens linguagens muitos melhores como o Perl e o PHP?

    O ASP nao tem nada a ver com linguagens -- e' uma camada sobre o qual podes gerar codigo "activo" (dai o "Active Server Pages"). Tambem podes correr Perl ou mesmo PHP por cima de ASP's.


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    Re:IIS vs Apache (Pontos:2)
    por Psiwar em 30-09-02 23:21 GMT (#12)
    (Utilizador Info) http://www.netcode.pt
    Se eu fizer assim...

    s/linguagens/plataformas/i

    ... já ficas contente? :P

    É que continuo a ter razão.
    Re:IIS vs Apache (Pontos:2)
    por leitao em 01-10-02 0:29 GMT (#21)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    É que continuo a ter razão.

    Que tens sempre razao tambem ja' eu reparei.


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    Re:IIS vs Apache (Pontos:0, Gozão)
    por Psiwar em 01-10-02 1:01 GMT (#23)
    (Utilizador Info) http://www.netcode.pt
    Não sendo esse o obejctivo... sempre é melhor do que não A ter.
    Zealots do linux, Teams OS/2, CBM Amiga, etc (Pontos:5, Interessante)
    por pls em 30-09-02 23:32 GMT (#13)
    (Utilizador Info) http://pls.mrnet.pt
    Escrevi um texto sobre este tópico há ano e picos atrás ("O meu é maior, melhor, mais barato e mais eficiente...") para a sic online. Recordo que estava de mau humor na altura.

    O que me parece é que as sucessivas vagas de fanáticos que desatam a fazer advogacia de sistemas operativos (ou "gestores de janelas", ou "emacs vs vi", ou "debian vs slackware") raramente se tornam benéficos para a causa que tanto procuram defender.

    A realidade é que a maior parte dos utilizadores de informática se está marimbando para se o sistema "A" é melhor que o "B". Já terem de utilizar computadores é uma porra complicada, era mesmo o que lhes faltava agora era gramarem com o "cromo informático da rua" a dizer que deviam utilizar o staroffice em vez do office.

    Sempre que vejo este tipo de cenas recordo quando um grande amigo meu me explicava a importancia de comprar um amplificador de valvulas, por oposição a um digital, que tinha o tamanho de um rinoceronte e era feio como ó caraças. Lá o meu modesto amplificador era um trampa, bom, bom, era mesmo o da marca que nunca tinha ouvido falar e que custava mais que um carro em segunda mão (e várias vezes o custo da minha aparelhagem.

    O que o meu amigo não parecia entender é que eu me estava marimbando alegremente para se o som era ou não muito melhor. Se técnicamente as colunas do tamanho de pilares de um templo romano eram fundamentais. Nada do que ele estava para ali a pregar me interessava. Eu estava perfeitamente contente com a minha aparelhagem que cumpria a sua missão, a meu ver, na perfeição.

    Esta era decididamente a mesma figura que eu fazia a falar do "amiga" há uns anos atrás. De como o sistema era muito melhor que o windows 3.0, que nem aplicações tinha, e que o "wordworth" e o "final writer" estavam a milhas do "word for DOS". Os jogos!!! Som stereo!!! Sprites e blobs por hardware!!! Bom, não foram poucas a vezes em que estava a impingir o amiga a contabilistas, advogados, etc. Nenhum deles estava nem vagamente interessados nessas pessegadas bestiais que o amiga fazia. Por outro lado a compatibilidade com o word para DOS, lotus 123 e com o programa de contabilidade do vizinho eram fundamentais.

    Mas não. Os tipos NÂO ESTAVAM A PERCEBER! Com o Amiga e o "crossdos" ele podia ler o ficheiros de diskettes de PC. Ia ser muito melhor, havia mil e um truques de kung fu que permitiam que o amiga fosse uma solução melhor. Eu ajudava! Afinal já trabalhava para a commodore e tudo (tinha uns 16 ou 17 anos)...

    Bom. Quem não estava a perceber era eu. Nada disso era, ainda que vagamente, importante para os tipos. Tal como eu, anos mais tarde, só queria enfiar as valvulas do amplificador pela garganta do tipo que me queria à viva força transformar em mais um fanático do hifi... eu acho que devo ter sido imaginado várias vezes a engolir disquetes de 880k embrulhadas em "co-processadores gráficos" com molho de "blitter".

    Depois acalmei. Assisti algo perplexo ao "Team os/2" e como pessoas que eu admirava faziam daquilo uma "missão". É uma figura francamente feia. Ainda imaginei que fosse falta de sexo ou uma porra do tipo. Mas não. Há algo na mente masculina de informáticos que nos leva a este tipo de posições extremistas e idiotas.

    Não façam confusões; eu adoro unix. Todos os "flavours". O unix, e os sistemas unix-like, são um bocado como as mulheres: não se perde nada em conhecer "várias" e eventualmente em ir para a cama com a(s) que mais vos agrada(m). Não percebo francamente qual é o ponto em perder tempo a comparar os ditos sistemas (ou as mulheres) com outros que não interessam pevide (ou com homens "sensíveis" com pulsos quebrados).

    Um gajo estar a discutir com outro se o "vi" é melhor que o "emacs" é um bocado como discutir se as loiras são melhores que as morenas. Isso só é discussão de gente se um gajo tiver com níveis de alcool muito para além dos limites legais. Não há pachora. Uma coisa é expressarem uma preferência pessoal, e não há nada de errado nisso, outra é andarem ao estalo porque querem impingir a loira ao gajo que prefere morenas. Helloooo! Earth calling idiot that just passwd mars orbit! É pá, não precisam de estar de acordo!

    Mas o limite da futilidade é mesmo quando vão convencer um homosexual que o a loira é que é!!! Ah, nada como ir pregar para o miserável que utiliza o windows, e está feliz da vida, que há que renascer para a vida com um travo de linux condimentado com uma licença gpl (acrescentem sempre as variantes "X"gpl e qb de BSD que isso é importante para levar o desgraçado ao suicidio).

    Um tipo até pode passar por um guru do caraças, a utilizar a linha de comando (sim que o X só serve para ter mais shells abertas no ecran e lixar a vida a um gajo :-), vai-se por a estragar tudo a desmistificar essa cena muita complexa chamada "unix". Não sei quem se lembrou que o unix (ou o linux) era para as massas... mas é um burro. O unix não é para massas nenhumas e as massas só causam problemas e ruído de fundo. No unix haver código fonte é como num carro o capot não vir selado; é util para quem sabe o que faz por trás do teclado. Para quem não sabe é ainda mais confuso e não tem utilidade nenhuma.

    As massas não fazem falta nenhuma. Ganham-se umas massas com elas, mas perde-se "aquele nicho", aquela preciosidade que eram os fóruns da usenet há uns anos. Antes dos pedaços de esparguete estragarem tudo com spam, idiotas em doses letais, burros e incapazes de ler a porra de um manual infestarem o banda com ruído. As "massas que se ganham" não compensam o que se perde. Qual é o interesse de tornar o unix ainda mais popular?

    A meu ver nenhum. A Microsoft que fique com os "burroides", lhe venda lá as pessegadas que eles gostam tanto, que lhes não lhe falte a força nos dedos para fazerem os ctrl+alt+del (porque é que não metem um botão de reset no teclado ou nos ratos?). Juro que não entendo "o ponto"... o bill gates é como um cantor de musica pimba; tem uma data de seguidores que consomem má musica... isso afecta quem gosta de outras musicas? Temos de os salvar de dançarem a "macarena" e berrar "é o bicho"? Yá, fartam-se de ganhar dinheiro à conta do povo... e daí? O povo está feliz, eles também, "who cares"?

    É curioso como os "fanáticos do linux" de "há uns anos" se revelam "francamente moderados"; o Mário Valente (que fez uma distribuição do Linux em floppys; um ISP onde me formou como administrador de sistemas unix), o nosso "Ajc" aqui do Gildot que hoje faz caras de preocupação perante os "extremistas" cá do burgo...

    Chato é que com o linux parece haver uma "componente politica" perfeitamente abominável. Intoxicante. Que leva a que as discussões sobre os méritos e aspectos técnicos derrapem para valores que me parecem francamente deslocados; liberdade, democracia, etc. Há mesmo um monte de activistas que pouco ou nada se parecem com os hackers que escrevem o código. Mas que se tentam colocar numa de "gurus", orientadores politicos, masterminds de um grande plano para dominar o mundo...

    É uma porra, porque estes seres gajos às tantas misturam-se "demais" com o pessoal que quer é escrever código, resolver problemas e criar sistemas mais eficientes... Impingem "as regras", até se dão ao luxo de querer impor as mesmas quando os autores os mandam lavar o cão, e raramente se apercebem que estão muiiiiito para além dos limites do razoável nas posturas que adoptam.

    Vão longe demais, já se falta em legislar para fazer impingir o open source (mas o flavour "X" que o "Y" é livre "de mais" ou "de menos"). Pessoalmente acho que está tudo doido. Tudo demasiado entusiasmado com dominar o mundo (isso não dá um trabalho do caraças?). Tudo demasiado preocupado com a galinha da vizinha que dá mais ovos que a minha, tudo demasiado perturbado com o que os outros fazem "de errado"... e isto é estupido.

    Tudo o que há de admirável no unix não tem raspas a ver com a microsoft. Nem com acabar com monopolios. Defender liberdades e porras afins. Nem a tradição de desenvolver esforços para tornar os unixes passíveis de comunicar com outros sistemas nasceu com a motivação de os substituir, dominar ou destruir.
    Em defesa das "massas" e dos "politicos" no Linux (Pontos:3, Interessante)
    por joaobranco em 01-10-02 0:01 GMT (#16)
    (Utilizador Info)
    As massas ("unwashed masses", na feliz citação britânica) são uma verdadeira PITA (esta não traduzo), mas tem uma vantagem primordial: tem muito dinheiro (mesmo que pouco por cada indivíduo, são muitos...), e levam a que quem quer esse dinheiro se dê ao trabalho de criar produtos para essas massas, de que os outros beneficiam.

    Se quiseres usar o teu computador apenas para provar que é 1337, não precisas das massas para nada. No entanto se pretenderes fazer trabalho útil com ele, as massas (que repito, são uma verdadeira PITA, sim) são boas porque a sua existência faz com que mais coisas sejam feitas do que seriam feitas apenas pelos hobbyistas (que são também indispensáveis, claro). Claro que nem tudo o que é criado te serve, mas aumenta em geral a tua liberdade de escolha.

    Quanto aos "políticos" do software livre, são também frequentemente uma PITA não menor que as massas. Mas também são úteis, porque alertam para os potenciais problemas e as limitações à tua liberdade. E estou a falar num sentido completamente prático.

    Eu posso não me preocupar demasiado com a licença que alguém utiliza no seu código, mas sei uma coisa: o software que eu uso que é Open Source ou livre existe, e tem vantagens, porque existe um conjunto de condições para isso (incluindo hardware disponível mais ou menos "standard" e "aberto", mecanismos de interacção com outros softwares ou pelo menos com outros dados de forma mais ou menos padronizada ou conhecida de alguma forma, inexistência de legislação que torna o criar software ilegal apenas por fazer a mesma coisa que outro, mecanismos que permitem que a melhoria de software por parte de alguém tenha de beneficiar todos os seus utilizadores). Essas condições existem actualmente, e foram indispensáveis para o desenvolvimento do software com que eu não só brinco mas também trabalho. Mas as empresas que fazem dinheiro com software proprietário obviamente não gostam da competição do Open Source ou do software livre (eu também não gostaria se estivesse na sua posição), e pretendem eliminar a concorrência, normalmente por meios técnicos e legais (se seguires as noticias, principalmente veiculadas pelos "políticos" do software livre, notas que os ataques a estas condições são reais, e não imaginários). E se forem bem sucedidos a capacidade real de usar software livre para os problemas do dia a dia fica mais reduzida (se não mesmo impossibilitada). Por isso, sim, apesar de todos os seus excessos, os políticos são necessários.

    E já agora, os "great unwashed" são úteis também por uma razão semelhante à da existência dos políticos: numa democracia, é extremamente fácil fazer aprovar uma medida que afecte de forma desfavorável apenas 0,1% dos eleitores, mas muito mais difícil de fazê-lo se os afectados forem 20% dos eleitores, e estiverem consciencializados da medida...

        Cumps,
            JB


    JB

    Boa resposta :-) (Pontos:2, Interessante)
    por pls em 01-10-02 0:09 GMT (#17)
    (Utilizador Info) http://pls.mrnet.pt
    Gostei de ler. É uma pedrada no charco face ao meu desprezo por ambos os grupos...

    Mas não lhes consigo dar, de facto, tanta importância (pela pita) ou mérito (pela defesa da liberdade).
    Re:Em defesa das "massas" e dos "politicos" no Lin (Pontos:2, Interessante)
    por jepm em 01-10-02 0:33 GMT (#22)
    (Utilizador Info)
    Caro jb,

    Concordo em alguns pontos, embora o artigo do pls tenha que ser visto, em meu entender, como um aviso contra o fanatismo e extremismo que encerram estes assuntos e que quase os transformam numa religião.

    Quando se refere a "empresas que fazem dinheiro com software proprietário", penso que qualquer empresa deve fazer dinheiro suficiente que permita que os seus colaboradores possam ter uma vida material e um ambiente emocional adequado ao desempenho das suas funções, o que certamente contribuirá para o sucesso e desenvolvimento da empresa onde trabalham.
    Gostaria apenas que me explicasse algo que nunca percebi cabalmente: "como é que as empresas de software livre fazem dinheiro ?". A resposta que já obtive de um amigo meu e elemento respeitado deste forum e da ANSOL é que tem conhecimento que existem uma ou duas empresas que ganham dinheiro desenvolvendo software livre.
    Espero que me possam demonstrar que afinal não é esta a realidade.

    Abraço,

    pm
    Re:Em defesa das "massas" e dos "politicos" no Lin (Pontos:2)
    por joaobranco em 01-10-02 1:20 GMT (#24)
    (Utilizador Info)
    Quando se refere a "empresas que fazem dinheiro com software proprietário", penso que qualquer empresa deve fazer dinheiro suficiente que permita que os seus colaboradores possam ter uma vida material e um ambiente emocional adequado ao desempenho das suas funções, o que certamente contribuirá para o sucesso e desenvolvimento da empresa onde trabalham.

    Obviamente que sim, e eu nunca disse que era contra a existência de empresas de software proprietário ou dos seus lucros. Agora, se o seu modelo de negócio é afectado porque estão a competir contra software gratuito, a solução tem de passar por criar um software que tenha vantagens em relação ao grátis, não pela tentativa de ilegalização da competição ou "embrace, extend, exterminate" do software que lhe faz frente. É difícil? É. É impossível? Não. Desde Adam Smith que sabemos que a concorrência beneficia os compradores dos bens (e indirectamente os vendedores também), enquanto um monopólio só beneficia os vendedores em situações de monopólio em desvantagem dos compradores. Como eu me encontro normalmente na situação de comprador, é compreensível que prefira a concorrência ao monopólio.

    Gostaria apenas que me explicasse algo que nunca percebi cabalmente: "como é que as empresas de software livre fazem dinheiro ?". A resposta que já obtive de um amigo meu e elemento respeitado deste fórum e da ANSOL é que tem conhecimento que existem uma ou duas empresas que ganham dinheiro desenvolvendo software livre.
    Espero que me possam demonstrar que afinal não é esta a realidade.


    Não percebi muito bem se o que pretende é que lhe demonstrem que ninguém faz dinheiro com o software livre (o que é, felizmente, falso) ou que muitos fazem dinheiro com o software livre (o que é, infelizmente, falso).

    A verdade é que não vejo mal nenhum que uma empresa de software livre faça, como qualquer outra, dinheiro. Na realidade as empresas que produzem software livre tem uma vida mais difícil que as restantes, pois não podem beneficiar das situações de monopólio que as empresas de software proprietário empregam. Por isso, o dinheiro que recebem está mais directamente ligado ao beneficio que os utilizadores do software percebem da sua utilização. Também por esta razão as margens são mais pequenas, e uma empresa destas “não pode dormir na forma” e infelizmente poucas conseguem sobreviver. No entanto, aquelas que sobrevivem fazem-no porque os utilizadores reconhecem a vantagem de pagar pelos seus serviços, pelo que é uma situação de mercado bastante favorável (é win-win). Gostaria que mais fizessem dinheiro, porque isso significaria um número maior de produtos disponíveis, e produtos de qualidade suficiente para levar alguém a pagar por eles ou pelo seu suporte.

    Cumps,
            JB

    JB

    Re:Zealots do linux, Teams OS/2, CBM Amiga, etc (Pontos:1)
    por jepm em 01-10-02 0:20 GMT (#18)
    (Utilizador Info)
    Caro pls,

    Parabéns pelo artigo.
    Embora só tenha visto o seu artigo depois de submeter o meu, verifico que as opiniões são coincidentes e que começa a existir uma comunidade de utilizadores Linux (sobretudo early-adopters que levaram essas soluções para as empresas onde trabalhavam) que não se sente representada nos extremismos e fanatismos existentes neste e noutros forums.

    Abraço,

    pm

    P.S. Na conjuntura actual ter sido o BE a apresentar a proposta de lei referente ao "software livre no mercado português" ajudou provavelmente a que o mesmo não seja utilizado em projectos à escala nacional que estão a ser delineados :-( quando essas alternativas estavam finalmente sobre a mesa :-(
    Re:Zealots do linux, Teams OS/2, CBM Amiga, etc (Pontos:2)
    por jmce em 01-10-02 6:53 GMT (#27)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/
    Caro early-adopter-não-fanático, caso queira reduzir a discussão a uma primária "comparação de tamanhos": how early have you adopted? E que alternativas estavam sobre a mesa? Algumas da sua empresa? Detecto uma birrinha? Não há pachorra para a auto-proclamada santidade de quem desata a chamar, a torto e a direito, "fanáticos" e "extremistas" aos outros. Do que infelizmente tenho visto, acontece frequentemente serem bem mais extremistas e bem menos competentes tecnicamente do que aqueles que criticam, com a agravante (tirando algumas excepções honrosas de quem apesar de tudo acredita mesmo no que diz) de falta de coluna vertebral.
    Re:Zealots do linux, Teams OS/2, CBM Amiga, etc (Pontos:2)
    por ajc em 01-10-02 18:44 GMT (#46)
    (Utilizador Info)
    Hmmm...
    Podes acreditar que o jepm é mesmo "early adopter" e que o comentário dele preocupou-me, pois está em posição de saber do que fala...

    Por muito que nos custe, qualquer acção política pode ter consequências inesperadas. Não te esqueças que a partir de agora qualquer iniciativa que seja tomada a favor do software livre permitirá ao BE gritar vitória e dizer que foi em resposta à proposta deles. Isto pode não agradar aos políticos da maioria, que podem acabar por não avançar nessa direcção.

    Tenho ainda a esperança que isso não aconteça e que o Linux e outro software livre sejam escolhidos pelas suas vantagens intrinsicas, apesar de conotações políticas desfavoráveis que possam vir a ter.

    Re:Zealots do linux, Teams OS/2, CBM Amiga, etc (Pontos:2)
    por leitao em 01-10-02 0:23 GMT (#20)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Acredita que gostei muito do que disseste. Mas nao percebi se leste a porra do texto ou nao :-)! E' que ate' comecei por dizer "don't advocate, make sense instead."!!


    "The Hog is Saint and Sinner and right up front!"

    Em procissão para o Terreiro do Paço (Pontos:3, Engraçado)
    por jmce em 01-10-02 6:38 GMT (#26)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/

    Pena que *o* tópico do Paulo Laureano, programador confesso que quer é que não o chateiem e o deixem fazer código como fazia quando (ainda) usava Unix e flipava bits com os dedos dos pés antes de todos usarmos calções (embora pessoalmente tenha algumas dúvidas sobre a medida de calções que ele usava quando alguns de nós começámos a programar ou mesmo a resolver equações diferenciais) seja preferencialmente (unicamente?) este: o de descobrir fanatismos (correcção: sempre um mesmo fanatismo, nem nisso ele varia) e malhar neles com ar de superioridade "jornalística" (chamar-lhe "tecnológica" seria ofensivo para a tecnologia, e devem notar-se as aspas à volta do adjectivo em respeito pelos jornalistas ainda providos de hormonas).

    Como um dos zarolhos-mor candidatos a guias espirituais da inteligentzia da terra onde (diz-lhe o olho ainda aberto) os outros são todos cegos, veio novamente, agora, descer da sua cátedra na Impresa e bombardear-nos com o panfleto do costume, o que faz reflectir sobre quem afinal é um repetidor fanático de mantras (eu sei que estou a esquecer a diversidade de outras exegeses profundas de clássicos como "O que é ser maricas", mas a obra completa é demasiado vasta e eu já estou a perder mais tempo com a casta do que ela merece).

    O narcisismo de Paulo Laureano é tal que toda a sociedade é interpretada à luz da sua juvenil Amiga-advocacy. Como ele passou por essa infelicidade, acha que toda a gente passa ou passou necessariamente por ela, o que o faz dividir o mundo em "fanáticos" e "iluminados" conforme a ultrapassam ou não. Parafraseando da embriologia, pode dizer-se que o Paulo Laureano projecta na filogénese dos seus pares (desculpa, "pares" não, "subalternos") a sua própria ontogénese ("olha, este era eu quando usava fisga; xi, aquele era eu quando tinha borbulhas; ena, aquele tem juízo como eu tenho agora"). Nem o passado alegadamente extremista do Mário Valente lhe escapa (apesar do tom mais subserviente e do exemplo edificador para os "mais novinhos" nesse caso). E talvez seja para purgar a alma dessa ânsia de denunciar os fanáticos perigosos que de tempos a tempos sobe ao púlpito e nos inflige alguns dos textos mais político-eclesiásticos (curiosamente...) que por aqui se vêem.

    Talvez um bom adjectivo para esta condição seja o de "relativista pós-moderno". Esquecido de como, de vez em quando, acontece mesmo que, para certas condições, um certo X é melhor que um certo Y (amnésia estranha num programador), agarra na primeira pessoa que diz algo do género e acusa-a de espalhar propaganda fanática. Talvez o problema seja da deficiência visual citada acima (ver apenas com um dos olhos), com a correspondente perda de visão binocular: assim é fácil perder a noção de profundidade e confundir qualquer afirmação, por mais séria e fundamentada que seja, com um berro de claque de um qualquer miúdo que decidiu esta semana que X "rula" e tudo o resto "sucka". Tudo é relativo excepto a burrice alheia e quem se atreve a dizer o contrário é automaticamente um puto imberbe, certo? Currículo exemplar para ingressar na carreira de investigação sob a orientação do Boaventura Sousa Santos, se não fosse por PLS combater (em aparência) a mistura alarve de conceitos sociais e científico-tecnológicos, o que (ainda bem) lhe tira alguns pontos de cotação pós-moderna.

    E a propósito de Santos, aqui entra a fascinante componente clerical. Paulo Laureano, de família também Santos, acusa os "outros" (a.k.a. os menos amigalhaços ou neutros perante a sua ominisciência/santidade) de sobrecarregar tecnologias e sistemas operativos de ideologia política, social, talvez mesmo religiosa (mesmo que no sentido figurado). Apalpa mesmo o território psicanalítico-sexual para explicar a coisa ("falta de sexo ou uma porra do tipo"). Mas no fundo parece ter saudades dos velhos tempos de (ilusão de) "world domination" (Amiga über alles) e restos de inveja recalcada pelo amplificador a válvulas do amigo do jet set. Não completamente curado da necessidade de "pertencer" a uma casta superior de iniciados, PLS adoptou como novo clube selecto o dos "gurus de Unix" (o que não quer dizer que o imaginário clube, menos dado à auto-glorificação, o tenha adoptado a ele), até porque é preciso um sacerdócio qualquer para contrapôr a uma suposta "igreja da GPL", e nada como sentir que se domina um tópico complexo e inacessível às massas para alimentar o ego.

    Se tivesse vivido em 1536, PLS teria talvez adorado o cargo de inquisidor e a tarefa de mandar estrangular e queimar o William Tyndale por traduzir umas "coisas" em que as "massas" não eram supostas meter o nariz, até porque "as massas só causam problemas e ruído de fundo".

    Como vive no século XXI, resta-lhe um dos cargos actuais mais parecidos com o de inquisidor: o de jornalista na variedade com aspas, actividade que na nossa praça até esteve particularmente chafurdante nas últimas semanas com as "notícias" (a.k.a. "jornalismo de investigação") do "caso Moderna". Como o credo de PLS é outro (Unix), está incomodado por uns heréticos menos católicos (quiçá "fundamentalistas") e as massas mal-cheirosas se imiscuírem no Unix e lhe conspurcarem a católica pureza. Daí a mandá-los a todos para a fogueira mediática é um fósforo.

    E aqui vem a outra contradição. Sempre preocupado em denunciar como inevitável a estupidez em ambiente empresarial de qualquer mortal que ouse pronunciar a expressão "software livre" (mesmo dita fora desse ambiente), PLS corrige-lhes o caminho e exemplifica da forma mais clara possível como deve ser respeitada a perspectiva do cliente, no que é um marco das relações públicas: tratá-los fulminantemente por "burróides". Ainda há dias vi uma foto de um encontro qualquer em que o PLS se destacava do resto do grupo pela roupa e postura mais descontraídas (ausência saudável de gravata, mãos nos bolsos, ar folgazão). A quantos deles terá chamado "burróides"? Suponho que a nenhum, mas se isso dá pontos positivos de gestão de imagem dá pontos negativos por hipocrisia e permite especular sobre os pensamentos por detrás do sorriso.

    Ah, desculpem. Não era suposto falar de "hipocrisia", isso não faz sentido misturado com Unix, tal como "liberdade e porras afins" também não faz. Os sacerdotes estão acima desses conceitos banais e sem (alegam eles) definição operacional.

    Mas enfim, a vida é dele, e ele tem (por pouco grato que pareça estar) "liberdade e porras afins" para, com estes autos-de-fé, se tornar para a informática o que a Clara Pinto Correia é para a biologia e o Carvalho Rodrigues é para a "rocket science" --- um """jornalista"""/public relations auto-nomeado com aspirações teológicas e sucesso mediático. Como não ligo a "altares" informáticos, venham eles de onde vierem, e como ninguém é perfeito, nem mesmo (vénia respeitosa apesar de tudo) o Knuth, o PLS estará com pouca sorte em arranjar discípulos, até porque não devo ser caso isolado entre os visados no seu Index.

    As explicações ficam para quem souber mais da natureza humana. A não ser que PLS tenha razão e haja "algo" na sua mente masculina de informático que o leve inexoravelmente a este tipo de posições "extremistas e idiotas", a ponto de nem ele próprio reparar como elas o são. Ou talvez tudo resulte de uma infância protegida desde a qual ele, das palavras "fanatismo" e "liberdade", ainda só terá tido oportunidade de assimilar a sequência de letras e não o significado ou a sensação na pele. Compreende-se: chegar ao "x" de Unix toma imenso tempo. E aquilo de ser guru deve dar uma trabalhêra.

    Olha, acende o lume, rega o pessoal com gasolina à tua escolha (ninguém se queixa se não for ambientalmente correcta), atira um fósforo depressinha, mas tolera uma última vontade e poupa a nossa combustão a mais uma repetição desse discurso de auto de fé com recordações traumáticas da adolescência, tá?

    Oh no! More lemmings! :-) (Pontos:3, Interessante)
    por pls em 01-10-02 9:51 GMT (#32)
    (Utilizador Info) http://pls.mrnet.pt
    Bom texto. Gostei mais da forma que do conteúdo, mas isso seria de calcular. Deixa cá só acrescentar umas coisas à tua resposta:

    Não sou "jornalista". Nem "pseudo-jornalista". Nunca fiz qualquer tipo de esforço nesse sentido. Não sei onde foste buscar a ideia de que tinha uma "cátedra na Impresa". De vez em quando alguém me pede para escrever um texto de opinião ou para ser entrevistado. Só isso.

    Quanto a "fanatismos" e a "extremismos" deixa cá acrescentar que não é um rótulo que sirva a todos. Nem durante muito tempo na maior parte dos casos. Não sei porque (ou se) enfias a carapuça. Eu decididamente não sei quem tu és (se bem que tu pareces saber imenso sobre mim, ou fazer de conta que assim é; estou em clara desvantagem) e não me recordo de passar o texto a dizer que o "jmce" é "isto ou aquilo".

    Não confundas a caricatura "não dirigida" (e é sabido, quanto mais não seja pelos meus posts aqui, que quando me refiro a "alguém" chamo os "bois pelos nomes") com um "ataque" a alguém. Não é. Não pretende ser. Quando é isso é óbvio a todos. O texto, caso te tenha escapado, é uma auto-crítica, fala de mim, de pessoas que de alguma forma tenham comportamentos semelhantes aos que eu tive.

    Mais... este fim de semana conheci o Cyclops pessoalmente (provavelmente a pessoa com quem tive mais turras na Gildot) nas Jornadas de linux das Caldas. Não concordo com algumas ideias dele. Não entendo outras tantas. Não entendo as motivações dele. Mas gostei de estar com ele. Acordo certamente em discordar e gostei da companhia. Se eu acho que ele e o João (os dois representantes da Ansol) são os tais fanáticos ou extremistas da minha caricatura? Nem por isso. Acho que defendem com paixão as ideias em que acreditam, e com algumas das quais eu não concordo, e tudo está bem nessa matéria, e acho que contribuem para criar algum do ruído de fundo de que me queixo. Não estamos de acordo em muita coisa mas o "fanatismo" e "extremismo" vem mais dos putos que os ouvem do que deles. São pessoas acessíveis, não são putos, e decididamente não estão num estágio de cretinisse que identifico em mim próprio na era "amiga".


    E a propósito de Santos, aqui entra a fascinante componente clerical. Paulo Laureano, de família também Santos, acusa os "outros" (a.k.a. os menos amigalhaços ou neutros perante a sua ominisciência/santidade) de sobrecarregar tecnologias e sistemas operativos de ideologia política, social, talvez mesmo religiosa (mesmo que no sentido figurado). Apalpa mesmo o território psicanalítico-sexual para explicar a coisa ("falta de sexo ou uma porra do tipo"). Mas no fundo parece ter saudades dos velhos tempos de (ilusão de) "world domination" (Amiga über alles) e restos de inveja recalcada pelo amplificador a válvulas do amigo do jet set. Não completamente curado da necessidade de "pertencer" a uma casta superior de iniciados, PLS adoptou como novo clube selecto o dos "gurus de Unix" (o que não quer dizer que o imaginário clube, menos dado à auto-glorificação, o tenha adoptado a ele), até porque é preciso um sacerdócio qualquer para contrapôr a uma suposta "igreja da GPL", e nada como sentir que se domina um tópico complexo e inacessível às massas para alimentar o ego.

    Achei este parágrafo fascinante. Fascinante porque sendo eu ateu (não acredito ou tenho qualquer tipo de fé em deuses) e tendo um sério problema de implicação com Igrejas (i.e. respeito as crenças dos outros individualmente mas não os clubes que formam colectivamente), não fazia ideia que podia ter, eventualmente e sem saber, uma "componente clerical". É, no entanto, garantido que não tenho saudades nenhumas de mim próprio há 16 anos atrás e não vais ver um amplificador de valvulas em minha casa. :-))


    Ainda há dias vi uma foto de um encontro qualquer em que o PLS se destacava do resto do grupo pela roupa e postura mais descontraídas (ausência saudável de gravata, mãos nos bolsos, ar folgazão). A quantos deles terá chamado "burróides"? Suponho que a nenhum, mas se isso dá pontos positivos de gestão de imagem dá pontos negativos por hipocrisia e permite especular sobre os pensamentos por detrás do sorriso.

    Recordo perfeitamente esse encontro. Não me lembro de ter achado alguém "burróide". Pelo contrário, achei que partilhava com o resto dos presentes muitas das ideias. E, quem me conhece, sabe que não sou hipocrita. Desmancho-me a rir na cara das pessoas quando acho algo hilariante, e poucas coisas ficam por dizer quando não estou de acordo com alguma coisa, o "politicamente correcto" não joga comigo (à semelhança das gravatas). Sou crítico e directo. Aceito que façam o mesmo de volta. Os meus amigos, e quase toda a gente que me conhece, sabe isso e paga na mesma moeda. O que eu aprecio. Só faz é bem ao ambiente e nada como uma discussãozita para fazer um serão bem passado.


    Como não ligo a "altares" informáticos, venham eles de onde vierem, e como ninguém é perfeito, nem mesmo (vénia respeitosa apesar de tudo) o Knuth, o PLS estará com pouca sorte em arranjar discípulos, até porque não devo ser caso isolado entre os visados no seu Index.

    Não sou nem "altar", nem "referência", e muito menos tenho "discipulos" ou os quero "arranjar". Não faz o meu feitio. Não tenho nem o tempo nem a pachorra. Não estou nem vagamente inclinado para ser "um líder" ou "mentor" de coisa nenhuma.


    Olha, acende o lume, rega o pessoal com gasolina à tua escolha (ninguém se queixa se não for ambientalmente correcta), atira um fósforo depressinha, mas tolera uma última vontade e poupa a nossa combustão a mais uma repetição desse discurso de auto de fé com recordações traumáticas da adolescência, tá?

    Não. Não tá. Se não gostas do que escrevo não leias. Mas eu não vou certamente escrever menos ou limitar os tópicos porque isso "te incomoda". Repara que isto não significa que "escreva para te agredir", ou para de alguma forma te incomodar, apenas que não deixo de escrever para "te poupar" a "agressões ou incomodos". Se enfias "carapuças" ou me dás mais importância que a merecida isso é algo que está em ti e não no que eu escrevo. Se não queres ler não leias.

    PLS
    Re:Oh no! More lemmings! :-) (Pontos:3, Esclarecedor)
    por jmce em 01-10-02 13:47 GMT (#39)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/
    Não sou "jornalista". Nem "pseudo-jornalista". Nunca fiz qualquer tipo de esforço nesse sentido. Não sei onde foste buscar a ideia de que tinha uma "cátedra na Impresa". De vez em quando alguém me pede para escrever um texto de opinião ou para ser entrevistado. Só isso.

    A carreira não será essa, mas os actos mesmo que isolados dificilmente podem caír noutra categoria, e são esses os que conheço. A "cátedra" não era necessariamente uma referência a qualquer tacho permanente mas à posição visível como "autor de opinião" ou "de tecnologia" arquivado por eles na secção Informática e a que se vai recorrendo quando é preciso. De qualquer forma, escrever na imprensa não é nenhuma razão para desprezo, pelo menos se feito com uma dose q.b. de respeito.

    Quanto a "fanatismos" e a "extremismos" deixa cá acrescentar que não é um rótulo que sirva a todos. Nem durante muito tempo na maior parte dos casos.

    Felizmente reparei nisso há bastantes anos. A minha dúvida era sobre se o PLS teria chegado a um grau de maturidade suficiente para o notar também. Pena que sejam precisos apêndices para ressalvar isso, já que o texto original é menos poupado.

    Não sei porque (ou se) enfias a carapuça. Eu decididamente não sei quem tu és (se bem que tu pareces saber imenso sobre mim, ou fazer de conta que assim é; estou em clara desvantagem) e não me recordo de passar o texto a dizer que o "jmce" é "isto ou aquilo".

    Não só não enfio a carapuça como tenho mais dificuldade que o PLS em vislumbrar a quem ela na realidade possa servir, dado que não fui eu quem a tricotou. Se eu tivesse achado a carapuça justificada para alguém é bem possível que não tivesse perdido tempo a desmanchá-la. De qualquer forma foi atirado à "populaça" um enorme número de carapuças...

    Quanto à vida do PLS, não tenho interesse em conhecer muito ou pouco; dele apenas conheço alguns escritos que de vez em quando vão caindo por aí aos trambolhões; são esses que estão em causa. O resto é irrelevante para o caso e da esfera privada do PLS; mal seria que eu (para além das figuras de estilo mais toscas) me intrometesse nela.

    Não confundas a caricatura "não dirigida" [...] O texto, caso te tenha escapado, é uma auto-crítica, fala de mim, de pessoas que de alguma forma tenham comportamentos semelhantes aos que eu tive.

    Ou seja, não é uma dentada mas um uivo. Curiosamente (parece) no rasto de sangue fresco. Seria interessante ver como são mesmo as dentadas a sério.

    Mais... este fim de semana conheci o Cyclops pessoalmente [...]

    Não precisas de enumerar as pessoas em que não queres morder. O que estava em causa não era uma defesa camuflada da pessoa específica A ou B (já que também sei escrever os nomes das coisas e das pessoas quando eles têm de ser escritos e que não tenho procurações de ninguém) mas um ataque à tua atitude, mesmo que essa atitude possa difamar trabalho concreto de pessoas concretas.

    Fascinante porque sendo eu ateu (não acredito ou tenho qualquer tipo de fé em deuses) e tendo um sério problema de implicação com Igrejas (i.e. respeito as crenças dos outros individualmente mas não os clubes que formam colectivamente), não fazia ideia que podia ter, eventualmente e sem saber, uma "componente clerical".

    Será por não leres com atenção o que escreves? "Unix" rings any bells?

    Se enfias "carapuças" ou me dás mais importância que a merecida isso é algo que está em ti e não no que eu escrevo. Se não queres ler não leias.

    Acredita que habitualmente não leio, embora tenha em tempos lido coisas menos beras vindas de ti. O desporto de enfiar carapuças nos outros não é neste caso meu, mas do PLS. Correcção: eu desci também ao nivel de fabricar uma carapuça para ele, com tudo o que esse meu acto possa ter de desprezível. Quando a paciência se esgota as fraquezas vêm ao de cima. Não tenho orgulho disso. Mas esta semana pareço estar particularmente ácido.

    Eu tento explicar. O problema fundamental é a rotulagem superficial e colectiva de tudo o que lhe cai menos bem com etiquetas como "fanatismo", "extremismo", "fundamentalismo", palavras que pela gravidade que percebo nelas gosto de reservar para as situações (graves) que as merecem de facto.

    Deixemos de lado a questão menos polémica das claques "juvenis", já que o texto do PLS vai muito além delas.

    No contexto actual de "chico-espertismo", em que a honestidade "é para os tontos" e a integridade se vende barata, qualquer pessoa capaz de ter convicções ligeiramente mais fortes que a média da chusma, e de agir de acordo com elas, é apontada rapidamente a dedo (mesmo quando é capaz de defender racionalmente as opções que tomou, e quer cada um de nós as considere certas ou erradas) como "fanático" e "fundamentalista", denunciada publicamente de forma quase inquisitorial.

    O PLS, como outros aqui no Gildot, parece nos piores momentos adepto desse desporto, no âmbito informático. Pena que não perceba que, pelo menos para alguns dos visados, discutir as questões "políticas" (eu diria "legais") do software não resulta de falta de gosto ou competência para escrever código ou sequer de algum fascínio pessoal por politiquices ou causas românticas.

    O João Branco comecou a clarificar a situação quando falou da importância de "opiniões de massas" e do papel de personagens mais "políticos" do que "técnicos" para defender algo que interessa a todos incluindo os "técnicos puros". Mas há mais do que isso.

    Acredito que muitos dos que "acusas" de terem o desplante de às vezes combinarem "liberdade e outras porras" com Linux ou Unix na mesma frase (e entre os quais eu não tenho vergonha de figurar excepto pela insignificância da minha colaboração) nunca tinham desejado ser aprendizes de políticos numa qualquer juventude partidária ou mesmo numa famigerada associação de estudantes, e prefeririam em informática fazer *apenas* aquilo que mais gostam de fazer: simplesmente escrever código ou usar o melhor código de outros. Falo por mim também, já que logo no ensino secundário fiquei com repulsa (só de assistir de longe) a alguns vícios "políticos" (num mau sentido) que se viam; e já que nunca senti qualquer motivação ou jeito para entrar por domínios como Direito e (muito pior) Política.

    O problema é que a vida não é um mar de rosas e, borrifando-se para os nossos gostos pessoais, às vezes chega mesmo a altura em que a realidade vem por aí abaixo aos trambolhões e se percebe como, mesmo no contexto mais técnico, "liberdade e outras porras" se tornam questões a que é difícil fugir, com Unix ou sem ele, goste-se do ideal preconizado pela FSF ou não.

    A sensibilidade a esses problemas talvez seja baixa em Portugal porque a tradição é a Lei ter um braço fraco (excepto com alguns dos mais fracos) e podermos em grande parte borrifarmo-nos para ela. Mas estranha-se a alergia que algumas destas questões levantam, como se fossem puro panfletarismo, em pessoas de que se esperaria, se não necessariamente simpatia por algumas causas pelo menos a compreensão técnica do que está em causa no quadro legal. Nem que seja por perceberem a natureza de algum software livre que usam todos os dias na sua actividade para (citando o Mário Gamito) poderem "ganhar para os melões".

    Re:Oh no! More lemmings! :-) (Pontos:2)
    por Dehumanizer em 01-10-02 18:17 GMT (#45)
    (Utilizador Info)

    No contexto actual de "chico-espertismo", em que a honestidade "é para os tontos" e a integridade se vende barata, qualquer pessoa capaz de ter convicções ligeiramente mais fortes que a média da chusma, e de agir de acordo com elas, é apontada rapidamente a dedo (mesmo quando é capaz de defender racionalmente as opções que tomou, e quer cada um de nós as considere certas ou erradas) como "fanático" e "fundamentalista", denunciada publicamente de forma quase inquisitorial.

    Concordo plenamente, e é triste que assim aconteça.

    Estou muito farto de ver que quem não é um F.D.P. que se está a c*gar para tudo e todos (não confundir com egoísmo a la Ayn Rand... isto é mais niilismo, tipo "nada é importante"), é automaticamente "fanático", "fundamentalista", "ingénuo" ou "imaturo", e "não vê como funcionam as coisas no mundo real".

    É claro que efectivamente existem fanáticos, mas descrever assim toda e qualquer pessoa que tenha o mais pequeno sentido de ideias ou ética...


    "To underestimate one's self is as much a departure from truth as to exaggerate one's own powers"
    - Sherlock Holmes

    A "comercialização" do Linux (Pontos:2)
    por macTeK em 01-10-02 12:29 GMT (#36)
    (Utilizador Info)
    Acho que a posição do PLS representa um bocado a tendência actual em alguns sectores mais "pragmáticos" da comunidade Linux e que corresponde ideologicamente a uma tecnocracia neo-liberal defensora dos Big Buck$, isto é, do capitalismo.

    O principal argumento deste discurso é que o Linux e a tecnologia em geral são politica, etica e socialmente neutros. Não há necessidade de ser fundamentalista e defensor do Linux. Afinal, trata-se apenas de um sistema operativo, de uns milhões de linhas de código.

    Na opinião de PLS, se o Linux é assim tão bom como pensamos, basta mostrar às empresas que é mais robusto e fiável do que os SOs da Microsoft, o que representa poupanças ou até ganhos adicionais de $$$. E afinal o que "a gente" quer é vender o Linux às empresas, que são elas os maiores clientes. "A gente", os engenheiros, os gurus do Unix, os programadores, está-se a marimbar para a democracia, a liberdade e as desigualdades sociais e económicas.

    Assim, se a tecnologia for boa, deixemos o mercado funcionar livremente. Não devemos nunca é falar de política, de democracia, de ideologia, pois isso assusta os CEOs. Por outro lado, também não convém misturarmos o povinho ao barulho. Afinal, para que é que as "massas" querem o Linux? Isso só nos iria dar mais trabalho em serviços chatos de suporte e não iriamos obter as contrapartidas necessárias. É óbvio que o dinheiro a sério está nas empresas; quanto maiores forem melhor é.

    Os "políticos" que nos querem fazer pensar nessas coisas não percebem nada de nada, nunca escreveram código, não passaram noites a fio a tentar corrigir bugs. Depois, passam-se, dizem que o código deve ser encarado como uma obra de arte, como um produto cultural, como um instrumento da liberdade de expressão e outras barbaridades. Caraças, porque é que não nos deixam fazer dinheiro à vontade??

    Esta mentalidade, na minha opinião, está a colocar em risco a comunidade, a cultura e o espírito do software livre e a própria essência da GPL. Não admira que dentro em breve começem a surgir vários tipos de licenças de software supostamente "open-source", mas que de código-aberto só têm o nome, de forma a permitir o desenvolvimento de programas que se baseiam no contributo voluntário de programadores mas cujo código-fonte não pode ser modificado e cuja distribuição é paga.

    Acho que é muito legítimo que as pessoas queiram ganhar dinheiro com o que fazem, só não lhe deiem é o nome de livre ou aberto, porque desta forma estão a trair o espírito e a cultura introduzida por Richard Stallman e pela proto-comunidade de hackers do MIT. Quando o Linux conquistar o mundo empresarial - o que está para breve -, as empresas não vão permitir, de certeza, que o "SEU" software seja distribuído e modificado livremente.

    Aí caros senhores "pragmáticos", qual será a diferença entre o Linux, as versões proprietárias do Unix dos anos 80 e os sistemas operativos da Microsoft para o mercado empresarial (NT e 2000)? Há pessoas que nunca aprendem com a história. É por isso que já se fala que a Red Hat está cada vez mais parecida com a Microsoft...
    Re:Zealots do linux, Teams OS/2, CBM Amiga, etc (Pontos:2)
    por Dehumanizer em 01-10-02 10:23 GMT (#33)
    (Utilizador Info)
    Há uma 3a hipótese, que é bem intencionada mas pode por vezes dar em fundamentalismo (ou apresentar os mesmos sintomas): ter descoberto uma coisa "melhor" e querer mostrá-la ao mundo.

    Eu próprio sou culpado disso no passado.

    Mas raramente resulta, e quase nunca é boa idéia.


    "To underestimate one's self is as much a departure from truth as to exaggerate one's own powers"
    - Sherlock Holmes
    Re:Zealots do linux, Teams OS/2, CBM Amiga, etc (Pontos:1)
    por hununu em 01-10-02 15:14 GMT (#42)
    (Utilizador Info) http://dequim.ist.utl.pt
    Exacto. Existe uma clara diferença entre chatear alguém ad nauseum sobre algo que achamos que é melhor dos melhores e entre mostrar algo a alguém se virmos que esse alguém até *tem interesse*.

    Lido quase diariamente com pessoas que usam o PC para fazerem relatórios, apresentações, etc. Isto é, as pessoas querem é trabalhar, não querem ter um Linux de estimação que melhoram como passatempo enquanto dá o Anjo Selvagem.
    Acham que tem algum sentido cada vez que o Windows 2k/NT crasha eu começar a praguejar a dizer mal daquilo? Acham que eu devo sequer falar-lhes do OpenOffice cada vez que o Word cai no bug que tem desde a versão 6 e que nunca mais é corrigido? Não. As pessoas não querem saber.

    Agora, sempre que alguém mostra alguma apetência por aprender (ainda ontem fiquei parvo quando uma rapariga ficou toda curiosa por usar um theme "muita giro" no Mozilla e ela começar a dizer bem daquilo e q nunca mais tinha usado IE, etc..), eu faço os possíveis para tentar entusiasmar a pessoa e partilhar alguma da minha experiência, **EM DOSES MODERADAS**. Eu não tenho a mínima paciência para aturar gajos chatos, e a última coisa que eu tento fazer aos outros é chateá-los!

    O extremismo e o radicalismo nunca vão levar o software livre/ a lado nenhum. Mal de quem tente apregoar extremismos a empresas.

    Eu conheci pessoas fanáticas por Amiga, OS/2 lovers, e tudo o mais que existiu de febres fanáticas. Pessoalmente, nunca embarquei nelas, por que nunca me senti motivado. Hoje uso UNIX para servidores e recuso-me a usar Windows a menos que me paguem a peso de ouro. (Sim, é verdade que me posso dar a esse luxo, pois não tenho (ainda) que ganhar para comer) Chegou a certa altura que eu achei que UNIX era "uma ideia porreira " para experimentar e *descobri* por vontade própria o que me despertou curiosidade. Acham que o facto de fanáticos de amiga, OS/2, etc andarem a chatear as pessoas contribui positivamente para alguém mudar para o que quer que seja? Não. Em mim, sempre teve o efeito oposto.

    Eu acho que os fanáticos de Linux têm o mesmo efeito.
    Só chateiam as pessoas com argumentos mega tendenciosos e claro, *as pessoas não são estúpidas*. A maior parte dos supostos "gurus" de Linux assume que têm que educar "estúpidos". Se calhar nunca lhes ocorreu que as pessoas não perdem tempo com Linux porque já sabem que vão ter que gastar, em 99% dos casos, algum tempo extra a aprender um novo software, quando podiam gastar esse tempo numas quecas que são muito melhores! E não poder instalar o MSN ? Que granda chatice!

    ps: pls, sobre o amplificador a válvulas, acho que se um dia tiveres tempo e $, é um bom investimento. Agora acho que o teres comprado só para satisfazer a "tara" do teu amigo, teria sido de facto um erro. Eu já desisti de dizer 'as pessoas que um mp3 passado para CD é pior que um CD original. :) Porque será?


    hununu, LTI-DEQ@IST, Portugal
    Onde pára a ANSOL ? (Pontos:3, Informativo)
    por jepm em 30-09-02 23:58 GMT (#15)
    (Utilizador Info)
    Ao artigo em questão só falta dizer para:
            i) se associarem a um partido de extrema esquerda para "advocar Open-Source/Free-Software num ambiente empresarial";
            ii) defender o Open-Source/Free-Software como se fosse uma religião;
            iii) defender que tudo o que a Microsoft faz é mal feito.

    Para iluminar as mentes dos gestores e políticos portugueses em relação a estes assuntos, a ANSOL (se a virmos como a organização que defende estas soluções em Portugal) poderia:
        * ter mais protagonismo e fazer ouvir a sua voz através da imprensa (sem cair em extremismos que só a desacredita)
        * convidar uma figura pública para dar a cara pela Associação (por exemplo, Tribolet, ex-ministro da CT, Diogo Vasconcelos, José Magalhães, ...)
          * elaborar uma lista de empresas portuguesas reconhecidas por todos, que utilizam open-soft/Free-soft, há quantos anos, para que fins e vantagens sobre soluções alternativas
          * compilar números para as Administrações, ou seja, TCO (Total Cost of Ownership) de soluções open-soft/Free-soft vs proprietárias
          * finalmente, explicar claramente quem faz a manutenção a estas soluções (com nomes de empresas e serviços que prestam), de modo a garantir que ao mudarem para estas soluções, as empresas não ficam dependentes de 1 ou 2 gurus que lá têm e que podem sair a qualquer momento.

    Como não sou membro da ANSOL (nem pretendo ser membro de congregações religiosas ;-), embora defenda a utilização de open-soft/Free-soft sempre que possível, assim como de aplicações proprietárias quando é necessário), vejam isto apenas como 2 centimos de raciocinio ao fim de um longo dia de trabalho.

    Abraço,

    pm

    Re:Onde pára a ANSOL ? (Pontos:4, Esclarecedor)
    por jmce em 01-10-02 7:20 GMT (#28)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/

    O problema é arranjar mão de obra para tratar de todas as tarefas (cruciais) aí propostas, muitas das quais estão naturalmente previstas. Uns têm pouco tempo. Outros, infelizmente, descartam-se dizendo (à falta de restos de elegância) que "não querem ser membros de congregações religiosas" e depois indignam-se por haver muito trabalho por fazer e a visão deles não estar contemplada ou o trabalho dos outros lhes parecer "extremista".

    Quanto às figuras públicas a "dar a cara", o problema é arranjar algumas que percebam exactamente sobre o que a estariam a dar. Não tenho a certeza sobre se Diogo Vasconcelos e José Magalhães, por exemplo, já terão percebido mesmo bem de que se trata isto afinal. Claro que explicar-lhes as questões (para poderem decidir por si próprios) faz parte da lista de tarefas, e essa tarefa pelo menos foi já iniciada.

    O que eu não gostaria é que à falta de apoios conscientes se arranjasse algumas figuras de fachada mas sem conhecimento de causa apenas para efeitos de marketing. As técnicas de marketing puro podem pragmaticamente dar resultados, mas pelo menos pessoalmente tenho reticências em ir por uma via de aldrabice. Antes ir devagar do que prescindir da honestidade. Esse talvez seja no fundo (nos tempos que correm em que a honestidade é um bem com baixa cotação e qualquer convicção é rotulada de fanatismo) o meu único "extremismo" pessoal.

    Re:Onde pára a ANSOL ? (Pontos:2, Engraçado)
    por jepm em 01-10-02 13:27 GMT (#37)
    (Utilizador Info)
    Caro jmce,

    Não sei se pertence à ANSOL, mas se tal acontece é com muito gosto que fiquei a saber que os meus modestos "2 cêntimos" estão já contemplados no vosso plano de acção.
    Em relação à "congregação religiosa", espero que concorde que estes temas não podem ser defendidos como se de uma guerra santa se tratasse e, por demasiadas vezes, é isso que se constata. Se me permite, gostaria de aos dois cêntimos anteriores, acrescentar mais um:
        * formação dos porta-vozes e membros da ANSOL sobre a melhor maneira de divulgar (perspectiva de marketing) o software livre junto de decisores.

    Concordo que as figuras de fachada sem conhecimento adequado não tragam muito valor acrescentado.

    Em relação a "descartam-se dizendo (à falta de restos de elegância)", ofereço-me desde já para trabalhar com a ANSOL (dentro das minhas disponibilidades, que infelizmente não são muitas), mas sem filiação na "congregação" - pelo menos antes de ter a certeza que o fanatismo de alguns membros está controlado.

    Abraço,

    pm
    Re:Onde pára a ANSOL ? (Pontos:3, Interessante)
    por jmce em 01-10-02 15:04 GMT (#41)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/

    Pertenço à ANSOL, mas infelizmente nada tenho feito para ajudar, ao passo que demasiadas vezes me deixo perder tempo em, por exemplo, discussões fúteis no Gildot... Tentarei corrigir-me.

    Compreendo os receios pela atitude de "guerra santa", que também não preconizo (e se calhar ninguém na ANSOL, quando toca à prática, preconiza) e os dois cêntimos adicionais fazem todo o sentido. Para fazer passar uma mensagem é sempre conveniente perceber primeiro como é que se pode exprimi-la de forma a que o receptor a entenda, começando por não colocar o receptor numa atitude em que nem sequer quer tentar entender. Não se nasce ensinado a fazê-lo, especialmente no caso de pessoas para as quais não é esse o ramo de actividade em que mais lhes apetecia trabalhar...

    Quanto ao "fanatismo de alguns membros", as minhas críticas nesta discussão têm afinal a ver essencialmente com disparos desses, mas a minha aversão pela rotulagem "fácil" com "fanatismo" e outros ismos está já mais que dissecada noutras mensagens... A minha indignação não é sinal de "espírito de defesa congregacional", já que reagiria da mesma forma se visse o mesmo tipo de ataques de ânimo leve a organizações a fosse indiferente.

    No fundo é parecida com a indignação que senti quando nos últimos dias, em actos desavergonhados disfarçados de jornalismo, muitos media tentaram fazer um julgamento público, político, sumário e primário ("boçal" resume melhor) de Paulo Portas, independentemente de qualquer simpatia ou falta dela que eu tenha por este último alvo, apenas mais um de muitos.

    Tudo isto não serve, claro, para desculpar o facto de eu ter perdido a paciência e desatado a disparar de forma conscientemente ofensiva em todas as direcções, quer para alvos que talvez o "merecessem" quer para pessoas a quem tenho de pedir desculpa por não o merecerem de forma alguma como é o caso do ajc. É especialmente triste que eu o tenha feito sendo um dos editores e defendendo que o fórum deve respeitar sempre os participantes, seja qual for a sua forma, cor e tamanho...

    Re:Onde pára a ANSOL ? (Pontos:2)
    por js em 02-10-02 12:27 GMT (#51)
    (Utilizador Info)

    Eu sou membro da ANSOL. Na minha opinião, a melhor (única?) maneira de controlar o (hipotético) fanatismo de alguns dos seus membros é estar lá dentro -- nomeadamente, nas assembleias gerais, a discutir e a votar!

    Entendo que a ANSOL faz falta à comunidade, portanto a comunidade não a pode deixar cair sem a defender activamente. Muito menos a pode deixar cair vítima dum hipotético fanatismo de alguns membros. Era o que faltava! A não ser que os fanáticos sejam a esmagadora maioria da Assembleia Geral (e que sejam todos fanáticos da mesma coisa, hehehe!), só se formos patetas é que deixamos a ANSOL cair vítima de fanatismos.

    Se tens razões para recear que o fanatismo de alguns membros da ANSOL a ponha em perigo, é fundamental (fun-da-men-tal!) que defendas a ANSOL *por dentro*. Imagina que tens razão e que há perigo de derrocada: Que interesse tem assistir à derrocada de fora? O que pode fazer diferença é estar lá dentro a segurar as paredes!

    Os anticorpos só contribuem para a saúde se estiverem *dentro* do corpo...

    20 milhoes de moscas ... (Pontos:2)
    por xeon em 02-10-02 12:53 GMT (#52)
    (Utilizador Info) http://pthelp.org
    "Take the Apache web-server example. If you try to advocate Apache as the best web-server product around you are a certified idiot. "

    A partir de hoje, podem-me chamar um idiota certificado :-)

    Mas, ao que interessa:

    Embora na empresa onde trabalho seja considerado por muitos um 'fanatico do linux', nao me considero tal.

    Nas ultimas vezes que tive que 'advocar' o uso de opensource, limitei-me a demonstrar que era mais simples, mais flexivel e principalmente mais barato do que as alternativas existentes.

    Acho obvio que, com o fim do 'tempo das vacas gordas', haja cada vez mais empresas/entidades a ver de forma mais seria a hipotese 'opensource'... e agora sim, e' altura de o advocar... mas de forma de certa forma isenta, ou seja, sem entrar em argumentos do tipo "Coma m£rd@: 20 milhoes de moscas nao podem estar erradas ..."


    -- Reading the FM
    Re:20 milhoes de moscas ... (Pontos:0, Informativo)
    por Anonimo Cobarde em 02-10-02 13:22 GMT (#53)
    Ok. You're a certified idiot, then. Just dont touch anything ;) heh

    E para consubstanciar a tua ultima frase, aqui vai uma perola do Head Penguin himself: aqui :)

    Quick quote:

    "A billion flies _can_ be wrong - I'd rather eat lamb chops than shit."
    -- Linus Benedict Torvalds, circa May 2002

    O que interessa são as soluções, não a tecnologia. (Pontos:1)
    por Montanelas em 04-10-02 11:00 GMT (#55)
    (Utilizador Info) http://www.war-zone.net/news.asp
    No artigo Eric Raymond: Microsoft doomed by cheap PCs o autor afirma que nos S.O. para desktop e no Software de Produção, a M$ está condenada a fracos resultados no futuro devido ao baixo preço dos produtos da concorrência...

    Seria curioso tal acontecer, pois foi com essa estratégia que derrotaram a concorrência.

    No entanto é necessário demonstrar que os outros S.O. são fáceis de usar, têm software fácil de usar e capaz de fazer o mesmo por um preço imensamente mais baixo. Quem sabe se um dia, não há cursos de OO no mercado português em tudo o que é centro de formação neste país? ;)

    O grande problema está na inércia ou na preguiça em mudar para melhor, pois há muita gente em muitos segmentos de mercado que só têm a beneficiar com o Linux... :D

    Apesar da comunidade de programadores ser enorme, esse argumento para muita gente é sinónimo de insegurança, enquanto que a adopção do Linux por diversos países deve-se mais à contenção de custos...

    Em E ric Raymond: Linux will rule the desktop temos a seguinte pérola: "Linux wins even if the UI sucks." Se há coisa pela qual o Windoze teve sucesso foi por ter um UI acessível... :P

    O grande argumento deste cavalheiro é que com determinadas configurações a M$ começa a perder dinheiro a vender o Windows. O que ele não afirma é que a M$ está disposta a perder esse dinheiro, primeiro porque ele há muito que já foi pago, e mesmo que ainda não tenha sido, antes vender uma máquina com o Windoze do que com outro OS, porque uma máquina com o Windoze é uma a menos com o Linux.

    A M$ fá-lo-á pois pode dar-se a esse luxo, por forma a ter uma base elevada de clientes tanto domésticos como profissionais. E atenção que os novos Windozes, como o Win2K estão integrados em algo bem maior, e como tal o seu valor acrescentado é bem mais elevado, pois para se obterem uma série de benefícios, então só comprando produtos M$ os poderá obter. Neste aspecto, há muito trabalho da comunidade Linux para fazer, para além do facto que é mais fácil trabalhar com o rato que com o teclado... :(

    O preço e a estabilidade são de factos dois argumentos muito importantes, e é por isso é que não vereis nos próximos anos, nenhuma grande companhia a mudar a sua infra-estrutura (back-end e front-end) de Windoze para Linux, pois não têm nenhuma garantia de estabilidade mesmo que o preço seja largamente compensador, pois os custos da mudança serão enormíssimos.

    E na comunidade Linux não há uma estrutura de apoio montada capaz de competir com a M$...

    Como o Leitão diz e muito bem, as empresas precisam de garantias que o software que irão adoptar nunca deixará de ser suportado.

    Todavia há muitos bons casos, e isso tem de ser bem avaliado e explicado, em que o Linux, ou o FreeBSD :P podem ser recomendados.

    Como bem disse o Paulo Laureano nas Caldas, o que interessa são as soluções e não a tecnologia. ;)

     

     

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