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Racismo Informático e Pensamento Único
Contribuído por Xmal em 14-07-99 14:43
do departamento das-noticias-diárias
Microsoft A linha de discussão sobre o novo projecto Diário Digital que surgiu num artigo do passado sábado, deu origem a uma intervenção construtiva do editor da PortugalNet, à qual se seguiram algumas respostas igualmente construtivas. Sugiro que revejam a discussão, e acrescento no desenvolvimento um comentário ao aparente "racismo informático" para com a MS.
A pergunta em questão foi:

> O facto de gostarmos de trabalhar com tecnologias da Microsoft provoca alguma onda de «racismo informático»?

Compreendo a validade da observação, pois é uma ideia que facilmente transparece num primeiro contacto com o fenómeno do software livre. Não penso que haja muito mais "racismo" contra a Microsoft do que houve com a IBM e a ATT quando estas detinham posições monopolistas.

Tirando os problemas óbvios que os monopólios impoêm à concorrência, e como tal têm sido combatidos nos EUA, coloca-se um outro efeito adicional que não é menos danoso: Dizia-se em relação à IBM que "Ninguem é despedido por comprar IBM". Este é o segundo dano dos monopólios e do "pensamento único". Trata-se da desculpabilização das eventuais más escolhas que sejam feitas, desde que estas sigam as tendências maioritárias.

É normal os tais "estudantes" quando chegam ao mundo do trabalho, serem confrontados com barreiras intransponíveis da parte das chefias e terem de optar por soluções que acham ser menos eficazes mas que são familiares e aceitáveis a essas mesmas chefias. Algumas vezes são os "estudantes" que estão errados e que têm uma visão lírica sobre a solução, mas outras vezes será um caso de imobilismo na gestão.

Trata-se concerteza de um fenómeno natural ao qual os gestores estão atentos. É também natural que haja risco e receio em abraçar novas tecnologias quando estas surgem. Não foi este o caso da Internet há uns anos atrás ? Quem não acharia lírico em 1994 a criação de um Jornal Diário na internet ?

Sem querer fazer fazer publicidade excessiva, posso referir o contexto do Departamento de Informática da U.Minho onde o facto de as decisões de gestão serem feitas por especialistas na tecnologia informática, permitiu adoptar soluções arrojadas que passaram pela adopção quase exclusiva de tecnologia de software livre nos laboratórios de ensino e nos vários serviços. Trata-se de um sistema que serve presencialmente centenas de utilizadores, e cuja adopção em outras instituições está em curso. Detalhes num artigo da Ingenium de janeiro de 99.

É claro que o contexto académico tém caracteristicas diferentes dos meios empresáriais, mas é muito provável que, tal como a Internet, se venha a revelar imparável a adopção destas tecnologias. Daqui a uns anos a tecnologia acarinhada e incompreendida será uma nova, concerteza.

Carlos Baquero

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