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Software Livre na Administração Pública
Contribuído por mvalente em 05-10-03 22:33
do departamento politic(a|o)s-open-source-
ANSOL Cyclops escreve " Na próxima Quarta-feira, 8 de Outubro de 2003, será discutido em plenário da Assembleia da República o Projecto de Lei nº 126/IX «Utilização de Software Livre na Administração Pública».

Este Projecto de Lei[0] ambiciona[1] assegurar o funcionamento da Administração Pública, atingir uma efectiva redução de custos, manter a privacidade e permanência temporal da informação dos cidadãos na posse do Estado, cumprir o programa e-Europe 2002 e assegurar a certeza legal do software utilizado.

[MV: links correctos no resto do artigo]

«À diferença de outros projectos propostos em outros países[2], este projecto-lei tem a vantagem de, por um lado, repor esta legalidade progressivamente, admitindo excepções para as situações onde tecnicamente não é possível a utilização de Software Livre.», diz João Neves, Vice-Presidente da ANSOL.

«O presente diploma pretende então definir que os serviços públicos passam a utilizar software livre, que garanta as seguintes possibilidades, sem custos adicionais: possibilidade de executar o programa para qualquer fim; redistribuir cópias; estudar como funciona o programa e adaptá-lo às necessidades do utilizador e melhorar o programa e publicar essas melhorias.», diz Daniel Oliveira do BE.

Links com mais informação:

[0] Projecto-lei 126/IX
página

[1] Software Livre Na Administração Pública
página

[2] Uma lista (algo desactualizada) de outras propostas de lei
página

"

Linux na F1 | Linux Caixa Mágica - Servidor 8.1  >

 

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Referências
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    Cuidado com os links... (Pontos:1)
    por taf-7arte em 05-10-03 22:48 GMT (#1)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    Há por aí uns "/a" fora de sítio...
    Re:Cuidado com os links... (Pontos:3, Informativo)
    por blind em 05-10-03 23:00 GMT (#3)
    (Utilizador Info)
    "prontos...
    tá tudo la dentro"...do standart html

    [1]Projecto-lei 126/IX

    [2] Software Livre Na Administração Pública

    [3] outros projectos propostos em outros países


    Re:Cuidado com os links... (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 0:35 GMT (#16)
    (Utilizador Info)
    A culpa é dos auto-links do gildot. O conteúdo original era: <a href="zbr">zbr</a> como há links o gildot faz auto-link e dá cabo do post :)
    Fanatismo! (Pontos:3, Esclarecedor)
    por taf-7arte em 05-10-03 22:55 GMT (#2)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    Eu só vi ainda as primeiras linhas do projecto de lei e por isso posso ter sido enganado pela minha pressa, mas vejam-me só isto:

    "Todos os serviços do Estado estão obrigados a utilizar software livre nos seus sistemas e equipamentos informáticos."

    "O presente diploma aplica-se à Administração Pública local e central, incluído poder executivo, legislativo e judicial, e empresas públicas ou com maioria de capital público."

    "Qualquer das entidades referidas no Artigo 2º pode solicitar à Presidência do Conselho de Ministros uma autorização de excepção, devidamente justificada, para que possa utilizar software não livre (...)

    Eu, que sou defensor da promoção do software livre, acho isto de um fanatismo, irresponsabilidade e falta de senso absolutamente inacreditável! :-(

    Re:Fanatismo! (Pontos:3, Interessante)
    por blind em 05-10-03 23:27 GMT (#4)
    (Utilizador Info)
    depois de termos um "estaline" (segundo F. Amaral) como ministro da defesa... nada mais me surpreende

    será que a jogada é baixar para comissão par(a)lamentar, para ser retificado e ver se passa 33% do que é proposto inicialmente ??

    acho tb que esta proposta não é politicamente correcta....
    onde já se viu

    "Todos os serviços do Estado estão obrigados a utilizar software livre nos seus sistemas e equipamentos informáticos."

    porque não impor gradualmente uma quota para o software livre aquando da aquisição de novo equipamento..
    por exemplo inicialmente SO windows+ Open Office + mozilla firebird + mozilla thunderbird.....
    e numa fase posterior por exemplo dois anos depois, introduzir tambem o sistema operativo livre

    Re:Fanatismo! (Pontos:1)
    por Carnelian em 05-10-03 23:57 GMT (#8)
    (Utilizador Info) http://www.mconsolas.net
    Eles devem ter um contracto qualquer monopolista com a Micro$oft em que são obrigados a usar o M$ Office nas máquinas windoze... Penso eu de que... Mozillas rulam!! :)) --


    The Stone Dance of the Chameleon :)

    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 0:27 GMT (#13)
    (Utilizador Info)
    acho tb que esta proposta não é politicamente correcta....

    Em que é que achas que esta proposta não é politicamente correcta?

    No obrigar o Estado a ser mais independente onde tecnicamente possível?

    No período de transição inicial de 3 anos?

    Não percebo, devo estar a ler outro projecto-lei que tu.
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por blind em 06-10-03 2:34 GMT (#23)
    (Utilizador Info)
    estava apenas a comentar a frase que tinham citado...
    e o politicamente correcto era no sentido de "eles", politicos, nao aceitarem uma lei que os obriga a algo...
    apareceria algum a dizer que nem no tempo de salazar eram obrigados a utilizar linux..... ;)
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por fhc em 07-10-03 12:50 GMT (#147)
    (Utilizador Info)

    Nem eram obrigados a usar essa coisa de computadores! Ao que o Mundo chegou!

    Francisco Colaço


    Re:Fanatismo! (Pontos:3, Interessante)
    por Cyclops em 06-10-03 1:04 GMT (#20)
    (Utilizador Info)
    será que a jogada é baixar para comissão par(a)lamentar, para ser retificado e ver se passa 33% do que é proposto inicialmente ??

    Era preferível o chumbo completo a algo nesse género. Os 6 artigos (porque os últimos 2 são habituais nestas leis enão interessam muito) resumem-se a: a) definir Software Livre, b) obrigar à sua utilização onde tecnicamente possível, c) onde não é tecnicamente possível regula-se a concessão de excepções, d) define-se prazos de transição.

    Tira um que seja destes artigos, e de uma lei coesa, clara e sucinta passas a ter uma coisa sem nexo. É sem dúvida uma das leis mais simples que já li. Melhor só mesmo se não existissem excepções, mas mesmo aí melhor seria discutível, pois algo que não tivesse excepções estaria morto à nascença, e por isso não poderia chegar a ser apreciado.
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por hununu em 05-10-03 23:28 GMT (#5)
    (Utilizador Info)
    Eu, que sou defensor da promoção do software livre, acho isto de um fanatismo, irresponsabilidade e falta de senso absolutamente inacreditável! :-(

    Subscrevo. O fanatismo é o caminho mais rápido para o descrédito.

    http://www.absolutbsd.org/
    Foi a Microsoft! (Pontos:2, Interessante)
    por taf-7arte em 05-10-03 23:35 GMT (#6)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    Isto é tão patético que só pode ter sido redigido pela Microsoft...
    1) É impossível de aprovar.
    2) Desacredita os defensores do sw livre.

    Re:Foi a Microsoft! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 0:30 GMT (#14)
    (Utilizador Info)
    Como de costume, o lobo veste a pele do cordeiro. Em que é que é patético, exactamente, ou o insulto é apenas gratuito?

    É impossível de aprovar porquê? Ou já sabes o resultado?

    Desacredita porquê, se o Estado está completamrente dependente de 4 empresas, entre outras, que qualquer uma das quais pode facilmente relembrar-lhe essa dependência?
    Re:Foi a Microsoft! (Pontos:2, Esclarecedor)
    por taf-7arte em 06-10-03 3:58 GMT (#24)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    " Em que é que é patético, exactamente, ou o insulto é apenas gratuito?"

    É patético porque:

    I) É impossível de aplicar (acho especial "piada" a que o controlo seja feito pela Presidência do Conselho de Ministros...)

    II) É completamente errado.
    aqui se tinha falado nisso. Eu escrevi em resposta a um post do leitao:

    [leitao]"nenhum governo dever dar preferencia a nenhuma forma de licenciamento ou tecnologia -- seja esta o open-source, Linux, Microsoft ou fornos micro-ondas da Samsung. O governo deve sim usar due dilligence e escolher cada tecnologia, processo ou produto pelos meritos proprios: nao para captivar uma ou outra visao politica ou economica."

    [taf]Especificando um pouco mais:

    1) Nas aplicações importantes, onde estejam em causa valores como a soberania ou a segurança, o Estado deve conhecer a source (seja ela open-source ou sendo o Estado o seu proprietário) e não ficar em dependência de um fornecedor em particular.

    2) Nas aplicações sem "importância nacional", conta apenas o critério económico, no sentido mais lato. Deve ser escolhida a solução que cumprir as especificações técnicas adequadas e tiver o custo total mais baixo.

    III) As ditaduras caracterizam-se por alguém querer obrigar-nos a fazer alguma coisa porque é bom para nós.
    Re:Foi a Microsoft! (Pontos:3, Interessante)
    por Cyclops em 06-10-03 7:45 GMT (#28)
    (Utilizador Info)
    I) É impossível de aplicar (acho especial "piada" a que o controlo seja feito pela Presidência do Conselho de Ministros...)
    Acho piada a estas tautologias injustificadas.

    II) É completamente errado.
    Mais uma vez, porque quando já se falou cá já foi dito isto, dar obrigatoriedade ao Software Livre não é dar preferência a uma tecnologia mas dar uma preferência a várias características que o Estado tem de ter em relação ao Software que utiliza. Dentro do Software Livre há diversas tecnologias completamente diferentes o que só por si inviabiliza o comentário do leitão que citas.
    Isto não se trata de uma definição de preferência tecnológica mas de optar por independência do fornecedor (o teu país está nas mãos de 4 empresas dos EUA. Isto não te incomoda nem um pouco?)

    1) Nas aplicações importantes, onde estejam em causa valores como a soberania ou a segurança, o Estado deve conhecer a source
    Em que condições? Como de costume, estamos perante uma afirmação em tom tautológico do mais vaga que é possível. És um demagogo. Entre estas aplicações incluem-se as utilizadas pelos miúdos nas escolas, porque o vício que lhes é colocado na juventude é o que irão querer utilizar no futuro para eles. Tens os teus dados pessoais em diversos locais do Estado guardadas por software não-livre que ninguém excepto o fornecedor (e às vezes nem ele -- basta pensar nos easter-eggs) sabe o que faz.

    Isto não é uma questão tecnológica, como certos demagogos tentam fazer parecer ser.

    III) As ditaduras caracterizam-se por alguém querer obrigar-nos a fazer alguma coisa porque é bom para nós.
    Mais demagogia. Ao auto-impor a utilização de Software Livre o Estado não se coloca numa "ditadura" ou num "monopólio". Tentar fazer qualificar esta decisão ou o Software Livre é do mais ridículo em que se pode cair, demonstrando não fazer a menor ideia do que é uma ditadura ou um monopólio.

    Numa ditadura o Estado impõe-se sobre os cidadãos, esta decisão obriga apenas o Estado.

    Num monopólio o software está nas mãos de um só fornecedor. Acho que é absolutamente auto-evidente que isto não acontece no Software Livre. Mesmo que um Software Livre apenas fosse feito por uma pessoa, o Estado pode criar a sua própria variante e contratar outras pessoas para lhe dar assistência, que inclui a manutenção e alterações necessárias.

    Se isto é uma ditadura ou um monopólio, então com licença que eu vou à FCL sugerir uma reescrita do dicionário.
    Re:Foi a Microsoft! (Pontos:3, Esclarecedor)
    por ruben em 06-10-03 10:52 GMT (#38)
    (Utilizador Info) http://www.nocturno.org/ruben
    I) É impossível de aplicar (acho especial "piada" a que o controlo seja feito pela Presidência do Conselho de Ministros...)

    Discordo. Acho que é possível de implementar, embora preferisse que o método utilizado fosse outro (o método da auto-regulação).
    Se o teu problema é ser a PCM a autorizar as excepções, pode-se sempre emendar esse artigo e passar as competências para outro órgão, como o Instituto de Informática.

    1) Nas aplicações importantes, onde estejam em causa valores como a soberania ou a segurança, o Estado deve conhecer a source (seja ela open-source ou sendo o Estado o seu proprietário) e não ficar em dependência de um fornecedor em particular.

    O Estado conhecer a source é condição necessária mas não suficiente para garantir a segurança e soberania. O Estado não tem competências para analisar programas à procura de código defeituoso, intencionalmente ou não. A única maneira de garantir uma verdadeira segurança é tornando o código público, de modo a que possa ser analizado pelo maior número de especialistas. Não sou eu que o digo mas sim os principais especialistas em segurança informática.


    2) Nas aplicações sem "importância nacional", conta apenas o critério económico, no sentido mais lato. Deve ser escolhida a solução que cumprir as especificações técnicas adequadas e tiver o custo total mais baixo.


    Então neste caso já é aceitável o Estado ficar na dependência de um único fornecedor? Repara que com o software proprietário, quando uma empresa ganha um concurso de fornecimento de software ao Estado ela está, na prática, a ganhar também um contrato de manutenção vitalício.

    Dizem que é preciso fazer um grande investimento, nomeadamente em formação das pessoas, para migrar para software livre. Então e migrar para outro software proprietário? Parece-me ainda mais dispendioso!

    Parece-me óbvio que quanto mais cedo o Estado se conseguir desenvencilhar do software proprietário mais cedo será independente dos fornecedores e mais cedo reduzirá os cursos em manutenção e upgrades forçados. Por aqui o software livre ganha, a médio e longo prazo, no custo total mais baixo.


    III) As ditaduras caracterizam-se por alguém querer obrigar-nos a fazer alguma coisa porque é bom para nós.


    Esta proposta de lei não abriga nenhum cidadão ou empresa a nada. A lei define apenas regras de fornecimento de software à Administração Pública.

    O Estado tem a obrigação de tomar as medidas que forem necessárias para defender o bem estar dos cidadãos e a soberania nacional. Fá-lo, por exemplo, ao especificar regras de segurança que os brinquedos que são comercializados têm de seguir. Este é um exemplo em que o Estado está a regular as características de produtos que são vendidos ao público. Esta proposta de lei não chega sequer a entrar neste domínio, limitando-se apenas a definir regras (na minha visão essenciais) que os fornecedores de software ao Estado têm de seguir, de modo a garantir a independência e soberania nacional.

    Ruben
    Re:Foi a Microsoft! (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 13:15 GMT (#60)
    (Utilizador Info)

    Os outros ponto já foram bastante rebatidos, por isso vou so adicionar, mais um ponto de vista quanto a um deles:
    «1) Nas aplicações importantes, onde estejam em causa valores como a soberania ou a segurança, o Estado deve conhecer a source (seja ela open-source ou sendo o Estado o seu proprietário) e não ficar em dependência de um fornecedor em particular.»
    Conhecer a source (seja lá isso o que for) em termos proprietários como por exemplo os da $CO, ou da m$ com a shared source é pior do que não conhecer.


    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por CrLf em 06-10-03 0:06 GMT (#9)
    (Utilizador Info) http://crodrigues.webhop.net
    Ficam obrigados a escolher software livre e em caso de não se poder usá-lo "pode solicitar à Presidência do Conselho de Ministros uma autorização de excepção, devidamente justificada". Bem, eu não vejo onde está o fanatismo aqui, apenas se está a definir uma escolha por omissão, ficando a escolha de software não livre para as excepções devidamente justificadas. Justificações podem ser de diversa ordem desde a inexistência de software livre para o destino em questão a questões de superioridade técnica do software não livre (em que essa superioridade é necessária). É uma questão de acabar com a escolha de software não livre simplesmente "porque sim" e "porque os tipos são nossos amigos".

    Pode-se, no entanto, argumentar que a Presidência do Conselho de Ministros não seja o orgão mais adequado para passar essas autorizações (não me parece que seja).

    -- Carlos Rodrigues
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 0:33 GMT (#15)
    (Utilizador Info)
    Para não falar em todos os concursos em que, sem necessidade alguma, se está a definir à partida que a tecnologia tem de ser não-livre, discriminando empresas e cidadãos...

    Relembro que inclusivé há formulários de IRS que neste momento é obrigatório preencher on-line... com java Applets, que só é possível com tecnologias não livres.
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por CrLf em 06-10-03 0:39 GMT (#18)
    (Utilizador Info) http://crodrigues.webhop.net
    Pois, formulários de IRS que só funcionam com a VM da Microsoft e do velho Netscape 4.7.

    -- Carlos Rodrigues
    Re:Fanatismo! (Pontos:3, Informativo)
    por [Cliff] em 06-10-03 8:27 GMT (#30)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    o meu Linux não tem VM da MS e eu entreguei pela net...

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por joaorf em 06-10-03 11:13 GMT (#40)
    (Utilizador Info)
    Eu também entreguei, mas tive para isso que instalar o Netscape 4.7 no Linux (porque é o único browser que traz uma JVM embebida).
    Podias ser mais explícito, dizendo que browser e que JVM utilizaste?
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por [Cliff] em 06-10-03 13:25 GMT (#64)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Opera 7.11 e, ou a JVM 1.3 ou a 1.4... não me recordo quando instalei a 1.4

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:Fanatismo! (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 15:05 GMT (#79)
    (Utilizador Info)

    Portanto, tudo software proprietário...


    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por racme em 06-10-03 17:26 GMT (#111)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    Portanto, tudo software proprietário...

    Re:Fanatismo! (Pontos:3, Informativo)
    por [Cliff] em Segunda Outubro 06, @08:27AM WET (#30)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    o meu Linux não tem VM da MS e eu entreguei pela net...


    mas ele disse que era contra?




    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por [Cliff] em 06-10-03 18:51 GMT (#115)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    De software proprietário a só funcionar com JVM da MS e Netscape ainda vai uma distância considerável...
    Eu não tenho absolutamente nada contra software proprietário quando este satisfaz plenamente as minhas necessidades... tanto que do Linux só preciso/uso três tar.gz: a do kernel, QMail e TinyDNS! Tudo o resto tento instalar por rpm's ou deb's.

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:Fanatismo! (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 23:43 GMT (#128)
    (Utilizador Info)

    Eu não tenho absolutamente nada contra software proprietário quando este satisfaz plenamente as minhas necessidades...
    O software proprietário, nunca satisfaz todas as minhas necessidades a nivél de licenciamento mesmo que satisfaça as minhas necessidades tecnicas a licença impede-me de considerar a sua utilização aceitavél. Respeito quem não pensa assim, mas não considero que seja quem for tenha o direito de me negar utilizar so Software Livre e não continuar a estár em pé de igualdade como cidadão, até porque não há justificações tecnicas suficientes para que isso aconteça, quanto mais politicas.

    pois... (Pontos:2)
    por [Cliff] em 07-10-03 0:33 GMT (#133)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    mas eu não te neguei nada :) Tal como os tipos da DGCI também não negaram (felizmente! senão eram horas e horas na fila :\)

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:pois... (Pontos:1)
    por Init em 07-10-03 6:15 GMT (#134)
    (Utilizador Info)

    Alguem na DGCI, negou... Porque parece que não é possivél submeter a declaração sem utilizar software proprietário.


    Re:pois... (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 7:36 GMT (#137)
    (Utilizador Info)
    Negam sim. Há impressos que é obrigatório preencher on-line desde este ano. Como só é possível com software proprietário, discriminam o acesso.
    Re:pois... (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 7:43 GMT (#139)
    (Utilizador Info)
    E ao oferecer uma facilidade apenas aos que pertencem ao clube da tecnologia X também pode ser interpretado como discriminatório, quando à parte incompetëncia poderia ter sido feito de forma a não discriminar.
    Re:pois... (Pontos:2)
    por [Cliff] em 07-10-03 12:56 GMT (#148)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Isso tudo por causa do Java? Pensei que o Java era bom para o Softwre Livre... de qualquer das formas, certamente há-de haver um qualquer requisito para eles terem de usar applets de java.
    Se o teu browser (w3m ou lynx ;-)) não suporta epá... paciência. Senão qualquer dia também quero poder entregar o IRS por WAP e eles têm de fazer aquilo em WML.
    Browsers que não suportam Java e WML são nichos que pouco impacto têm.

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:pois... (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 13:56 GMT (#150)
    (Utilizador Info)
    Em que é que o Java é bom para o Software Livre? Todos os jdks utilizáveis são proprietários...

    Portanto, se para poder programar em Java de forma a garantir o teu emprego, por exemplo, precisas de depender de software não-livre, então porque é que isso é bom para o Software Livre?

    O meu browser, mozilla, não suporta java porque eu não tenho software não-livre a correr lá. Tudo o que é feito com base em standards o meu browser corre. O Java não é um standard, é uma linguagem de programação, que até ao momento é totalmente dependente de jdk's proprietários.

    Eu não estou a dizer para eles implementarem aquilo em "novidades" esotéricas como o WML ou .Net. Estou a dizer para fazerem aquilo com tecnologia standard que existe há muitos anos.
    Re:pois... (Pontos:2)
    por [Cliff] em 07-10-03 14:41 GMT (#152)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Se calhar, fazer o mesmo com a tecnologia standard que existe há anos:
    1) demora muito mais tempo, logo sobem os custos de desenvolvimento;
    2) é mais penoso de manter/alterar, logo sobem os custos de manutenção;

    Por isto se conclui que uma solução usando um JDK fechado a sete chaves pode muito bem ser a melhor opção.
    Como se diz, cada macaco no seu galho e às vezes nem sempre o SL é a melhor opção (vide Oracle).

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:pois... (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 14:52 GMT (#154)
    (Utilizador Info)
    1) Formulários HTML não demoram mais tempo do que Java AWT, podes bem ter a certeza, e...
    2) seja qual for a tecnologia de backend, não é mais penoso de manter/alterar, linguagens de programação são linguagens de programação

    Se um programador não faz código em condições (documentação, legibilidade, etc...) de ser mantido, ou se não é capaz de programar numa linguagem depois de ler um manual e fazer uma experiências há um problema do foro da competência.

    O que daqui se conclui é que não fazes ideia do que dizes.

    Ao utilizar um jdk proprietário, o Estado força-me a entregar o IRS a uma repartição de finanças que não fica nem perto de casa nem do trabalho. Está a discriminar-me.

    E neste caso nem sequer precisamos de falar de um estado a utilizar Software Livre ou não, com IIS e .Net também se conseguem fazer páginas WWW que respeitam o standard mais recente (que já tem bastantes anos) do HTML, no caso do IRS trata-se simplesmente de um exemplo de incompetência (seja do programador, designer ou decision maker, não me interessa, como "cliente" interessa-me o resultado final).
    Re:pois... (Pontos:2)
    por [Cliff] em 07-10-03 17:30 GMT (#167)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Sendo programador tenho perfeita consciência do que digo.
    Caso não tenhas percebido, o objectivo da applet do IRS é teres um bocado mais de processamento/funcionalidade do lado do cliente - evitando usar javascript maluco - evitando comunicações desnecessárias entre o cliente e o servidor...
    Se tu, pelo contrário, preferes preencher um formulário, enviar para o servidor, esperar pela resposta e depois vês que te enganaste, toca de submeter e andar neste ciclo até preencheres o teu Modelo 3 (ou outro qualquer) parabéns... eu dispenso!
    Acho a ideia da applet uma boa ideia - para começar é mais portável que o .Net (por enquanto :)), e não devo ser o único.
    Se não gostas da applet, sempre podes entregar em formato papel... mais standard ou livre que isto não há.

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:pois... (Pontos:2)
    por Cyclops em 08-10-03 8:34 GMT (#171)
    (Utilizador Info)
    Se não gostas da applet, sempre podes entregar em formato papel... mais standard ou livre que isto não há.

    Não é da Applet que eu não gosto, é da tecnologia não-livre, que me deixa dependente de uma empresa (que nem sequer ao menos é nacional) para entregar o IRS de forma eficiente.

    Desculpa lá, mas isto é discriminatório.
    Re:pois... (Pontos:2)
    por raxx7 em 08-10-03 15:38 GMT (#190)
    (Utilizador Info)
    Também estás dependente de empresas não nacionais para teres um computador.
    E quanto à discriminação relativamente às pessoas que não têm possibilidades de ter um computador?
    O Java é uma norma suficientemente aberta para qualquer um poder fazer um JRE livre se quiser, como o Kaffe. O Kaffe está muito atrasado relativamente às releases de Java, mas isso é um problema dos developers do Kaffe e não do Java.
    Quanto à questão de a applet de IRS só funcionar na JVM da Microsoft, é um problema clássico do desenvolvimento: as coisas só são testadas com o browser mais popular. E mesmo que haja um esforço para testar com outros, às vezes é dificil garantir que funcionam bem em todo o lado e eventualmente as coisas tendem para o browser mais popular. De qualquer maneira, é um problema de falta de cumprimento da legislação existente e não um problema de falta de legislação.

    Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl)
    Re:pois... (Pontos:2)
    por [Cliff] em 08-10-03 18:29 GMT (#192)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Quanto à questão de a applet de IRS só funcionar na JVM da Microsoft
    Desculpa voltar a bater no ceguinho, mas isso não é verdade como eu referi num post anterior.

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por CrLf em 06-10-03 20:29 GMT (#123)
    (Utilizador Info) http://crodrigues.webhop.net
    Curioso, então a applet do IRS deve ser a única coisa em Java que funciona no Opera 7.11 em Linux, é que eu não me lembro de ele ter alguma vez conseguido carregar uma applet Java com sucesso (e sim, está instalada e o Java está ligado no Opera).

    -- Carlos Rodrigues
    Re:Fanatismo! (Pontos:1)
    por smsp em 06-10-03 11:57 GMT (#51)
    (Utilizador Info)
    Mas lá está, porquê ser oito ou oitenta? Porque não esperar que as coisas funcionem bem, e dar opção de escolha? "Esperar" não, ajudar! Pode ser utópico, mas era assim que sería ideal. Quer se queira, quer não, "obrigar", quer seja de um lado ou de outro, vai sempre fazer alguém pensar em fanatismos.

    smsp.

    Porque há problemas graves a resolver (Pontos:2)
    por jneves em 06-10-03 12:21 GMT (#53)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    Porque há problemas graves que não estão resolvidos.
    Re:Porque há problemas graves a resolver (Pontos:1)
    por secameca em 08-10-03 5:59 GMT (#169)
    (Utilizador Info)
    Acho louvável o vosso esforço mas penso que vá cair em saco roto. As coisas não apontam nesse sentido e o público em geral está-se pouco borrifando para isso.

    O que é triste é que se o governo Português apoiasse esta proposta era bom para a economia nacional. Como bem sabemos nos modelos OSS os lucros estão no apoio técnico e não na venda por si. O apoio técnico quer-se local e por arrasto possivelmente traria um aumento do número de empregos no sector dos serviços. Para não falar que Portugal perderia menos divisas a importar software a preços ridiculamente caros do estrangeiro.

    Penso que uma lei mais fácil de passar e que todos aqui concordariam era obrigar as instituições do governo a usar apenas e singelamente formatos abertos em todos os dados armazenados e trocados entre os serviços e/ou o utente. Esse seria um passo muito importante na direcção certa.

    Nada de XLS, DOC e que tais. Usem standards do W3C, PDF, etc. Formatos abertos a todos. Sem favoritismos e "royalty free".

    Re:Porque há problemas graves a resolver (Pontos:2)
    por jneves em 08-10-03 8:26 GMT (#170)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    Por agora só posso dizer que estamos a trabalhar nisso.
    Re:Fanatismo! (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 13:18 GMT (#61)
    (Utilizador Info)

    Então porque será que há mais leis que impõem obrigações e que não são fanaticas?? Já pensaram nisso??

    Porque é que raio é que o estado como cliente tem de ter menos direitos que qualquer outro cliente, quando deveria ter ainda mais devido às suas responsabildades acrescidasP


    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por joao em 06-10-03 15:41 GMT (#90)
    (Utilizador Info) http://www.nonio.com
    Não se trata de fanatismo. A solução é impraticável. O Conselho de Ministros está mais preocupado com as grandes questões políticas. Não tem capacidade nem vocação para decidir se o Instituto Regional das Vinhas tem razões para adoptar um determinado software proprietário. Esta opção já foi mais que criticada aqui no Gildot. O facto de esse artigo não ter sido corrigido só mostra o amadorismo de quem propôs esta lei.

    ----
    joao
    nonio.com - ciência, tecnologia e cultura
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 15:45 GMT (#93)
    (Utilizador Info)
    E trás ao de cima a dificuldade de interpretação de intenções de outras pessoas. O Conselho de Ministros é proposto como autoridade, e um dos motivos é dissuasão da apresentação de assuntos menores.

    De qualquer das formas, se essa é o único problema de impraticabilidade que apresentas, então deves concordar que é facilmente emendável para outra instituição Estatal, passando então a ser praticável, de acordo com o ponto de vista que apresentaste. Certo? Podes sugerir essa emenda aos grupos parlamentares, em vez de reclamar no gildot com motivos pouco evoluídos.
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 0:20 GMT (#10)
    (Utilizador Info)
    Fanatismo? Mas que raio de álcóol estás tu a beber?
    br Estamos a falar de um projecto-lei que obriga o Estado a utilizar Software Livre onde for técnicamente possível. Não leste os Artigos 4º (Excepções) e 5º (Autorizações de Excepção)?
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 0:20 GMT (#11)
    (Utilizador Info)
    Antes que o gil-corrector surja, há no parent dest post umas gralhas evidentes (tipo, o é em tecnicamente).
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por joao em 06-10-03 15:42 GMT (#92)
    (Utilizador Info) http://www.nonio.com
    E obriga as excepções a serem autorizadas pelo conselho de ministros.

    ----
    joao
    nonio.com - ciência, tecnologia e cultura
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 15:45 GMT (#95)
    (Utilizador Info)
    Sugere outra autoridade numa proposta de emenda que podes enviar aos diferentes grupos parlamentares.
    Re:Fanatismo! (Pontos:1, Redundante)
    por Cyclops em 06-10-03 0:45 GMT (#19)
    (Utilizador Info)
    Artigo 4.º

    (Excepções)

    Qualquer das entidades referidas no Artigo 2º pode solicitar à Presidência do Conselho de Ministros uma autorização de excepção, devidamente justificada, para que possa utilizar software não livre que reúna as seguintes condições, por esta ordem de prioridade:

    a) Que cumpra todos os critérios enunciados no artigo 3º da presente lei, excepto a faculdade de distribuir o programa modificado, permitindo-se neste caso uma autorização de excepção temporária e caducando automaticamente três anos depois de emitida, devendo ser renovada apenas depois de prévia constatação de que continua a não existir no mercado uma solução com todas as condições definidas no artigo 3º;

    b) Caso seja impossível a solução do número na anterior, deverá escolher software não livre para o qual exista já um projecto de desenvolvimento avançado de tipo livre, sendo neste caso a autorização de excepção transitória e caducando automaticamente quando o software livre passe a estar disponível com a funcionalidade necessária;

    c) Caso seja impossível a solução do número na anterior, deverá escolher qualquer tipo de software não livre, sendo neste caso a autorização de excepção transitória e caducando automaticamente dois anos depois de emitida, devendo ser renovada apenas depois da prévia constatação de que continua a não existir no mercado uma solução de software livre satisfatória.

    Artigo 5º

    (Autorizações de excepção)

    a) As autorizações de excepção são emitidas pela Presidência do Conselho de Ministros e deverão enumerar os requisitos funcionais concretos que o programa deve satisfazer;

    b) As autorizações de excepção deverão ser publicadas no portal oficial do governo, referindo a modalidade e as razões da excepção, assim como os riscos associados à utilização do software escolhido;

    c) Não estão abrangidas pelas obrigações das duas alíneas anteriores as autorizações de excepção relativas aos organismos de Segurança e de Defesa Nacional.
    Re:Fanatismo! Onde? (Pontos:2)
    por jmce em 06-10-03 11:37 GMT (#44)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/

    E pode explicar-se porquê, ou se não se perceber imediatamente é porque se é fanático?

    Se não, isso resume-se a uma posição do tipo "Sim, são fanáticos! É Óbvio! Não têm bom senso como `nós'! Queima! Mata!"

    Desculpem a recorrência do tema, mas não há pachorra com a recorrência dos apedrejamentos. Eu que nunca simpatizei com fanatismos (embora talvez tenha uma percepção diferente do significado) acho curioso como a pedra do insulto do "fanatismo!" é tantas vezes atirada desta forma, com

    • ausência de qualquer explicação, presunção de que a "falha" dos visados é uma violação auto-evidente (de alguma lei da natureza, talvez?) e de que a posição própria é também auto-evidente-e-sensata "como todos sabemos";
    • agressividade;
    • afirmação de ser o verdadeiro detentor das intenções piedosas.

    Nada a ver com fanatismos, que NÓS somos diferentes, certo?

    Para não entrar em pormenores da história de algum nacional-catolicismo, seria de recomendar a tais piedosos e expeditos atiradores de pedras um estágio com a igrexa ortodoxa grega ou pelo menos alguns dos seus representantes, conhecidos por demonizar tudo o que incomode a sua posição (seja no domínio estritamente religioso ou outro qualquer) e enviar magotes de fiéis em pseudo-cristã perseguição dos óbvios fanáticos, literalmente com paus e pedras. Ou em alternativa fazer um (mau) estágio jornalístico, conhecida a forma como a imprensa mais superficial tem por vezes um papel que mais parece de tribunal inquisitorial (excepto por algum desleixo com pormenores processuais).

    Enfim, com sorte esse à vontade no uso da expressão "fanatismo", algo característico de yuppies (não sei se será o caso), acabará por passar com a idade. Ou, com azar, acabará por passar depois um dia se ter sentido na pele o que "fanatismo" quer realmente dizer.

    A não ser que a proposta vá contra interesses económicos pessoais. Se se vive de fornecer software proprietário, o incómodo é de esperar. É fácil de perceber, eu também sou um bocado fanático (embora talvez devesse ser mais) com a ideia de ter de almoçar todos os dias. Gosto é pouco de disfarçar isso de defesa do Bem Universal/Tolerância contra os Infiéis, o que poderia não ser fanatismo, mas lá que seria marketing seria.

    Mas como fanáticos são sempre os outros e como defeitos haverá certamente na proposta de lei, que tal tentar explicar quais são e talvez, escorrendo mais prestígio, corrigir os defeitos? Quais são os problemas do mundo real que não estão lá previstos?

    Por exemplo, não seria boa ideia prever o caso de software não-livre (algum até velhinho) mas que ainda funciona bem e já não vai acarretar despesas com licenças e ainda pode estar a funcionar bastantes anos, ligado ao resto por "cola" feita com software livre? Não tenho dados para saber qual é o peso de software desse, mas alguém deve ter...

    Re:Fanatismo! (Pontos:1)
    por 4Gr em 06-10-03 11:44 GMT (#45)
    (Utilizador Info)
    Foram comentadas muitas e muitas notícias relatando acontecimentos semelhantes noutros países. Neste preciso momento, estou-me a recordar do caso de Munique, Alemanha, e do Brasil!

    Em todas essas notícias surgiam comentários de como Portugal era atrasado em não seguir tais exemplos e eram lançadas críticas devastas aos nossos políticos!

    Hoje, em que projectos Lei vão ser discutídos para a inclusão do Software Livre - independentemente de ser exclusiva, ou não - há quem se queixa porque bla, bla, bla

    Ou seja, presos por ter cão, presos por não ter!

    O dinheiro que está em jogo na Administração Pública é NOSSO. Ora como também é meu eu gostaria que não fosse gasto em licenças chorudas para a Microsoft e sim em coisas mais úteis como por exemplo Saúde, Educação. Para que tal se suceda deve-se incluir um regime de exclusividade do Software Livre e umas cláusulas redutoras que permitem, em casos muito excepcionais, em que é impetrível o uso de software proprietário.

    Será que alguém tem noção do que é gasto em licenças de software, anualmente?


    Dominus vobiscum
    Mercado Nacional (Pontos:2)
    por jneves em 06-10-03 11:49 GMT (#49)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    Não tenho aqui à mão o valor do mercado, mas a Administração Pública representa um valor que ronda os 10% do mercado de informática em Portugal.

    Dizem-me (desconheço os termos do contrato) que a Administração Pública tem um contrato único para licenças Microsoft. Infelizmente, já descobri que isso até pode ser verdade, mas há partes da Administração Pública que têm, além desse, outros contratos de licenciamento directo com a Microsoft (supostamente para os mesmos produtos).
    Re:Mercado Nacional (Pontos:2)
    por joao em 06-10-03 15:45 GMT (#94)
    (Utilizador Info) http://www.nonio.com
    Isso dos 10% do mercado é altamente improvável já que a administração pública representa 50% do consumo nacional.

    ----
    joao
    nonio.com - ciência, tecnologia e cultura
    Re:Mercado Nacional (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 15:46 GMT (#97)
    (Utilizador Info)
    Mas ele está a falar apenas do mercado de informática. De onde vêm os teus números?
    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por rsantos em 06-10-03 12:04 GMT (#52)
    (Utilizador Info)
    ...estou-me a recordar do caso de Munique, Alemanha, e do Brasil!

    São situações diferentes. No caso de Munique e de outras cidades alemãs, tratam-se de opções dos Municípios (poder local), enquanto que neste caso estamos a falar de uma lei que obriga, repito obriga, a administração pública local e central, e as empresas geridas pelo estado a utilizaram software livre.

    A ser aprovado este projecto-lei, tratar-se-ia, de algo inédito (corrijam-me se estiver errado) na Europa dos quinze. Embora fosse, sem dúvida, extrememante positivo para o software livre.

    Mas propostas tão radicais só têm um destino: a gaveta.


    Is this the meaning of life?....Ah! It's Lear again!
    Re:Fanatismo! (Pontos:1)
    por von em 06-10-03 15:46 GMT (#96)
    (Utilizador Info)
    Para que tal se suceda deve-se incluir um regime de exclusividade do Software Livre e umas cláusulas redutoras que permitem, em casos muito excepcionais, em que é impetrível o uso de software proprietário.

    Mas com os interesses instalados, será que alguém vai aprovar uma medida radical que implementa uma obrigação? Chateavam-se os amigos e faziam-se uns telefonemas...

    Não seria melhor usar medidas intermédias, para que com o tempo as pessoas pudessem avaliar se se trata ou não da melhor opção? Poderia demorar, mas ao menos tinha uma hipotese de demonstrar valor... O que desta forma dificilmente vai acontecer.

    Re:Fanatismo! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 15:53 GMT (#98)
    (Utilizador Info)
    Mas com os interesses instalados, será que alguém vai aprovar uma medida radical que implementa uma obrigação? Chateavam-se os amigos e faziam-se uns telefonemas...

    Não me admirava que isso tivesse sido feito. Neste fim-de-semana surgiu um artigo anónimo no Economia, do Expresso, que declarava a Indústria como estando contra o projecto-lei. Na realidade o texto-anónimo é uma tradução das mentiras da Initiative for Software Choice (a Computing Industry Association criada pela Microsoft e afins), que utiliza os argumentos que muitos citaram aqui. Sugiro que leiam tambem a Sincere Choice.

    Como é que eles souberam do agendamento a tempo de inserir um artigo anónimo no Expresso? Nem quem propôs o projecto-lei teve tempo de contactar o Expresso antes de fecharem a Edição da semana...
    Escola (Pontos:1)
    por Carnelian em 05-10-03 23:55 GMT (#7)
    (Utilizador Info) http://www.mconsolas.net
    E que tal começarem com o Software livre nas escolas em vez de máquinas com o nosso querido SO da Micro$ofre... Existem membros suficientes na Assembleia da Republica com alguma informação sobre OpenSource, ou mesmo informática, para debaterem sobre o assunto?? Ou os $$ bastam??


    The Stone Dance of the Chameleon :)

    Re:Escola (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 0:36 GMT (#17)
    (Utilizador Info)
    As escolas já usam Software Livre há muito tempo, não na maioria das coisas, mas o RCTS (pelo menos há uns tempos atrás) era baseado em Software Livre. Não sei se ainda o é. Há mais uns projectos engraçados que são feitos em Software Livre nas escolas.
    Re:Escola (Pontos:2)
    por freax em 06-10-03 1:34 GMT (#22)
    (Utilizador Info)
    Por falar nisso ... o Caixa Mágica ainda continua ?
    Deixei de ver notícias sobre este projecto.
    Continuam pelo menos a fazer updates de segurança á distribuição ?

    []'s
    Re: Escola (Pontos:1)
    por netcrash em 06-10-03 4:00 GMT (#25)
    (Utilizador Info)
    As escolas de momento usam software educativo da sapo e da porto editora.

    Colocação de Hipoteses .


    1 - O estado caga para o dinheiro que gastou anteriormente na obtenção desse software e parte para as caixas magicas e outras soluções linux.
    Paga mais dinheiro para ter o software a funcionar no linux e é criticado pela oposição por esta medida que irá custar dinheiro aos cofres do estado.
    Paga mais formação para os professores para o novo sistema.
    Modifica os sistemas das lojas do cidadão.
    Os AS/400 que servem os hospitais e serviços de saúde são trocados por linux ou freebsd.
    Dá-se formação aos técnicos para a "nova era".
    Aumenta a oferta de software/drivers/jogos para linux.
    Se isto acontecer considerem um milagre realizado.
    ( em 3 anos vai chover muito dinheiro do estado ).

    2 - O estado não adota o projecto de lei e mantêm os sistemas actuais.

    Continua com a actual formação que os professores têm de windows e outro software Microsoft
    (como se fosse apenas só o software da M$).
    Mantendo o Software existente poupa dinheiro e vai fazendo update dos pc's windows a partir da microsoft.

    3 - Caso apenas parte do projecto de lei venha a ser adotado.

    Era positivo mas não aconselho só a virar-mos os olhos para o opensource ( penso que até os mais radicais sabem isto ).
    Pois as falhas como já ouvi dizerem são faceis de encontrar por alguém que entenda de programação e neste mundo não é toda a gente que revela os seus exploits ou bugs.

    Não quero dizer com isto que windows seja mais seguro mas já li um man a escrever que era mais fácil "hackar" ( detesto esta expressão) um linux/freebsd do que um windows.


    -- Simpatizo com o opensource e as ideias dos mesmos publiquei já algum work meu. --
    -- Apenas dei o que penso ser algumas hipóteses realistas --

    O opensource é para um avanço mais cuidado da tecnologia através da partilha de ideias e soluções ( mas é preciso que todos colaborem para o avanço do mesmo e não se aproveitem da liberdade para fazer o mal e destruir a reputação dele ).

    Re: Escola (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 9:04 GMT (#32)
    (Utilizador Info)
    3 - Caso apenas parte do projecto de lei venha a ser adotado.
    Era positivo mas não aconselho só a virar-mos os olhos para o opensource


    Para começar, vamos clarificar que este projecto-lei é sobre Software Livre e não sobre o "open source".

    Como disse alguns posts atrás, uma aprovação de algo quebrado é pior do que o chumbo. O que nasce torto tarde ou nunca se endireita.

    Porque reforçar que isto se trata de Software Livre e não de Open Source? Não, não tem nada a ver directamente com gostos ou opiniões. É que isto não se trata de "virar os olhos apenas para uma tecnologia", mas sim de auto-impor uma opção por software sem monopólios, onde o Estado possa decidir o rumo que pretende, em vez de ficar refém de, por exemplo, 4 empresas (IBM, Sun, Microsoft e Oracle).

    No mundo do Software Livre há já diversas tecnologias concorrentes em inúmeras áreas, pelo que essa ideia de que o Software Livre é uma tecnologia é completamente errada.

    É engraçado que n'O Público a UMIC venha chamar a atenção de que tem acordos também com a Sun para tentar dar uma ideia de equilíbrio. É absolutamente irrelevante. O problema é exactamente o mesmo na perspectiva do que se pretende com este projecto-lei.

    A Sun é tão proprietário quanto a Microsoft, e até já está a sugerir que vai ter no seu Mad Hatter vantagens tiradas das suas patentes... (interessante).
    Re: Escola (Pontos:1)
    por MortH2O em 06-10-03 9:19 GMT (#33)
    (Utilizador Info) http://go.to/mortagua2000
    1ª Hipótese: denotas a mentalidade tacanha do empresário/gestor português. Só vê proveito do investimento no curto prazo; é avesso a mudanças, depois de estar confortavelmente instalado e a mamar o que (não) lhe pertence. Se for necesário dar formação, que seja! Duvido que a formação a que estão obrigados a ter de cada vez que sai um novo SO(?) da M$ seja mais barata que a formação necessária para um qualquer utilizador aprender a fazer um ls -al ou um rpm -ivh. Não substimem a capacidade de desenrascanço do português.

    2ª Hipótese: "Mantendo o Software existente poupa dinheiro e vai fazendo update dos pc's windows a partir da microsoft." Pois claro. O meu comentário a esta hipótese está no parágrafo anterior.

    3ª Hipótese: Já foi mais que batida a ideia de que fiquem abertas as duas possibilidades (M$, aka Software fechado, e Software Livre).
    "Não quero dizer com isto que windows seja mais seguro mas já li um man a escrever que era mais fácil "hackar" ( detesto esta expressão) um linux/freebsd do que um windows." Óbvio! Que a Micro$oft torne público o código fonte dos seus SO's(?) e verás o que é que são falhas, buracos, burrices e sabe-se lá o que mais a aparecer! É obvio que é mais fácil assaltar um bar que está aberto ao público do que um bar que está fechado no cofre forte de um banco, onde só entram os magnatas que só querem emborrachar-se! Get my point? Esquecendo as idealogias e filosofias, aproveitem-se as vantagens de ambos para o bem comum (neste caso, já que estamos a falar da função pública), não descurando, como é óbvio, puxar a sardinha para a brasa que achamos que dará mais calor a todos (sim, porque os outros também o fazem! Vejam o caso de Munique. Há lobbies para tudo e, até nisto, o Linux não se safa). É preciso é jogar o mesmo jogo que eles, sem, no entanto, baixar ao mesmo nível. MortH2O

    O que se passa? (Pontos:3, Interessante)
    por Cyclops em 06-10-03 0:24 GMT (#12)
    (Utilizador Info)
    Imagine um mundo onde o Estado pode definir que software utiliza, e como este funcionará. Imagine um mundo onde o Estado, sem investir mais do que gasta, consegue estimular a criação de empresas criativas e dinâmicas e, consequentemente, mais emprego.

    O projecto existe, e vai ser discutido na Assembleia da República no próximodia 8 de Outubro e votado no dia 9. Agora, é a sua vez de ajudar a concretizá-lo. O Projecto-lei 126/IX propõe a obrigatoriedade de utilização de Software Livre onde tecnicamente possível (artigos 1º a 5º).

    Como nenhuma mudança é imediata, o artigo 6º define um período de transição inicial de 3 anos.

    Alguns dos motivos por trás deste projecto-lei são a posição de dependência do Estado perante algumas empresas de software, a impossibilidade legal de auditar software não-livre e as actualizações de software "forçadas". Por outro lado, com Software Livre, a liberdade de criar soluções próprias, a segurança e a estabilidade, a possibilidade de utilizar o equipamento mais antigo, a redução de custos, a possibilidade de decidir a qualquer momento quem são os seus fornecedores e o estímulo da economia e emprego gerado pelas novas empresas necessárias para satisfazer as necessidades do Estado, são características extremamente aliciantes.
    Re:O que se passa? (Pontos:1)
    por taf-7arte em 06-10-03 10:29 GMT (#36)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    Eu não tenho tempo para estar a responder a todas as barbaridades que vão aparecendo aqui escritas, mas esta parece-me especialmente escandalosa por ser completamente falsa:

    "impossibilidade legal de auditar software não-livre"

    Isto, como é evidente, depende dos termos do licenciamento! Não é verdade que só pelo facto de não ser livre o software deixa de ser auditável! Estamos a entrar numa discussão que pelos vistos deixou de ser séria.

    Os argumentos já estão todos aqui neste debate e em debates anteriores no Gildot. Não vale a pena continuar neste ping-pong de argumentos. Quem tiver honestidade intelectual suficiente tem aqui os dados de que precisa para formar uma opinião esclarecida. Eu, com franqueza e sem pretender ser agressivo, já perdi a paciência para estas inconsciências de juventude. Estou certo de que daqui a uns anos quem agora defende estas medidas irrealistas ainda se vai rir bastante das tolices que andou a dizer.

    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por jneves em 06-10-03 11:33 GMT (#43)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    Sim, depende dos termos de licenciamento. Mas isso é irrealista, porque empresas como a Microsoft renegoceiam termos de licenciamento como condição de fazer uma actualização de software. Acontece, normalmente com os service packs e actualizações de software (media player, sdk .Net e outros).

    Portanto, mesmo que negoceies outros termos, ficas restrito às versões específicas para o que fizeste. Para o caso da Administração Pública deve dar para criar um ministério só para as negociações...


    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por CrLf em 06-10-03 20:47 GMT (#124)
    (Utilizador Info) http://crodrigues.webhop.net
    Eu não tenho tempo para estar a responder a todas as barbaridades que vão aparecendo aqui escritas

    Barbaridades porquê? Só porque não são concordantes com a tua opinião?

    Eu, com franqueza e sem pretender ser agressivo, já perdi a paciência para estas inconsciências de juventude. Estou certo de que daqui a uns anos quem agora defende estas medidas irrealistas ainda se vai rir bastante das tolices que andou a dizer.

    Tu gostas muito de puxar dos galões da idade não?

    O que eu li até agora pode ser resumido assim:

    taf-7arte: "Impedir o Estado de usar software proprietário sempre que o seu uso não seja estritamente necessário? Fanatismo! Barbaridade!"

    outros: "<inserir argumentação sobre como é vantajoso para o estado não estar na mão de um punhado de fornecedores de software aqui>"

    taf-7arte: "Barbaridade! Infantilidade! Isto já não é uma discussão séria! Sou mais velho logo tenho razão! Shut up!!"

    -- Carlos Rodrigues
    Re:O que se passa? (Pontos:3, Esclarecedor)
    por rsantos em 06-10-03 11:48 GMT (#48)
    (Utilizador Info)
    Do meu ponto de vista, esta proposta de lei é demasiado radical para que sequer chegue a ser analizada com mais profundidade pelos principais partidos (leia-se PS e PSD).

    O facto de até as empresas públicas e de maioria de capital público também serem abrangidas pela lei não ajuda nada... Se são empresas, têm de se reger pelas mesmas regras das outras, que são livres de optar.

    Outro aspecto que não ajuda, é o facto da proposta de lei ser apresentada pelo Bloco de Esquerda, o partido radical por excelência.

    Seja como for, acho extremamente positivo que, finalmente, este tema seja discutido no parlamento.

    Mas é assim que se fazem as grandes reformas: comm propostas radicais, que se limitam a lançar a discussão, para depois chegar a propostas mais moderadas e realistas... dos maiores partidos.


    Is this the meaning of life?....Ah! It's Lear again!
    Re:O que se passa? (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 13:31 GMT (#65)
    (Utilizador Info)

    Se são empresas, têm de se reger pelas mesmas regras das outras, que são livres de optar.
    Isso não é verdade pois ao utilizarem software proprietário estão na verdade a impor barreiras à liberdade de escolha.


    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por rsantos em 06-10-03 17:51 GMT (#113)
    (Utilizador Info)
    As opções de uma empresa não colocam, directamente, barreiras a ninguém externo a ela.

    Se te referes à liberdade de escolha dos funcionários da empresa, então o problema é outro... Mas uma empresa não é uma democracia. Numa empresa manda o chefe, e pronto.

    Se as empresas do estado ou maioritariamente estatais forem obrigadas a utilizar software livre, então todas as outras também o teriam de ser, pois competem no mesmo mercado e segundo as mesmas regras. E nem sempre o software livre se revela o melhor negócio.

    Temos de saber destinguir o que são empresas, estatais ou não, da administração pública. E a esquerda radical nunca conseguiu fazer essa distinção. Para eles, a sociadade perfeita é aquela em que todos trabalhamos para o estado e não existe propriedade privada.
    É pena, mas julgo que essa perspectiva estremista é um dos handicaps deste projecto-lei.

    Is this the meaning of life?....Ah! It's Lear again!
    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por jneves em 06-10-03 18:57 GMT (#117)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    Se as empresas do estado ou maioritariamente estatais forem obrigadas a utilizar software livre, então todas as outras também o teriam de ser, pois competem no mesmo mercado e segundo as mesmas regras. E nem sempre o software livre se revela o melhor negócio.
    Este raciocínio não percebi. Estás a dizer que a competição obriga a que todos usem as mesmas soluções? É a primeira vez que oiço dizer que a concorrência resulta, a prazo, em monopólios.
    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por rsantos em 07-10-03 11:29 GMT (#143)
    (Utilizador Info)
    "Estás a dizer que a competição obriga a que todos usem as mesmas soluções?"

    Não(!). Não foi isso que eu disse.
    O que disse é que empresas que competem no mesmo mercado têm de estar sujeitas ás mesmas regras. E não me refiro ao software que usam, mas à gama de escolhas que podem fazer.

    Embora defenda a utilização do software livre, se às empresas estatais forem impostas regras limitadoras das suas escolhas, os concorrentes têm, pelo menos, a vantagem de possuírem um maior número de opções de negócio, bom ou não.

    Is this the meaning of life?....Ah! It's Lear again!
    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 12:41 GMT (#145)
    (Utilizador Info)
    Maior número? Mas quando é que vai desaparecer essa ilusão de que para 'Windows' é que há mais software?

    Será que não percebem que se não há tantos sites estilo Tucows (eu sei que têm uma parte dedicada a GNU/Linux) com "carradas" de software, é em parte por não valer a pena dado que o Sistema quando instalado por completo trás GIGAS de Software para quase todas as formas e feitios?
    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por rsantos em 07-10-03 16:09 GMT (#158)
    (Utilizador Info)
    Maior número? Mas quando é que vai desaparecer essa ilusão de que para 'Windows' é que há mais software?

    Não me lembro de ter dito que há mais software para Windows do que para Linux. O que disse foi que há mais software num lote de Software livre + sofware proprietário (mais opções) do que num lote de software livre.

    É ablosutamente impressionante o facto de não conseguirem ver as coisas (leia-se: ler os posts) com maior frieza.

    Is this the meaning of life?....Ah! It's Lear again!
    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 16:21 GMT (#161)
    (Utilizador Info)
    Ok, entendi outra coisa. Mas ainda assim não considero o teu ponto como válido, porque este projecto de lei não é por uma questão do número de software instalável.
    Re:O que se passa? (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 23:57 GMT (#129)
    (Utilizador Info)

    «As opções de uma empresa não colocam, directamente, barreiras a ninguém externo a ela.»
    Colocam no caso das comunicações, com outras entidades que não usem os mesmo protocolos ou formatos de dados, mas de qualquer forma não estáva a falar disso.

    Se te referes à liberdade de escolha dos funcionários da empresa, então o problema é outro... Mas uma empresa não é uma democracia. Numa empresa manda o chefe, e pronto.
    Com isto já percebi que tu não percebeste pevas do que eu disse e que escolher entre soluções proprietárias não é ter liberdade de escolha. Ter liberdade de escolha é poder mudár de fornecedor e/ou fabricante sem ter de mudár de software, porque os fornecedores e/ou fabricantes têm todos as condições legais necessárias para competirem, é poder escolher não estár dependente de outros, porque tenho as condições legais para não estár.

    Software proprietário ao ocultar a forma como a informação é processada, transmitida e armazenada dificulta a migração de uma forma que não acontece com o Software Livre, logo aí está a impor limitações à liberdade de escolha, porque pode simplesmente não ser tecnicamente praticavél ou só o ser a custos proibitivos.

    E nem sempre o software livre se revela o melhor negócio.
    O Software Livre é mutável por isso tem um valor muito maior, por ter o potêncial de satisfazer as necessidades da melhor forma, logo o Software Livre é um negocio melhor, para além disso o projecto de lei prevê excepções, enquanto se aguarda que o Software Livre tenha as caracteristicas minimas para poder substituir o proprietário (quantas vezes mais teremos de repetir isto?).

    Temos de saber destinguir o que são empresas, estatais ou não, da administração pública.
    Isso não cabe a este projecto de lei.


    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por rsantos em 07-10-03 11:35 GMT (#144)
    (Utilizador Info)
    "...Ter liberdade de escolha é poder mudár de fornecedor e/ou fabricante sem ter de mudár de software, porque os fornecedores e/ou fabricantes têm todos as condições legais necessárias para competirem..."

    Eu concordo contigo.
    E se não comprendi (mea-culpa) o que querias dizer, é porque respondeste a um post que não falava disso (vantagens ou desvantagens, se é bom ou mau), falava sim de regras.

    E se determinadas empresas estão sujeitas a regras diferentes das outras como vão poder competir em igualdade no mesmo mercado. E, atenção, não estou a dizer que ficam a perder...

    Volto a dizer que este projecto de lei nunca poderia passar, porque está afogado em radicalismo.


    Is this the meaning of life?....Ah! It's Lear again!
    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 12:45 GMT (#146)
    (Utilizador Info)
    Continuo sem entender qual é o radicalismo:

    A respeito de Software Livre o projecto-lei:
    a) obriga a sua utilização onde tecnicamente possível
    b) define um vasto período de transição (maior que o tempo médio do surgimento de novas tecnologias completamente diferentes vindas da Microsoft, e correspondente a sensivelmente o dobro do tempo de duração média do surgir de novas tecnologias de software, ie 18 meses).

    A sério, se este projecto é radical, então a obrigação do Estado de fazer concursos públicos é o quê?
    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por rsantos em 07-10-03 16:21 GMT (#160)
    (Utilizador Info)
    Julgo que é radical no sentido em de querer mudar tudo de uma só vez; no sentido de obrigar à utilização de algo que os políticos nem sabem distinguir daquilo que utilizam actualmente; radical por expandir a obrigação a empresas de capital privado, embora maioritariamente estatal.

    Como vou investir numa empresa que tenha maioritariamente capital público, se sei que ela está sujeita a regras restritivas às quais as outras não estão?

    O investidor prefirirá outra, que também pode optar por software livre, mas igualmente por software proprietário. Isso também é liberdade...

    O software livre nem sequer é visto como opção pelos políticos, e já querem que seja a única solução?

    É pedir muito... Por isso vai ser chumbado...Lamentavelmente...
    Mas, repito, acho extremamente positiva a discussão parlamentar, e isso deve-se, sobretudo, à ANSOL.


    Is this the meaning of life?....Ah! It's Lear again!
    Re:O que se passa? (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 16:30 GMT (#163)
    (Utilizador Info)
    Como vou investir numa empresa que tenha maioritariamente capital público, se sei que ela está sujeita a regras restritivas às quais as outras não estão?
    Newsflash: isso já acontece hoje em dia, e há quem invista.
    mais um caso (Pontos:2, Interessante)
    por racme em 06-10-03 1:29 GMT (#21)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com

    b) Caso seja impossível a solução do número na anterior, deverá escolher software não livre para o qual exista já um projecto de desenvolvimento avançado de tipo livre, sendo neste caso a autorização de excepção transitória e caducando automaticamente quando o software livre passe a estar disponível com a funcionalidade necessária;


    mais um caso em que a palavra software codigo aberto, teria mais beneficios sobre software livre

    Nao gosto da proposta de lei, tal e qual como esta. E duvido muito que passe, para ja aparece ligada ao bloco de esquerda, com um governo de maioria direita, acho que so por ai responde a questao. E e' aniquiladora das reais pretensoes do conceito opensource.
    Passar do 8 pro 80 assim de repente? que tal algo mais permissivo, uma mudanca gradual, porque so assim seria possivel determinar os beneficios, de usar software de CODIGO ABERTO na administracao publica.

    As cotas tambem nao parecem ser solucao, mas por exemplo, criar prioridades pela escolha do software. Determinado Ministerio, adminstracao publica etc, so sera candidato a upgrade do seu parque informatico, aquisicao de novos "computadores" se optar por pacote de X aplicacoes com sistema operativo xpto de codigo aberto, se quer software de escritorio proprietario aplica-se o criterio de fila de espera para atribuicao de verbas publicas.
    Ou incentivar monetariamente projecto XPTO se este usar software nao proprietario de CODIGO ABERTO.
    Na minha opiniao ainda nao esta criada a base para se optar pela mudanca drastica da solucao tecnologica proprietaria.

    Mas sera um bom teste-piloto a' vontade e conhecimento dos deputados da assembleia sobre a materia. Mas sabendo que a maioria dos politicos actuais sao da idade do meu pai, duvido muito que o seu conhecimento seja abragente, ou se esta problematica alguma vez atravessou as suas mentes.



    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Re:mais um caso (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 7:27 GMT (#27)
    (Utilizador Info)
    Huh? Ao que é que te referes com código aberto, ao "open source"? Nesse caso, pretendes substituir simplesmente Software Livre por Open Source na llei, e substituir o Artigo 3 (de 5 linhas) por um artigo 3 de muitas linhas que diz o quase o mesmo mas de uma forma mais complicada?
    Re:mais um caso (Pontos:2)
    por racme em 06-10-03 12:34 GMT (#54)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    Huh? Ao que é que te referes com código aberto, ao "open source"? Nesse caso, pretendes substituir simplesmente Software Livre por Open Source na llei, e substituir o Artigo 3 (de 5 linhas) por um artigo 3 de muitas linhas que diz o quase o mesmo mas de uma forma mais complicada?

    Sou pela adopcao do conceito Opensource e por uma nao obrigacao, acho que isso ficou claro.
    E nao sou so eu que o digo e' o proprio PS e o responsavel pela area da tecnologia do ministerio da ciencia, UMIC, alias este artigo no publico e' bem sintomatico da problematica em questao, e denota um certo trabalho de casa, mutio pelo gracas a Jose Magalhaes

    - O PS lembra que a própria UMIC considera a resolução de 2002 como "equilibrada, orientadora, enfim, permitindo uma escolha ponderada sobre o tipo de 'software' a usar, consoante o caso, as necessidades pontuais e a relação qualidade/custo", e que "defendeu já publicamente a implementação da interoperabilidade por via do uso de [normas] de plataforma neutras"(...)

    - Mas a UMIC não deixa de sublinhar que "a concorrência de soluções de 'software' de 'open source' com as outras formas de desenvolvimento de 'software' poderá ter um impacto positivo no custo e na qualidade do 'software' proprietário, na medida em que contribui para uma competição saudável e poderá originar uma consequente baixa de custos e/ou aumento da qualidade"

    Já quanto ao projecto de lei do BE, considera que "peca por fundamentalismo e falta de rigor na motivação e no articulado", sendo mesmo um "retrocesso" relativamente à resolução de 2002.
    (...)

    - plano de acção eEurope 2002 é precisamente o "da promoção da utilização de sistemas abertos de 'software' pela administração pública".(...)

    - Mas, neste caso, a proposta do BE indica ainda que se devem enumerar no portal oficial do Governo "os riscos associados à utilização do 'software' escolhido",(...)

    - No entanto, entre os dois pólos opostos de exclusão e uso exclusivo ou preferencial do "software" livre, o parecer refere que "a análise das políticas concretas revela numerosas modalidades intermédias e combinações, predominando as soluções mistas", ao contrário do projecto do BE, que "parece enquadrável num modelo de fixação legal de uma obrigação de uso preferencial [de 'software' livre] nos serviços públicos(...)

    - o PS considera que a iniciativa legislativa em causa "visa explicitamente inserir o Parlamento português no movimento, com diversas expressões à escala mundial, tendente a expandir, por via legislativa, a utilização de programas de computador de 'software' livre nas várias instâncias da administração pública"(...)

    Qt ao opensource, o que dizes ser o mesmo que software livre como palavra. Nesse caso nao compreendo a seguinte afirmacao,

    A "Definição do Open Source" é ela mesma derivada das "Linhas Directoras do Software Livre Debian", que derivam das quatro liberdades mencionadas acima. Consequentemente, as três definições descrevem as mesmas licenças; a "Licença Pública Geral GNU" (GPL) é a licença de base de todas as definições.

    O movimento "Open Source" tem por objectivo ser um programa de marketing do Software Livre. Esse objectivo deliberadamente ignora todos os aspectos filosóficos ou políticos; estes aspectos são considerados prejudiciais à comercialização.

    Por outro lado, o movimento Software Livre considera o ambiente filosófico/ético e político como uma parte essencial do movimento e um dos seus pilares fundamentais.


    Talvez esse afastamente politico da palavra Opensource permitisse neste contexto a nao rotulacao de "fanatismos" mesmo antes de a lei ir a discussao.

    E convenhamos, "voces" (ansol) antes de convencerem os deputados de alguma coisa tem de ter a unanimidade na comunidade (o que isso queira dizer), e a julgar pelos outros comentarios neste forum, isso nao foi conseguido com esta lei.



    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Comunidade ?! (Pontos:2)
    por jneves em 06-10-03 12:37 GMT (#55)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    Boa questão. Consegues dar-me 3 ou 4 pontos em que a "comunidade" esteja de acordo?
    Re:Comunidade ?! (Pontos:2)
    por racme em 06-10-03 12:51 GMT (#56)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    Boa questão. Consegues dar-me 3 ou 4 pontos em que a "comunidade" esteja de acordo?

    dou-te so um ponto,
    esta proposta de lei nao responde as' reais necessidades da comunidade

    Nao quero ser desmotivador, alias quem sou eu para contradizer quando vejo um "grupo" fazer algo pelo qual nutro um certo respeito. Apenas expressei a minha opiniao e quero que continuem a trabalhar porque estao no bom caminho, mas tem de fazer mais porque como esta' nao chega.

    Nao considerem como uma derrota, ta claro que a escolha do BE, nao foi a mais feliz, pela sua posicao politica tambem, mas diria mesmo que para uma lei semelhante passar no parlamente so com uma conveniencia de uma bancada como o PS.
    Acho que e' ai que se devem centrar e estarem remessivos a absorver recomendacoes noutros sentidos mesmo que tal implique uma contradicao com a filosofia da Free Software Foundation



    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Re:Comunidade ?! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 13:12 GMT (#59)
    (Utilizador Info)
    -- Consegues dar-me 3 ou 4 pontos em que a "comunidade" esteja de acordo?

    dou-te so um ponto, esta proposta de lei nao responde as' reais necessidades da comunidade


    Nem o jneves nem eu somos os únicos a discordar de ti, pelo que podes já admitir que estás perante um crasso erro de lógica. Do absurdo tudo se pode concluir.

    Nós não escolhemos o BE, mas antes o contrário. O projecto-lei já existia e pediram-nos a nossa opinião. Ajudamo-los como ajudaríamos qualquer partido que propusesse uma lei que fosse num caminho tão bom.

    Neste momento o PSD e o PS aparentam estar alinhados na ideia de que se deve dar tratamento igual. Isto é o mesmo que nada. No decurso do meu emprego tive de lidar recentemente com um importante órgão estatal de informática. Transferimos um serviço que prestávamos para eles. O serviço tinha muito pouco software não-livre (se fosse para cá ficar já teria sido erradicada essa parte). O Responsável pela informática ficou muito chateado por estar baseado em GNU/Linux + Apache + Tomcat, fora um outro backend, e disse que ia migrar aquilo tudo para Windows, porque essa é a política da casa.

    Como é que podem sequer pensar que a igualdade serve de alguma coisa quando não serve? A posição do Estado está completamente enfraquecida neste assunto. O Software Livre não tem "toneladas" de dinheiro para investir em marketting, mas no entanto não há sequer incentivo à criação de empresas com os concursos públicos a exigir Windows e outras tecnologias não-livres sem qualquer estudo que evidencie a sua necessidade intrínseca.
    Re:Comunidade ?! (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 13:47 GMT (#68)
    (Utilizador Info)

    O projecto-lei já existia e pediram-nos a nossa opinião. Ajudamo-los como ajudaríamos qualquer partido que propusesse uma lei que fosse num caminho tão bom.
    Eu proprio falei com um deputado do PS, para chamar-lhe a atenção quanto a esses dois pontos. E ainda disse que veriamos com agrado que o proprio PS fizesse algo mesmo sentido.


    Re:Comunidade ?! (Pontos:2)
    por racme em 06-10-03 15:41 GMT (#89)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    O Responsável pela informática ficou muito chateado por estar baseado em GNU/Linux + Apache + Tomcat, fora um outro backend, e disse que ia migrar aquilo tudo para Windows, porque essa é a política da casa.
    Como é que podem sequer pensar que a igualdade serve de alguma coisa quando não serve? A posição do Estado está completamente enfraquecida neste assunto.


    Compreenderas entao que e' mais uma razao para que

    Artigo 1º
    (Objecto)
    Todos os serviços do Estado estão obrigados a utilizar software livre nos seus sistemas e equipamentos informáticos.


    nao faca qualquer sentido!



    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Re:Comunidade ?! (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 17:09 GMT (#108)
    (Utilizador Info)

    Muito pelo contrário é por isso que esse artigo fáz todo o sentido.


    Re:Comunidade ?! (Pontos:2)
    por racme em 06-10-03 17:34 GMT (#112)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    Muito pelo contrário é por isso que esse artigo fáz todo o sentido.

    mas quem e' que vai fazer o trabalho dele? es tu?
    para que exista uma lei e' necessario que existe uma precepcao, se os trabalhadores da admnistracao publica nao estao sequer minimamente informados sobre tal como raio querem avancar com uma lei que corta decissos de anos, experiencias pessoais e praticas estabelecidas pela raiz?

    Nao mudas de SO na administracao publica da mesma forma que mudaste a moeda monetaria de escudo para euro. Era bom, mas isso e' utopico!!



    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Re:Comunidade ?! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 20:02 GMT (#118)
    (Utilizador Info)
    Adoro quando consigo pescar tão bem.

    Eu disse Responsável (e não os técnicos) de informática.

    A solução iria ser migrada por uma consultora, e este (i)responsável é que disse que tinha de ser tudo Microsoft.

    A consultora ainda tinha de fazer os manuais para que os seus técnicos fossem capazes de fazer manutenção (backups, logs, etc...).

    Um fornecedor de serviços faz um serviço em Software Livre tão bem quanto em software não-livre pois adaptam-se às necessidades dos clientes. Mas neste caso tanto a dificuldade como o custo foram multiplicados por pelo menos 10.

    A obrigatoriedade faz sentido sim senhor, para acabar com estes senhores com compadrio com a Microsoft.

    Apenas o mesmo sigilo profissional que não me permite dar mais detalhes me impediu de escrever à Manuela Ferreira Leite.
    Re:Comunidade ?! (Pontos:2)
    por raxx7 em 06-10-03 20:21 GMT (#121)
    (Utilizador Info)
    Multiplicar por um décimo queres tu dizer. O software Livre ainda não dá para se parar para prestar um serviço. :p

    Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl)
    Re:Comunidade ?! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 22:53 GMT (#126)
    (Utilizador Info)
    Que parte, exactamente, de vão refazer desde o início só que com tecnologias Microsoft é que não percebeste?
    Re:Comunidade ?! (Pontos:2)
    por raxx7 em 07-10-03 10:34 GMT (#141)
    (Utilizador Info)
    Dass, my typo.
    Queria escrever "pagar" e não "parar".
    Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl)
    Re:mais um caso (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 12:59 GMT (#57)
    (Utilizador Info)
    Já quanto ao projecto de lei do BE, considera que "peca por fundamentalismo e falta de rigor na motivação e no articulado", sendo mesmo um "retrocesso" relativamente à resolução de 2002.(...)

    Engraçado que fales de coisas que não sabes. Evidencias esta parte a bold como se significasse alguma coisa. A Resolução de Conselho de Ministros é uma asneira completa. O original do eEurope 2000 fala de "open source", a tradução fala em sistemas de fonte aberta e a Resolução fala de "sistemas abertos". Não têm nada a ver com o original. São erros crassos de tradução e "simplificação" que fizeram com que uma coisa boa perdesse todo o seu significado. Isto sim é que é um retrocesso!

    O PS é a favor dela porque ou não percebe que errou ou não quer admitir o erro, e a UMIC é a favor da resolução porque lhe é conveniente que esteja assim. Eles já receberam a explicação de como essa Resolução está errada, mas no entanto agora surgem a dizer que é muito boa e equilibrada. Estranho, não?
    Re:mais um caso (Pontos:2)
    por racme em 06-10-03 16:13 GMT (#101)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    Já quanto ao projecto de lei do BE, considera que "peca por fundamentalismo e falta de rigor na motivação e no articulado", sendo mesmo um "retrocesso" relativamente à resolução de 2002.(...)

    Engraçado que fales de coisas que não sabes. Evidencias esta parte a bold como se significasse alguma coisa.


    Se eu peco por escolher e evidenciar essa frase da noticia, tu pecas por escolher essa mesma frase quando coloquei em italico e bold varias outras referencias.

    O facto de "serem permissivos a outras opinioes" que referia anteriormente esta visto que nao sera possivel, nestes moldes. Pela vossa posicao e por outras respostas que ja tive a opurtunidade de ler neste e em outros foruns.

    Mas acho bem que continuem a acreditar na filosofia FSF, so isso explica porque razao o artigo 3 da vossa lei seja uma traducao ipsis verbis do ingles do que e' "software livre" segundo esta organizacao.

    Artigo 3º
    (Software Livre)
    Considera-se Software Livre aquele cuja licença de uso garanta ao seu utilizador, sem custos adicionais, a possibilidade de executar o programa para qualquer fim; redistribuir cópias; estudar como funciona o programa e adaptá-lo às necessidades do utilizador; e melhorar o programa e publicar essas melhorias; sendo o acesso ao código-fonte um requisito para estas faculdades.



    Free software is a matter of the users' freedom to run, copy, distribute, study, change and improve the software. More precisely, it refers to four kinds of freedom, for the users of the software:

            * The freedom to run the program, for any purpose (freedom 0).
            * The freedom to study how the program works, and adapt it to your needs (freedom 1). Access to the source code is a precondition for this.
            * The freedom to redistribute copies so you can help your neighbor (freedom 2).
            * The freedom to improve the program, and release your improvements to the public, so that the whole community benefits (freedom 3). Access to the source code is a precondition for this.


    Como tambem esta claro que esta designacao nao respeita ou corresponde aos interesses de todos nos, e nisso podes tu e quem quiser discordar.


    >> -- Consegues dar-me 3 ou 4 pontos em que a
    >> "comunidade" esteja de acordo?
    > dou-te so um ponto, esta proposta de lei nao
    > responde as' reais necessidades da comunidade

    Nem o jneves nem eu somos os únicos a discordar de ti, pelo que podes já admitir que estás perante um crasso erro de lógica. Do absurdo tudo se pode concluir.


    Claro que urge a necessidade de encontrar uma organizacao que sob o conceito OPENSOURCE, e com uma politica mais permissiva a esta intromissao do software proprietario. Uma politica que nao obrigue a utilizacao de software de codigo aberto ou a' total proibicao de determinado tipo de software. Uma organizacao que estabeleca um ponto intermedio entre a Assoft e a ANSOL, algo que ate ao momento nao existe em Portugal. Mas tou certo que nao sera absurdo pensar na sua existencia num futuro proximo.



    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Re:mais um caso (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 16:17 GMT (#102)
    (Utilizador Info)
    Muitas das outras referências eram remisturas sobre o mesmo tema. Não valia a pena repetir-me.

    E não me espanta que a definição de Software Livre seja a correcta, afinal não estavas a espera que uma lei sobre Software Livre fosse utilizar os termos criados deliberadamente para rejeitar os ideais de liberdade, pois não? Para além disso, as leis querem-se simples e claras, estás a imaginar a conversão de 5 linhas para 9 ou 10 parágrafos?
    Re:mais um caso (Pontos:2, Engraçado)
    por Init em 06-10-03 17:16 GMT (#110)
    (Utilizador Info)

    Uma politica que nao obrigue a utilizacao de software de codigo aberto ou a' total proibicao de determinado tipo de software.
    A ANSOL não defende a total proibição de determinado tipo de software apenas, que o software proprietário não possa ser utilizado por determinadas instituições (o estádo e apenas ele), sem que haja uma justificação querdivél, que passe pela impossibilidade de não haver uma alternativa de Software Livre disponivél, ou que essa alternativa Software Livre, não sirva minimamente. Isto é diferente de defender a proibição total do software proprietário.


    Re:mais um caso (Pontos:2)
    por McB em 17-10-03 2:42 GMT (#197)
    (Utilizador Info)
    desculpa, mas não consigo conter-me:

    s/querdível/credível/

    Yours,
    McB!
    They told me it need Windows 95 or better, so I chose Linux
    Re:mais um caso (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 13:41 GMT (#67)
    (Utilizador Info)

    O termo software aberto corresponde a um tipo de licenciamento que por vezes tem os mesmo problemas que o resto do software proprietário e se a ideia é evitar esses problemas, então a utilização desse termo é tão má como manter as coisas como estão ou piores, porque ficamos a pensár que sempre conseguimos alguma coisa.

    «E e' aniquiladora das reais pretensoes do conceito opensource.»
    Esta lei é para favorecer o Software Livre em detrimento do software proprietário e não para o open source.

    Passar do 8 pro 80 assim de repente?»
    Não é de repente, há um periodo de transição. Se for pouco até pode ser alargado pois o projecto de lei ainda não foi aprovado sequer na generalidade, para além disso há sempre as excepções.

    Este projecto de lei tem alguns detalhes que precisam de ajustes, como por exemplo a entidade que regula as excepções e talvês os prazos, mas nada que impessa a sua aprovação na generalidade e aprovação especifica com poucas (mesmo poucas) alterações que não desvirtuariam a lei.

    Mas achas que algum dos deputados sabe alguma coisa sobre o que discute na AG?, cargos publicos eleitos são os unicos que não têm exigencias minimas de formação.


    In Publico (Pontos:2)
    por Duke em 06-10-03 6:17 GMT (#26)
    (Utilizador Info) http://www.urban.homelinux.org
    Governo e oposição de acordo sobre o 'software' livre na administração pública Proposta de Apoio ao 'Open Source' com 'Chumbo' Anunciado
    O resto aqui.

    É pena... Por muito que eu gostasse que a lei fosse aprovada, o facto de ser um pouco radical torna-a como um choque para os lobbys instalados (leia-se Microsoft), e como tal os dois maiores partidos deverão opôr-se à sua aprovação.

    Offtopic: Na caixa que refere os exemplos da Coreia do Sul e do Brasil, lê-se:
    No entanto, segundo o sítio noticioso CNet, alguns conhecedores do mercado sul-coreano admitem que o país não tem programadores para assegurarem, só por si, o apoio aos sistemas operativos da Microsoft ou ao Linux. A Coreia do Sul assinou um acordo com a China e o Japão em Setembro para o desenvolvimento de um novo sistema operativo em regime de "software" livre.

    Bora pra Coreia?


    God is NoWHere...
    Re:In Publico (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 8:01 GMT (#29)
    (Utilizador Info)
    Mais vale, até porque segundo o que diz a notícia, tanto José Magalhães como o UMIC dizem que
    existe uma recomendação do Conselho de Ministros de Janeiro de 2002 onde se defende uma posição neutra sobre o assunto.

    A resolução refere uma "adequada selecção de programas, quer de entre os disponíveis no mercado dos produtos sujeitos a licença de uso, quer em regime de uso gratuito ou condicionado, designadamente 'freeware' e 'shareware', bem como por recurso a sistemas abertos de 'software'".
    Como com freeware e shareware o problem é exactamente igual pois são todos (ou melhor quase) software não-livre, resta-nos os "sistemas abertos"...

    O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM SISTEMAS ABERTOS

    Adaptação a Sistemas Abertos

    E muitas mais coisas. O UMIC foi bem informado sobre este problema que derivou das más traduções do e-Europe 2000, que falava de apoiar e utilizar "open source". Foi traduzido para sistemas de de fonte aberta, e finalmente a maravilhosa resolução de conselho de ministros onde é implementada como "sistemas aberto" que pouco ou nada tem a ver com o assunto.

    Não se pode dizer que fosse totalmente inesperado um out come destes.
    Re:In Publico (Pontos:2)
    por rsantos em 06-10-03 9:19 GMT (#34)
    (Utilizador Info)
    onde é implementada como "sistemas aberto" que pouco ou nada tem a ver com o assunto..."

    É o problema de vivermos numa república dos advogados

    Só quando se fizer algo do género nos principais países da UE, é que os principais partidos portugueses darão importância ao assunto. Porque o principal problema (mais até do que o lobby Microsoft) é mesmo esse: eles não conseguem fazer a distinção entre software livre e proprietário.


    Is this the meaning of life?....Ah! It's Lear again!
    Re:In Publico (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 10:09 GMT (#35)
    (Utilizador Info)
    Se Munique não chegar, há mais cidades Alemãs a prepararem-se para seguir a mesma via.

    Não é só entre Livre e Não-Livre que eles não sabem distinguir. Não sabem o que é freeware, não sabem o que é shareware, pensam que quando falamos de não-livre nos referimos à Microsoft (a Adobe, a Sun, a IBM a Oracle, entre outras são igualmente exemplos do mesmo problema).
    Re:In Publico (Pontos:1, Lança-chamas)
    por [Cliff] em 06-10-03 10:39 GMT (#37)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Propões que se troque um servidor Oracle ou um DB2 por quê exactamente? Um mysql?! Poupa-nos...

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:In Publico (Pontos:2)
    por ruben em 06-10-03 10:59 GMT (#39)
    (Utilizador Info) http://www.nocturno.org/ruben
    Se for tecnicamente viável (a lei permite execepções nestas situações) pode-se trocar por qualquer uma das bases-de-dados livres existentes (postgresql, mysql, sapdb, ...)


    Ruben
    Re:In Publico (Pontos:3, Interessante)
    por ^S^ em 06-10-03 11:45 GMT (#46)
    (Utilizador Info) http://www.zbytes.org/~luis
    So' nao percebes que seria possivel porque partiste do principio que todos os Oracle ou DB2 foram instalados/comprados com base em pareceres tecnicos e/ou legitimos.

    E' que nao tenho duvidas que em muito lado ate' seria muito melhor porque as funcionalidades dum simples MySQL chegavam e sobravam para as necessidades efectivas. Depois disso ainda teriamos um PostgreSQL (e aqui ja' podemos entao debater muita funcionalidade em troca da velocidade).

    Concretamente: por uns trocos, umas viagens ou uns portateis para os filhos no Natal, na Administracao Publica muitas vezes compra-se um mega-buldozer para abrir um buraco para um sinal de transito. Mais nesta área -- compra-se um Office para alguem usar em exclusivo a folha de calculo.

    Finalizando, acho que nao era ideia de ninguem comparar X com Y, mas sim, como alguns tem dito e muito bem, escolher a ferramenta adequada para determinado fim e manter um equilibrio com o custo que isso possa representar.

    Cheers.
    ^S^
    Re:In Publico (Pontos:2)
    por [Cliff] em 06-10-03 13:32 GMT (#66)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Apesar de perceber bem o que estás a dizer, não concordo com essa teoria de que os possíveis Oracle e DB2 estejam a ser usados para "matar moscas".
    O que o MySQL faria e muitíssimo bem, seria substituir as bases de dados em Access que devem ser aos milhares.
    Pessoalmente, não estou a ver uma base de dados brutal de medicamentos a ser servida por um MySQL e talvez até por um SAP DB (com muita pena porque acho o SAP DB excelente e é um grande passo para o MySQL a junção com este projecto).

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:In Publico (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 13:56 GMT (#69)
    (Utilizador Info)

    «Apesar de perceber bem o que estás a dizer, não concordo com essa teoria de que os possíveis Oracle e DB2 estejam a ser usados para "matar moscas".»
    Na maior parte das vezes é. De qualquer forma o estádo pode sempre financiar (ou apoiar de qualquer outra forma) alterações num dos SGDB's livres já existentes para adicionar features em quantidade e qualidade suficiente para que essa migração seja viável, pode demorar tempo, mas é por isso que existe o periodo de transição e o sistema de excepções.


    Re:In Publico (Pontos:2)
    por [Cliff] em 06-10-03 18:55 GMT (#116)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Na maior parte das vezes é?!?! Lê bem o que escreveste e vê se faz algum sentido!
    Ainda estou para ver o manda-chuva do dpt. de TI de um qualquer Ministério pedir uma lincença Oracle ou DB2 para fazer uma pequena aplicação em VB (ou Java se preferires) que faça coisas simples... ou tens provas concretas e apresentas, ou então por favor abstem-te desse tipo de comentários que não adiantam nada.
    No entanto, daqui por três anos (até vou marcar na agenda para não me esquecer ;-)) voltamos a discutir e vemos se o MySQL está à altura de um Oracle ou DB2 em termos de capacidade/escalabilidade. Pode ser assim?

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:In Publico (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 20:06 GMT (#119)
    (Utilizador Info)
    Pois, normalmente utilizam uma cópia ilegal, ou então (não sei se não será pior) o Access. É outra coisa que o projecto-lei trás: certeza legal.
    Re:In Publico (Pontos:2)
    por [Cliff] em 06-10-03 23:28 GMT (#127)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Não, não usam ilegal... usam mesmo o Access! :( Isso sim, é que é mau.

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:In Publico (Pontos:2)
    por ^S^ em 07-10-03 9:47 GMT (#140)
    (Utilizador Info) http://www.zbytes.org/~luis
    Quero acrescentar, e com certeza, o regimento de infantaria onde prestei o meu serviço militar ha' alguns anos tinha umas dezenas de maquinas a correr Windows, Office e mais outras "bijuterias". nem UMA UNICA licenca de qualquer tipo de software.

    Era tudo, mas simplesmente, TUDO, ilegal. Nao e' preciso ir muito longe certamente para ver "mirrors" disto.

    Cheers.
    ^S^
    Re:In Publico (Pontos:1)
    por Init em 07-10-03 0:06 GMT (#130)
    (Utilizador Info)

    ou tens provas concretas e apresentas, ou então por favor abstem-te desse tipo de comentários que não adiantam nada.
    Conheço casos em que isso acontece, infelizmente motivos pessoais impedem-me de os divulgar.

    No entanto, daqui por três anos (até vou marcar na agenda para não me esquecer ;-)) voltamos a discutir e vemos se o MySQL está à altura de um Oracle ou DB2 em termos de capacidade/escalabilidade. Pode ser assim?
    Não sei se sabes mas o MySQL não é o unico SGDB Software Livre. De qualquer forma eu não disse que ia acontecer eu disse que pode acontecer hipotéticamente. Qual é a parte do verbo poder que não percebes?


    Re:In Publico (Pontos:2)
    por [Cliff] em 07-10-03 0:29 GMT (#132)
    (Utilizador Info) http://www.yimports.com
    Conheço casos em que isso acontece, infelizmente motivos pessoais impedem-me de os divulgar.
    Com esse tipo de conversa pareces um dirigente de futebol que acusa tudo e todos mas não revela nomes...

    Sobre o MySQL: pois sei que não é. Tal como sei que nem o MySQL nem nenhum outro livre está à altura de um Oracle.

    Ponto #3: não precisas de me dar lições de português, dispenso-as...

    ----------
    -1: Redundante!
    Re:In Publico (Pontos:1)
    por Init em 07-10-03 6:17 GMT (#135)
    (Utilizador Info)

    Com esse tipo de conversa pareces um dirigente de futebol que acusa tudo e todos mas não revela nomes...
    Talvês, mas os dirigentes de futebol não o fazem porque não querem, eu não faço porque não posso...


    bah (Pontos:2)
    por zaroastra em 06-10-03 8:55 GMT (#31)
    (Utilizador Info)
    como me enganei a moderar (estranho)e dei um interessante a um post que queria dar flamethrower, faco aqui um post sem mais nenhum objetivo que eliminar a moderacao.
    Ja agora, depois de fazer uma @#$@ destas, nao existe nenhum processo mais simples de eliminar a moderacao?
    O que está em causa (Pontos:2)
    por jneves em 06-10-03 11:15 GMT (#41)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    O que está em causa:
    • O sistema informático de orgãos de soberania como a Assembleia da República podem ser desligados com uma simples comunicação de uma empresa estrangeira.[1]
    • Sistemas que incluem dados pessoais e mesmo a assinatura digitalizada dos cidadãos não podem ter o seu funcionamento auditado legalmente (ex: sistemas de suporte ao bilhete de identidade, carta de condução, passaporte e sistema nacional de saúde).[2]
    • Há factores de gestão como a manutenção a longo prazo dos sistemas, possibilidade de reutilização que não são tidos em conta nos processos de avaliação de propostas da Administação Pública.

    [1] O mesmo não acontece com empresas monopolistas como a EDP ou a EPAL onde há recurso um recurso fácila a geradores e garrafões de água.

    [2] A legislação de protecção de programas de computador apenas permite descompilação (aka reverse-engineering) para fins de interoperabilidade.

    Se alguém souber de outro projecto-lei que se proponha resolver estes e outros problemas avise.

    Não percebo porque é que toda esta discussão está a ser feita do ponto de vista do fornecedor quando devia estar a ser feita do ponto de vista do cliente, da Administração Pública e do que é melhor para os cidadãos. Mas deixei aqui um conjunto de princípios para esta discussão. Se alguém me explicar em que é que estão errados, avise.

    PS: Nunca acredito em supostas "notícias" que são sobre o futuro, como a do Público. Se acreditasse, não tinha feito nada em relação às patentes de software.

    Re:O que está em causa (Pontos:2)
    por raxx7 em 06-10-03 15:01 GMT (#77)
    (Utilizador Info)

    [1] O mesmo não acontece com empresas monopolistas como a EDP ou a EPAL onde há recurso um recurso fácila a geradores e garrafões de água.

    Obviamente que isto não são soluções viáveis. Só em energia, estamos a falar de alguns GigaWatts.
    Mas de qualquer maneira, creio que a EDP, EPAL, PT estão legalmente obrigadas a prestar minimos de serviço.


    Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl)
    Para quem quiser passar a sua opinião (Pontos:2, Informativo)
    por jneves em 06-10-03 11:26 GMT (#42)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    Já agora, para quem quiser fazer passar a sua opinião, os e-mails dos grupos parlamentares são:
    De louvar (Pontos:2)
    por joaorf em 06-10-03 11:47 GMT (#47)
    (Utilizador Info)
    Considero de louvar esta iniciativa da Ansol.
    Mesmo que o projecto-lei colha, como tudo indica que vá colher, poucos apoios, é sempre uma iniciativa positiva pois fomenta a discussão sobre um tema largamente ignorado em Portugal, permitindo que alguns políticos que nunca pensaram sobre assunto possam ficar minimamente a par dele. Também permite perceber o grau de desinformação que existe em Portugal acerca de software livre quando vemos a Associação Nacional das Empresas das Tecnologias de Informação e Electrónica (ANETIE) tomar uma posição contrária ao projecto-lei, não percendo que a adopção de tecnologias livres em Portugal só seria benéfico para as empresas que representa.

    Por mim, já ficaria satisfeito que houvesse preocupação com a interoperabilidade. Sites de organismos públicos que se conseguem visualizar correctamente apenas em IE, com formulários em .doc para download, e empresas públicas com a RDP a transmitirem em WMA é inadmissível. Estou, por isso, curioso para ver o que vai sair do Guia de Interoperabilidade para a Administração Pública que, segundo o Público, a UMIC vai disponibilizar até ao fim do ano...

    Pois, mas... (Pontos:2)
    por CrLf em 06-10-03 21:06 GMT (#125)
    (Utilizador Info) http://crodrigues.webhop.net
    Mesmo que o projecto-lei colha, como tudo indica que vá colher, poucos apoios, é sempre uma iniciativa positiva pois fomenta a discussão sobre um tema largamente ignorado em Portugal, permitindo que alguns políticos que nunca pensaram sobre assunto possam ficar minimamente a par dele.

    A questão aqui é que a maioria dos políticos portugueses não sabe sequer o que é software livre e nem está minimamente interessado em saber. Pensa que são umas coisas à borla feitas por curiosos e que é bom é continuar a venerar a Microsoft, porque se têm Windows no portátil e os colegas também então é por aí que se deve ficar, estas coisas do "software" é para os geeks, o bom político português preocupa-se com coisas mais importantes para as finanças públicas, como assistir a jogos de futebol em trabalho político e pagar estádios, e com assuntos que afectam o bem estar dos cidadãos, como a 1560824ª commissão para analisar o caso de Camarate.

    É triste...

    PS: Mas mais triste é um projecto que vai no bom caminho ser apelidado de fanático e ridículo por pessoas que já têm idade para ter juízo e "dizem" que até apoiam o software livre.

    -- Carlos Rodrigues
    Re:Pois, mas... (Pontos:1)
    por mrmv em 08-10-03 9:29 GMT (#174)
    (Utilizador Info)
    '...estas coisas do "software" é para os geeks...'

    O que não percebo é o que te custa entender que para o comum dos mortais é isto mesmo, as pessoas estão-se a borrifar para o que estão a usar e detestamm os detalhes, desde que de uma forma simples consigam, fazer o seu trabalho. Parece-me que invariavelmente consideras que o mundo é de pessoas com um elevado nível técnico e senão é, deveria ser... este mundo não existe!
    "The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown
    Re:Pois, mas... (Pontos:1)
    por mrmv em 08-10-03 9:29 GMT (#175)
    (Utilizador Info)
    '...estas coisas do "software" é para os geeks...'

    O que não percebo é o que te custa entender que para o comum dos mortais é isto mesmo, as pessoas estão-se a borrifar para o que estão a usar e detestamm os detalhes, desde que de uma forma simples consigam, fazer o seu trabalho. Parece-me que invariavelmente consideras que o mundo é de pessoas com um elevado nível técnico e senão é, deveria ser... esse mundo não existe!
    "The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown
    Ooops. (Pontos:1)
    por drdread em 06-10-03 11:54 GMT (#50)
    (Utilizador Info)
    Dir-me-ão que sou um pessimista empedernido, mas simplesmente não acredito que passe nem este nem nenhum projecto lei de teor nem que seja vagamente semelhante.

    Poupar-se-ia demasiado dinheiro, seriam necessários muito menos postos de trabalho para gerir TI na Administração Pública, e, como todos sabemos, o País é rico e pode dar-se ao luxo de continuar a pagar milhões em licenças MS (e outras). Isto para não falar que de 3 em 3 anos há que trocar o Hardware.

    A nossa classe política é cá de uma classe!!


    No code = No errors

    Lei (Pontos:1)
    por davidf em 06-10-03 13:05 GMT (#58)
    (Utilizador Info)
    De facto seria muito bom a aprovação, mas na minha opinião pessoal não terá esse exito, que muitos de nós gostaríamos. Bastaria pensar na época em que estamos de contenção de custos, nada mais correcto do que usar software livre para minimizar ao máximo e recorrer do investimento do software pago para outras áreas, entre elas educação e investigação na saúde. É apenas a minha opinião...


    * I use xinetd sensors, how about you? *
    Re:Lei (Pontos:2)
    por jneves em 06-10-03 16:07 GMT (#100)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    A tua opinião conta. Porque não a envias aos políticos?
    Não pode ser 8 ou 80... (Pontos:2)
    por Psiwar em 06-10-03 13:21 GMT (#62)
    (Utilizador Info) http://www.netcode.pt
    Obrigar Administração Pública a utilizar formatos livres: Sim
    Administração pública ter acesso ao código fonte das aplicações (podendo compilar as suas versões) ou então utilizar apenas sistemas de código aberto: Sim

    Forçar a utilização de Software Livre: Não

    Continuo a dizer que a ANSOL se devia dissociar do BE e as medidas extremas, e tentar porque não, medidas transitórias e sessões de esclarecimento junto dos partidos que invarialmente conseguem formar governo. Além disso, Portugal é rico em leis e pobre na sua aplicação, logo por si só, projectos de lei não é garantia única de uma maior utilização de formatos e software livre na Administração Pública.

    Re:Não pode ser 8 ou 80... (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 14:09 GMT (#70)
    (Utilizador Info)

    Continuo a dizer que a ANSOL se devia dissociar do BE e as medidas extremas,
    A ANSOL não se associação ao Bloco de Esquerda. A ANSOL apenas apoiou tecnicamente o BE na criação do projecto de lei, e apoia como penso que apoiará qualquer projecto de lei que vá no sentido de objectivamente eleminar software proprietário (como perigo que é para a sociedade) em detrimento de Software Livre.

    e tentar porque não, medidas transitórias e sessões de esclarecimento junto dos partidos que invarialmente conseguem formar governo.
    A ANSOL já contactou várias vezes quase todos os partidos com acento na AG e em pé de igualdade. O BE foi o unico que resolveu fazer alguma coisa e para falo-ia mesmo sem apoio da ANSOL.

    Além disso, Portugal é rico em leis e pobre na sua aplicação, logo por si só, projectos de lei não é garantia única de uma maior utilização de formatos e software livre na Administração Pública.
    Com esse espirito derrotado certamente que não.


    Re:Não pode ser 8 ou 80... (Pontos:2)
    por Psiwar em 06-10-03 15:15 GMT (#82)
    (Utilizador Info) http://www.netcode.pt
    "A ANSOL não se associação ao Bloco de Esquerda."

    Na política pouco interessa a verdade mas sim o que aparenta a realidade. Vai perguntar na assembleia o que acham da ANSOL e do Software Livre, após o BE apresentar o projecto de lei e percebes o que eu quero dizer. Não partas do presuposto que os deputados deviam ter a mesma percepção que nós, gente que vive neste meio.

    "Com esse espirito derrotado certamente que não"

    Não aceitar esta realidade é ser ignorante e estar condenado ao falhanço. Ao menos uma vez derrotado sabes o que precisas de fazer para vencer.
    Re:Não pode ser 8 ou 80... (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 15:19 GMT (#84)
    (Utilizador Info)

    Não confundas o ver a verdade com o aceitar o conformar-se com isso. A preseverança é que leva à vitória.


    Re:Não pode ser 8 ou 80... (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 14:15 GMT (#71)
    (Utilizador Info)
    Administração pública ter acesso ao código fonte das aplicações (podendo compilar as suas versões) ou então utilizar apenas sistemas de código aberto: Sim
    Forçar a utilização de Software Livre: Não
    Perdoa-me que me ria descaradamente. Então dás um sim e um não que se contradizem? Ter acesso ao código fonte não basta, há que definir as suas condições, ou então pode bem ser pior (é o caso do Shared Source, por exemplo)!

    De resto, ao dizeres "sistemas de código aberto" penso que te estarás a referir a "opensource". Na tua opinião, qual é a diferença para o Software Livre? Sabes o que é "open source" ao menos?

    Ainda para mais referes uma exclusividade de utilização, isso não é muito radical? A proposta do BE diz que o Estado tem de utilizar software livre onde tecnicamente possível, com um período de transição de 3 anos! Parece-me muito mais moderado do que o que estás a afirmar. És um radical do raio!

    Para terminar, deves ter uma memória muito má, pois já nos fartamos de dizer que o BE nos contactou com um projecto-lei na mão, e nós cooperamos, como é evidente, dado considerar-mos ser um projecto muito viável.
    Re:Não pode ser 8 ou 80... (Pontos:2)
    por Psiwar em 06-10-03 15:30 GMT (#87)
    (Utilizador Info) http://www.netcode.pt
    Então dás um sim e um não que se contradizem?
    Não. Que eu saiba ter o código aberto e ter a possibilidade de modificar o código são duas coisas distintas. Se eu quiser, posso fazer uma aplicação com o código aberto (com a possibilidade de ser auditado de cima a baixo) mas com um copyright que não permita a sua distribuição ou modificação. Ou não posso?

    "Ainda para mais referes uma exclusividade de utilização, isso não é muito radical?
    Não vejo onde. Além disso não estava a redigir um projecto de lei mas sim a falar dos traços gerais.

    Tudo o resto já disse (e te disse) aqui
    Alguém contesta isto? (Pontos:1)
    por taf-7arte em 06-10-03 13:22 GMT (#63)
    (Utilizador Info) http://taf.net

    1) O problema aqui está na _obrigação_ de escolher software livre. É evidente que em imensos casos não há razão para escolher software proprietário. Exemplo claríssimo: MS Office vs OpenOffice.

    2) A obrigação da escolha de software livre impediria o Estado de fazer contratos em que o fornecedor se responsabilizasse pelo software que entrega. Não estou a falar de contratos de manutenção, estou a falar de compromisso contratual de qualidade. Quem é que se responsabiliza pelo software livre? Sublinho que não estou a dizer que o software livre é pior, muito pelo contrário! Estou só a dizer que não há ninguém para assumir responsabilidades por ele e em _alguns_ casos poderia haver vantagem nisso.

    3) A lei, tal como está, impediria uma Junta de Freguesia de comprar/encomendar um upgrade para o software da máquina de café :-) na loja da terrinha, onde há um caramelo que vai dando apoio no que for preciso. Teria que procurar software livre, a menos que enviasse um pedido bem justificado à Presidência do Conselho de Ministros a explicar que era um assunto importante que não estava devidamente resolvido pelo software livre!...

    4) O que é preciso é responsabilizar os decisores pelas decisões que tomam. Se não escolhem software livre quando não há nenhumas razões para isso, devem sofrer as consequências. Tal e qual como nos casos de compras indevidas ou outros quaisquer.

    5) Mesmo que não fosse a Preseidência do Conselho de Ministros a dar as "autorizações excepcionais", este projecto pressupõe um modelo centralista de decisão, ou seja, é uma visão arcaica (e eu diria até comunista) do papel do Estado e da maneira de exercer as suas funções. Mais burocracia, mais funcionários a preencherem papeis, mais atraso de vida.

    Haja paciência!

    Facílimo Contestar! [Was Re:Alguém contesta isto?] (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 14:29 GMT (#73)
    (Utilizador Info)
    1) Qual é o problema do Estado se obrigar a si próprio a utilizar exclusivamente Software Livre quando tecnicamente possível? Eu já fiz isso comigo mesmo há uns anos atrás...

    2) A garantia de um dado software é algo completamente independente da licença do software. Ou nunca reparaste que o software não-livre normalmente se exclui de quaisquer garantias?
    Um fornecedor de serviços pode conscientemente responsabilizar-se pelos serviços que presta utilizando Software Livre, uma vez que consegue auditar o código, e o Estado consegue confirmar essa auditoria. Melhor, pode inclusivé contrar mais do que um fornecedor de serviços para uma melhor prestação das garantias.
    Quem é que se responsabiliza pelo software não-livre?

    3) A máquina do café não é um computador genérico multi-utilizável onde corre software instalado

    4) Os senhores não se responsabilizam com coisas mais importantes como a segurança das pontes pedonais, quanto mais pelas escolhas que fazem...

    5) Estás a ver a autorização especial de uma forma preconceituosa. O Objectivo não é centralizar a decisão mas dissuadir o aparecimento de pedidos constantes
    Re:Alguém contesta isto? (Pontos:2)
    por raxx7 em 06-10-03 14:47 GMT (#74)
    (Utilizador Info)

    Acerca do ponto 2: O uso de software Livre não impede necessariamente contratos de serviço com responsabilidade. O problema é que seriam (e parece-me que esta proposta não contempla isso) quase tão restrictivos como os contratos para software não-Livre.
    Creio que um dos variantes de serviço prestadas pela SuSE é algo nestes termos: ou usas software certificado pela SuSE e adiministras o sistema à maneira da SuSE ou eles terminam o contracto de serviço.

    De resto, concordo perfeitamente.


    Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl)
    Re:Alguém contesta isto? (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 14:49 GMT (#76)
    (Utilizador Info)
    "Não impede necessáriamente" não! Não tem absolutamente nada a ver. Aliás uma das explorações comerciais possíveis com o Software Livre é dar garantias de que vai funcionar, e _realmente_ poder fazer algo para que funcione, ao invés de muitos outros fornecedores de serviços que se limitam a dizer, por exemplo, que a Microsoft está a estudar o assunto.

    Quanto ao resto, é igualmente errado.
    Re:Alguém contesta isto? (Pontos:2)
    por raxx7 em 06-10-03 15:09 GMT (#80)
    (Utilizador Info)
    Claro, mas nenhuma empresa se vai responsabilizar por software modificado. Ou seja, vais ter de escolher entre uma das vantagens do software Livre (poder corrigir problemas, adptá-lo às tuas necessidades e não estar dependente de um fornecedor) ou ter uma empresa que suporte o software adequadamente.
    Quanto ao resto, as nossas convicções tornam qualquer discussão sobre isso improdutiva.

    Remember to be the Killer, not the Victim! (Nuklear Girl)
    Re:Alguém contesta isto? (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 15:02 GMT (#78)
    (Utilizador Info)

    1) O problema aqui está na _obrigação_ de escolher software livre.
    Eu vejo isso como uma das maiores virtudes do projecto lei e não te esqueças que há um periodo de transição e excepções. Se não obrigares nada vai mudár devido à inercia.

    2) A obrigação da escolha de software livre impediria o Estado de fazer contratos em que o fornecedor se responsabilizasse pelo software que entrega. Não estou a falar de contratos de manutenção, estou a falar de compromisso contratual de qualidade. Quem é que se responsabiliza pelo software livre? Sublinho que não estou a dizer que o software livre é pior, muito pelo contrário! Estou só a dizer que não há ninguém para assumir responsabilidades por ele e em _alguns_ casos poderia haver vantagem nisso.
    Esse é um dos argumentos mais falaciosos utilizados até agora, pois não há nada nas licenças de software que impessa que isso aconteça, qualquer empresa interessada em ganhar dinheiro de forma honesta poderia candidatar-se a isso. Há empresas que fazem isso.

    «3) A lei, tal como está, impediria uma Junta de Freguesia de comprar/encomendar um upgrade para o software da máquina de café :-) na loja da terrinha, onde há um caramelo que vai dando apoio no que for preciso. Teria que procurar software livre, a menos que enviasse um pedido bem justificado à Presidência do Conselho de Ministros a explicar que era um assunto importante que não estava devidamente resolvido pelo software livre!...» Nunca vi fazerem upgrades a software de maquinas de café, se a maquina não funciona bem so têm mais é que pedir a sua substituição ao fabricante ou ao distribuidor. Mas de qualquer forma como mostras-te é teoricamente possivél que a junta pudesse obter esse upgrade e a autorização para o fazer.

    «4) O que é preciso é responsabilizar os decisores pelas decisões que tomam. Se não escolhem software livre quando não há nenhumas razões para isso, devem sofrer as consequências. Tal e qual como nos casos de compras indevidas ou outros quaisquer.»
    Esta lei iria impor essa responsabilização.

    «5) Mesmo que não fosse a Preseidência do Conselho de Ministros a dar as "autorizações excepcionais", este projecto pressupõe um modelo centralista de decisão, ou seja, é uma visão arcaica (e eu diria até comunista) do papel do Estado e da maneira de exercer as suas funções. Mais burocracia, mais funcionários a preencherem papeis, mais atraso de vida.»
    Modelos há muitos! Oh "palerma"!


    Re:Alguém contesta isto? (Pontos:1)
    por taf-7arte em 06-10-03 15:16 GMT (#83)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    "não há nada nas licenças de software que impessa que isso aconteça"

    "impeça"...
    Pois não. Mas se juntas sw livre a outro tipo de contratos com garantias sobre a source, passa a ser igual a teres sw não-livre em que conheces a fonte e onde tens contrato com um fornecedor qq.

    Ou seja, chamas-lhe sw livre mas é uma situação exactamente igual a outras que dizes querer evitar.
    Re:Alguém contesta isto? (Pontos:0, Redundante)
    por Init em 06-10-03 15:21 GMT (#85)
    (Utilizador Info)

    Pois não. Mas se juntas sw livre a outro tipo de contratos com garantias sobre a source, passa a ser igual a teres sw não-livre em que conheces a fonte e onde tens contrato com um fornecedor qq.
    Estás muito enganado, tudo depende dos termos do contracto, tal como são os termos das licenças que destinguem o software proprietário do Software Livre.


    Re:Alguém contesta isto? (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 15:41 GMT (#91)
    (Utilizador Info)
    Não. É perfeitamente natural que durante a vigência de um contrato de manutenção o fornecedor não permita ao cliente fazer alterações, isso complica muito a assistência. Há quem o faça, mas compara os preços...

    Contudo, o Estado poderia perfeitamente denunciar o contrato e fazer um novo com outro fornecedor que lhe desse melhores garantias, ao contrário do software não-livre onde apenas o fornecedor poderia dar essa garantia.
    Re:Alguém contesta isto? (Pontos:3, Esclarecedor)
    por ruben em 06-10-03 15:53 GMT (#99)
    (Utilizador Info) http://www.nocturno.org/ruben
    2) A obrigação da escolha de software livre impediria o Estado de fazer contratos em que o fornecedor se responsabilizasse pelo software que entrega. Não estou a falar de contratos de manutenção, estou a falar de compromisso contratual de qualidade. Quem é que se responsabiliza pelo software livre? Sublinho que não estou a dizer que o software livre é pior, muito pelo contrário! Estou só a dizer que não há ninguém para assumir responsabilidades por ele e em _alguns_ casos poderia haver vantagem nisso.

    Esta está na FAQ. :)

    Exemplo concreto. Uma organização da AP decide utilizar o MySQL e quer um contrato de assistência e alguém a quem pedir responsabilidades caso o programa dê "écrans azuis" a toda a hora.
    Assim de repente vejo duas hipóteses:

    1 - Contacta uma empresa (nacional ou não) que lhe garanta essa assistência. A minha empresa, por exemplo, faz este tipo de contratos para alguns programas livres.

    2 - Contacta a MySQL directamente e faz um contrato com eles. Ficaria mais bem servida, embora tivesse provavelmente de pagar mais.

    Alternativa com software proprietário: A tal organização contacta a única empresa que lhe pode dar a assistência necessária (o fabricante ou seus repreentantes) que, como sabem que o cliente está "agarrado" e não tem maneira fácil de ir para a concorrência, cobra preços exorbitantes.

    Como já foi dito. A licença com que o programa é distribuido não tem nada a ver com a assistência. Ou será que por a SAP db agora ser GPL é um produto pior e sem assistência? Obviamente que continua a ter o mesmo nível de assistência por parte da SAP (a quem pagar o que eles pedem) e abriu a possibilidade de terceiros estudarem o código e poderem passar a dar assistência.

    Por último quero só referir que terminar a mensagem com "Haja paciência!" não ajuda a uma discussão civilizada. Não és o dono da razão universal e, como tal, um pouco de humildade não te ficava mal.

    Ruben
    lei errada? (Pontos:2)
    por cgd em 06-10-03 14:17 GMT (#72)
    (Utilizador Info) http://pagpessoais.iol.pt/~mz17929a
    Sinceramente não creio que seja este o caminho mais correcto a enveredar: como é dito algures, o estado deve ter uma posição neutra neste assunto. Neste e noutros, como a religião, por exemplo.

    Onde o estado deve intervir é na regulação do que se faz. Neste caso em concreto, o estado deve certificar-se que o SW que compra seja operável com outro SW, independentemente do tipo ou origem de qualquer um deles. Como o joaorf dizia acima, aguardemos pelo guia de interoperabilidade que está prometido pela UMIC até ao fim do ano. É na existência desse guia e, então sim, leis que façam aplicar pelos menos alguns dos seus princípios, que está o "segredo" :-)

    Re:lei errada? (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 14:47 GMT (#75)
    (Utilizador Info)
    Uns meses atrás a definição de interoperabilidade referia-se apenas a conteúdos na Web, e apenas a que funcionem nos 2 ou 3 browsers mais utilizados. Nem uma referência a utilização exclusiva de standards de implementação e utilização livre.

    NOTA1: _apenas_ websites
    NOTA2: entretanto podem ter evoluido mais a sua definição de interoperabilidade, mas eu não estou muito confiante, dada a posição da UMIC que considera uma Resolução do Conselho de Ministros sobre "sistemas abertos", que eles sabem que está errada, como sendo equilibrada.
    Re:lei errada? (Pontos:1)
    por Init em 06-10-03 15:15 GMT (#81)
    (Utilizador Info)

    Sinceramente não creio que seja este o caminho mais correcto a enveredar: como é dito algures, o estado deve ter uma posição neutra neste assunto.
    Portanto achas que o estado como cliente não tem o direito nem o dever de impor as condições que acha necessárias, para que lhe vendam um produto ou um serviço? Tens noção dos perigos para o estádo e para os cidadãos do que estás a dizer?


    Cuidado com as patentes! (Pontos:2, Interessante)
    por taf-7arte em 06-10-03 15:23 GMT (#86)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    Lembraram-me agora um aspecto a que não tinha dado a devida importância mas que pensando melhor é perigosíssimo!

    É que esta discussão pode ser associada à das patentes de software!
    Esta proposta, de tão aberrante (na minha opinião), pode deitar tudo a perder com a má imagem que dá junto dos deputados, do INPI e do Governo.

    Acho por isso que se devia pública e urgentemente esclarecer que os assuntos são independentes e que, ao contrário das patentes, esta proposta está longe de ser consensual.

    Re:Cuidado com as patentes! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 15:39 GMT (#88)
    (Utilizador Info)
    Obrigado por juntares os 2 assuntos publicamente num site.

    Até o teu post ninguém tinha misturado os assuntos.
    Re:Cuidado com as patentes! (Pontos:2)
    por Maeglin em 06-10-03 16:46 GMT (#104)
    (Utilizador Info)
    tens a certeza ?!?!
    Só não o tinha escrito por achar que não era construtivo e poderia desviar o tema , mas já me tinha ocorrido e tal como a mim , a outros tambem deve ter passado pela cabeça.


    «Nunca discutas com um idiota. Ele colocará a conversa ao seu nível e bater-te-á pela maior experiência» Mark Twain
    Re:Cuidado com as patentes! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 16:50 GMT (#105)
    (Utilizador Info)
    Só não o tinha escrito por achar que não era construtivo
    Exacto.

    e poderia desviar o tema
    Certamente a intenção de algumas pessoas menos bem intencionadas.
    Re:Cuidado com as patentes! (Pontos:1)
    por taf-7arte em 06-10-03 16:58 GMT (#106)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    "Certamente a intenção de algumas pessoas menos bem intencionadas."

    Diz abertamente o que tens a dizer, não te inibas, não insinues apenas...

    Re:Cuidado com as patentes! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 17:04 GMT (#107)
    (Utilizador Info)
    Que mania de perseguição...
    Re:Cuidado com as patentes! (Pontos:1)
    por taf-7arte em 06-10-03 17:10 GMT (#109)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    "Que mania de perseguição..."

    Porquê "perseguição"?
    Apenas acho que não está explícito a quem te referias e era útil perceber qual o alvo e as razões concretas das tuas afirmações. ;-)
    Re:Cuidado com as patentes! (Pontos:2)
    por Cyclops em 06-10-03 20:07 GMT (#120)
    (Utilizador Info)
    Pensei que soubesses, afinal tu é que mencionaste primeiro.
    Gildot é espelho do atraso (Pontos:3, Interessante)
    por henrique em 06-10-03 16:24 GMT (#103)
    (Utilizador Info)
    Pelos pruridos demonstrados por alguns melros aqui no Gildot podemos perceber porque é que Portugal anda e andará sempre vários passos atrás dos restantes países desenvolvidos. Mandam uns bitaites no Gildot criticando quem faz, mas não se lhes conhece quaisquer propostas alternativas, ou qualquer curriculum de apoio ao software livre.

    Alguns trabalham em empresas nas quais nunca ousaram propor sequer a utilização de OpenOffice (ou StarOffice) com medo de contrariar os hábitos instalados. E muitos dos que usam Linux no trabalho nunca compraram (ou propuseram à empresa que comprasse) um pacote original de uma distribuição. Vivem à custa de isos pois acham que as empresas ligadas ao Linux vivem de oxigénio. Ficam satisfeitos por o Xine tocar Windows Media usando os codecs do Windows e não vêm mal nenhum em os sites usarem esse formato. Aliás, muitos nem sequer têm por hábito reclamar a empresas por os seus sites não conseguirem ser bem vistos em Mozilla. Advogam aquele princípio idiota: se não funciona em Mozilla então não vou lá e eles perdem um visitante; não percebendo que, assim, só contribuem para a manutenção do problema.

    Não faço parte da Ansol nem pertenço a qualquer associação. Mas só posso felicitar os seus membros pelo empenho demonstrado. Apesar de não pertencer à Ansol, no meu quotidiano profissional, faço os possíveis por promover o Linux. Não é uma tarefa fácil, tendo em conta os vícios adquiridos pelos utilizadores. Mas com jeito e perseverança, tenho conseguido algumas vitórias. Esta é a minha forma de intervenção.

    Re:Gildot é espelho do atraso (Pontos:2)
    por racme em 06-10-03 18:25 GMT (#114)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    Pelos pruridos demonstrados por alguns melros aqui no Gildot podemos perceber porque é que Portugal anda e andará sempre vários passos atrás dos restantes países desenvolvidos.

    eu gosto e' quando o pessoal critica comentando comentarios de criticas dos outros

    ah !?!

    Mandam uns bitaites no Gildot criticando quem faz, mas não se lhes conhece quaisquer propostas alternativas, ou qualquer curriculum de apoio ao software livre.

    se o contributo pretende ser imune a criticas de quem nao faz e e' essa a razao, porque portugal ja anda e andara sempre vários passos atrás, porque razao submenter um artigo a uma PL a aprsentar no Assembleia da Republica, num forum de onde se sabe que vao resultar comentarios?

    A questao meu caro e' que se suscita duvidas aqui mais duvidas vai suscutar em qualquer outro lugar.
    porque?

    ahh mon Dieu, parce que le creme de le creme s'arret ici... n'est pas vrai?



    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Hoje não tenho nada de engraçado para descontrair, (Pontos:2)
    por fhc em 06-10-03 20:22 GMT (#122)
    (Utilizador Info)

    Porém, deixm-me acrescentar duas coisas aos assuntos que, pelo que vejo, está longe de estar no fim.

    Quero, mesmo sendo seu némesis intestino, felicitar os deputados do Bloco de Esquerda (que normalmente apelido por nomes mais bem insultuosos ;-) por apresentarem o que considero um excelente projecto de lei. Bem escrito, conciso, como poucas vezes vi. Acho que qualquer português que esteja preocupado com as finanças poderia ver aqui uma grande ajuda para o equilíbrio orçamental.

    Já sei, Leitão, que me vais mandar enforcar na praça pública, ou degolar perto do Tamisa, talvez à vista do teu apartamento da East End (estou errado ;-)

    Gostaria, no entanto, que uma alínea fosse acrescentado ao artigo 4: todas as aplicações consideradas para substituir software livre devem ter, a bem da interoperabilidade, todos os seus inputs e outputs profusa e completamente descritos e devem seguir as normas em vigor sem aditamentos. Por exemplo, o IIS nãos erve, por usar extensões frontpage. Só o que seguisse as normas W3C poderia ser considerado. O Windows 2000 não poderia ser utilizado por aditar ao Kerberos, e assim sendo, a interoperabilidade e a independência do Estado seriam asseguradas e perfeitas.

    O software da Oracle já poderia ser utilizado, visto que todos os aditamentos ao SQL e os formatos de comunicação estão, tanto quanto sei, bem documentados. Não implica que eu use mysql, mesmo em bases de dados bem pesadinhas, sem que isso me tenha alguma vez deixado com as calças na mão. Já quanto ao SQL server— todos sabemos o que esperar dele.

    Eu, que me considero de direita, da ala direita do PSD, concordo em absoluto com este projecto de lei, e faço esta sugestão por não o querer ver desvirtuado. Penso outrossim que esta sugestão deixará bem presente qual é o sentido da lei— libertar o Estado da dependência de empresas estrangeiras, e fomentar a indústria de software em Portugal, visto que todos seriam capazes de interagir com o Estado.

    Mais uma vez, pensem bem o que dizer antes que isto se transforme numa batalha Esquerda-Direita. Lembrem-se que foram as franjaso do PE ue votaram com a FFI na famosa directiva, o que me faz duvidar de que ao centro se encontre hoje qualquer virtude.

    Agradeço ao BE que tenha trazido isto à discussão. Peço a todos que tenham uma palavra de apreço a eles, mesmo que não concordem com outras políticas e ideais do dito partido, porque eles hoje cerram fileiras connosco em busca de um Portugal melhor.

    Francisco Colaço, militante do PSD, para quem não saiba.

    A maior ameaça ao

    Re:Hoje não tenho nada de engraçado para descontra (Pontos:2)
    por cgd em 07-10-03 10:39 GMT (#142)
    (Utilizador Info) http://pagpessoais.iol.pt/~mz17929a
    Bem escrito, conciso, como poucas vezes vi.

    Quando li estas linhas pensei que estivesses a ser irónico, mas pelo resto do texto até dá a impressão que estás de facto sério (sic) !

    O aditamento que propões é uma lei por si, e não parte de uma, especialmente com a letra desta...

    De facto, o que interessa é a interoperabilidade entre aplicações, formatos públicos, aceitação de normas definidas por entidades reconhecidas interncionalmente (IETF, IEEE, ISO), ou simplesmente regras claramente especificadas (RFCs por exemplo). Isto no que diz respeito ao problema da dependência e lock-in em fornecedores.

    Claro que como em qualquer produto de mercado, adicionalmente a relação preço/qualidade, garantia, suporte etc devem ser tomadas em conta.

    Mas saliento acima de tudo a necessidade de estabelecer um conjunto de regras de interoperabilidade e então fazer leis que sustentem algumas dessas regras. O UMIC promete um guia de interoperabilidade para os serviços de estado. A meu ver o foco deve estar nesse guia: diz respeito apenas a websites e dois ou três browsers? Ou abranje tb formatos e protocolos? Uma vez definido um guia justo para a interoperabilidade informática, leis que forcem o seu uso, temos então caminho aberto para melhor SW, menos dependências em fornecedores e menos ciclos viciosos...

    O que interessa é a nossa independência. (Pontos:2)
    por fhc em 07-10-03 13:15 GMT (#149)
    (Utilizador Info)

    Como devem perceber, não alinho por muitas posições do Bloco de Esquerda. Considero o seu extremismo um perigo (leia-se perigo e não um pequeno desconforto) para a democracia. Porém, da pior vaca por vezes sai bom leite e dos muitos espinhos floresce por vezes uma rosa.

    Esta lei não é do BE. É do BE, da ANSOL, e agora também de todos aqueles que estão fartos de negociatas e de meias verdades, por não estarmos do lado de lá, mas do lado de quem paga tudo isto.

    Deixo isto claro: estou a borrifar-me para software livre ou comercial nos computadores dp Estado, desde que 1) o Estado tenha acesso à fonte, 2) a possa analisar, modificar e tornar públicos os relatórios para os cidadãos, 3) opere segundo normas aceites e livres e 4) que não me obrigue a pagar um imposto à Microsoft cada vez que quiser interagir com a administração do meu país.

    A Microsoft, Sun, Oracle e afins violam pelo menos dois pressupostos da economia de mercado: verdadeiro acesso à informação e alta sucedaneidade dos produtos. Quem pode substituir o IE nas transações com o Estado, se os sites da FIL e da Cinemateca (ambas sob a alçada do Estado) não aceitam outro browser que se identifique honestamente?

    Interoperatividade, sim. Mas sabemos que a Microsoft coopera até divergir (cf. Kerberos, HTML, Java), a Sun já é muito diferente e a Oracle sabe vencer por si. Mas atenção: muitos caramelos têm o Office Profissional 2019 para usar só a folha de cálculo, que bem poderia ser de há dez anos atrás— ou o gnumeric ou o oocalc. A partir disto, e porque a MS não vai em cantigas de que o software não apodrece, cheira mal, nem perde qualidades com o tempo, mais vale mesmo é passar tudo para software livre. E eis a lei, que tão boa vem ela.

    Francisco Colaço

    ---

    Você deve à Microsoft o pagamento adiantado de todas as licenças até 2019.


    Re:Hoje não tenho nada de engraçado para descontra (Pontos:1)
    por mrmv em 08-10-03 9:46 GMT (#176)
    (Utilizador Info)
    Francisco tanto FUD, lê novamente as tuas justificações "técnicas", podem ser muitas mas as que enumerastes são absolutamente ridiculas... recomendo-te que te actualizes um pouco mais, acho que fazias melhor em deixar de ler os serviços noticiosos e passasses a testar os produtos e a conhece-los melhor acho que paraste no tempo, pelo menos em relação aquilo que nao conheces...
    "The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown
    Re:Hoje não tenho nada de engraçado para descontra (Pontos:2)
    por fhc em 08-10-03 10:06 GMT (#179)
    (Utilizador Info)

    ??!

    Mas eu DEFENDO acerrimamente o software livre!!! E tolero e uso o comercial.

    Preso poer ter cão (Charlie, rafeiro, ano e meio, branco, de pelo comprido e que comecei a alimentar vai já há mais de um ano).

    Francisco Colaço


    Re:Hoje não tenho nada de engraçado para descontra (Pontos:1)
    por mrmv em 08-10-03 11:27 GMT (#183)
    (Utilizador Info)
    ok ;-)

    A unica coisa que me faz responder às vezes são algumas afirmações incorrectas, e só me chateiam porque considero que não há necessidade... (como diria o diácomo).
    "The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown
    Re:Hoje não tenho nada de engraçado para descontra (Pontos:2)
    por Cyclops em 08-10-03 11:28 GMT (#184)
    (Utilizador Info)
    Cuidado com os termos. Estás a referir-te ao uso de software não-livre, provavelmente.

    Com este projecto-lei irias ver muito Software Livre a ser utilizado comercialmente com o Estado...
    Coisa pública != coisa privada (Pontos:1)
    por mpinho em 07-10-03 0:11 GMT (#131)
    (Utilizador Info)
    É preciso entender que utilizar o erário público é completamente diferente de usar dinheiro privado. É por isso que existem leis que obrigam o uso de licitações e concursos para a aquisição de bens e serviços.

    Assim como um funcionário público não pode escolher comprar uma determinada marca de um bem que seja mais cara do que outra, funcionalmente equivalente, também não deve poder escolher um Windows ou M$ Office quando existem alternativas SUFICIENTES para um determinado trabalho. É evidente que há várias situações não cobertas completamente com software livre, mas é preconceito infundado e uma atitude estúpida com ao erário público gastar divisas comprando softwares comerciais e, pior, proprietários, geralmente de multinacionais que remeterão preciosos dólares para fora do país.
    Re:Coisa pública != coisa privada (Pontos:1)
    por mrmv em 08-10-03 9:49 GMT (#177)
    (Utilizador Info)
    A questão é a definição de suficiente... e é aí que podemos todos começar a discordar.

    Não é estupido se efectivamente se traduzir em ganhos de produtividade, caso isso nao aconteça concordo contigo.
    "The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown
    Re:Coisa pública != coisa privada (Pontos:2)
    por Cyclops em 08-10-03 11:29 GMT (#185)
    (Utilizador Info)
    Obrigação de utilização de Software Livre, onde tecnicamente possível...
    Re:Coisa pública != coisa privada (Pontos:1)
    por mrmv em 08-10-03 12:03 GMT (#188)
    (Utilizador Info)
    Tecnicamente é sempre possível, o problema não é técnico, obviamente terá sempre que ver com custos, sejam eles de desenvolvimento para dotar a solução de funcionlidades inexistentes ou outros. Para mim as questões serão sempre funcionais em primeira instância e só depois técnicas, depois de soluções equiparadas então sim debruça-te sobre os custos, que no fundo é o que interessa...
    "The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown
    Re:Coisa pública != coisa privada (Pontos:1)
    por mrmv em 08-10-03 15:55 GMT (#191)
    (Utilizador Info)
    A questão é que não deves comparar maças com laranjas que é o que normalmente se tenta fazer, ou optar pelo menor denominador comum, achando que é o suficiente... signifique isso o que significar.
    "The difference between 'involvement' and 'commitment' is like an eggs-and-ham breakfast: the chicken was 'involved' - the pig was 'committed'." - unknown
    Já não falta nenhum argumento ao detractores do sl (Pontos:1)
    por js_sms em 07-10-03 7:10 GMT (#136)
    (Utilizador Info)
    Prontos. Já não falta nenhum argumento ao detractores do “software livre”. Um dos principais argumento era que “os países que usarem o software livre seguiram o caminho (económicos” da antiga URSS e seus satélites”. A resposta óbvia é que foi o peso da burocracia estatal que rebentou com esses sistemas. Claro que a partir de agora se eu der essa resposta, eles vão buscar o texto da proposta de lei e desatam a rir na minha cara. Essa da PRESIDÊNCIA do concelho de ministros ter de me dar as especificações sobre o software da central telefónico (ou de uma placa de conversão analógica digital que uso), é uma pérola. Mas a ideia de repetir tudo todos os 3 anos é realmente um ponto alto que dificilmente se volta a atingir. Alguém informa esses senhores que software não é só “office”, e já agora que não se aprende informática indo a comícios e a mesas redondas.
    Re:Já não falta nenhum argumento ao detractores do (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 7:42 GMT (#138)
    (Utilizador Info)
    Isso é sempre corrigível para outra entidade, numa emenda em plenário. Podes sempre sugerir outra entidade.

    Quanto ao período de 3 anos, tem dó, a Microsoft inventa tecnologias completamente diferentes a cada 2 anos, e nem ainda o .Net está maduro ou estável e ja tens concursos públicos a exigir Windows 2003 e .Net. Vai gozar para outro lado, 3 anos de transicão e 3 anos de autorizacão de excepcão são perfeitamente razoáveis, quando o que interessa não são simplesmente as características técnicas.

    E, já agora, quem costuma fazer as coisas são consultoras e não os próprios técnicos, estas adaptam-se perfeitamente bem às necessidades dos clientes.
    Re:Já não falta nenhum argumento ao detractores do (Pontos:1)
    por js_sms em 07-10-03 14:08 GMT (#151)
    (Utilizador Info)
    Mas quem fez esta proposta tem a NOÇÃO que há software nos telefones, nos elevadores, nos aparelhos de diagnósticos médicos, nos carros??? Algum desse investimento não foi certamente feito a pensar em 3 anos e provavelmente não há alternativa com softwate livre. Qual a entidade é algo irrevante assim como, neste assunto, o vinculo laboral de quem faz as coisas.
    Re:Já não falta nenhum argumento ao detractores do (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 14:43 GMT (#153)
    (Utilizador Info)
    hmms acho que não leste o mesmo projecto-lei que eu li.

    O que está linkado neste artigo do Gildot diz, no Artigo 1º (Objecto), que "Todos os serviços do Estado estão obrigados a utilizar software livre nos seus sistemas e equipamentos informáticos."

    Salvo as devidas excepções, os telefones, elevadores, aparelhos de diagnósticos médicos e carros não são equipamentos informáticos. As excepções, contudo, também têm o seu lugar, dado que o projecto auto-obriga o Estado a utilizar Software Livre onde tecnicamente possível. Onde não for, não é, pronto. Bem mais tarde (à escala do mundo digital, 3 anos é bem mais tarde) logo se volta a ver se o panorama mudou.
    Re:Já não falta nenhum argumento ao detractores do (Pontos:1)
    por js_sms em 08-10-03 9:08 GMT (#173)
    (Utilizador Info)
    Muitos aparelhos de diagnostico médico (telefones, carros, etc..) não são equipamentos informáticos MAS têm equipamentos informáticos. Tecnicamente é possivel substituir os sotfware de origem. É apenas uma questão de pagar bem a programadores (e investir bem na sua formação). Não vejo como pederão ficar fora da alçada da lei.
    Re:Já não falta nenhum argumento ao detractores do (Pontos:2)
    por fhc em 08-10-03 10:18 GMT (#180)
    (Utilizador Info)

    Especialidade, essa palavra diz-te alguma coisa?

    Francisco Colaço


    Re:Já não falta nenhum argumento ao detractores do (Pontos:1)
    por taf-7arte em 07-10-03 14:54 GMT (#155)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    " Mas quem fez esta proposta tem a NOÇÃO que há software nos telefones, nos elevadores, nos aparelhos de diagnósticos médicos, nos carros???"

    Por mais argumentos que se dê, e por mais evidentes que eles sejam, há quem viva num mundo virtual em que supostamente tudo seria possível desde que as pessoas quisessem, e todas as pessoas, se devidamente informadas, deveriam querer a mesma coisa, num consenso harmonioso.

    É uma espécie de objecção de consciência desligada da realidade, em que só eles é que são verdadeiramente altruistas. O resto do mundo vive mais ou menos amorfo e resignado, ou então são pessoas com interesses inconfessáveis.

    Neste contexto mais ou menos autista, não vale a pena tentar ter um debate sério porque "do lado de lá" eles não estão dispostos a mudar de opinião em nenhuma circunstância, o que é um requisito essencial para uma discussão intelectualmente honesta.

    Foram os meus dois minutos de psicólogo amador. :-)
    Re:Já não falta nenhum argumento ao detractores do (Pontos:1)
    por taf-7arte em 07-10-03 15:27 GMT (#156)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    " Mas quem fez esta proposta tem a NOÇÃO que há software nos telefones, nos elevadores, nos aparelhos de diagnósticos médicos, nos carros???"

    Para que o que eu disse anteriormente não possa ser mal interpretado, o que eu tentei explicar é que não vale sequer a pena apresentar estes casos em que obviamente tens razão. "Eles" não percebem que um aparelho de diagnóstico médico é normalmente um PC ligado a equipamento específico, por exemplo. Ou que o controlo de taxação de uma central telefónica é habitualmente sw em Windows num PC qq.

    Re:Já não falta nenhum argumento ao detractores do (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 16:29 GMT (#162)
    (Utilizador Info)
    /me estala os dedos.

    Porque é que o equipamento médico tem de estar ligado a software não-livre?

    Porque é que a central telefónica não pode ser baseada em GNU Bayonne

    Há muitas afirmações que partem da ignorância do que existe.

    Outras partem de pessoas com vistas curtas:
    Basta escalar do país para países... Se calhar o custo de desenvolver software de medicina pode ser elevado para um país isolado, mas e em conjunto com outros países, que certamente também poderiam passar a utilizar tal software? Tens sempre uma escala mais acima, e quanto mais subires, mais dinheiro disponível existe para resolver os problemas. O que é preciso é não haver uma constante má fé.
    Equipamento médico?! (Pontos:1)
    por taf-7arte em 07-10-03 16:47 GMT (#165)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    "Porque é que o equipamento médico tem de estar ligado a software não-livre?"

    Nunca visitaste um hospital, pois não?
    Fazes ideia da variedade de equipamento que existe?
    Sabes que muito dele tem interfaces proprietárias?
    Mesmo o que tem interfaces standard, achas que é viável ter sw livre para tanta diversidade?
    Ora vai ver quantos equipamentos é que a Debian-Med suporta...

    Pior: sabes que há coisas que não é legalmente possível fazer num hospital se o equipamento (isso inclui o software) não estiver certificado?

    Sabes que ninguém se responsabiliza (médicos, companhias de seguros, etc.) se não estiveres a usar o equipamento exactamente com o que vem de origem?


    Re:Equipamento médico?! (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 17:05 GMT (#166)
    (Utilizador Info)
    Sabes que muito dele tem interfaces proprietárias?
    Nada que não se resolva.

    Mesmo o que tem interfaces standard, achas que é viável ter sw livre para tanta diversidade?

    Sim acho. Não quer dizer que neste momento exacto haja, mas é perfeitamente viável.

    Sabes que ninguém se responsabiliza (médicos, companhias de seguros, etc.) se não estiveres a usar o equipamento exactamente com o que vem de origem?
    Pior: sabes que há coisas que não é legalmente possível fazer num hospital se o equipamento (isso inclui o software) não estiver certificado?
    Sarcasmo: Meu deus, o Estado tem uma restrição sobre software. Mata! Mata! Esfola! Esfola!

    Bem que gostava de ver o nível de responsabilização desse software...
    Se... (Pontos:1)
    por taf-7arte em 07-10-03 16:07 GMT (#157)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    Se o Estado comprar uma central telefónica Siemens, porque é que não há-de ser Siemens o software que corre no PC de controlo da central?

    Se o Estado comprar um elevador Otis, porque é que não há-de ser Otis o software que corre no PC de controlo do elevador?

    Se o Estado comprar uma máquina CNC da Fanuc, porque é que não há-de ser Fanuc o software que corre no PC de controlo da máquina?

    Se o Estado comprar um equipamento médico HP, porque é que não há-de ser HP o software que corre no PC de controlo do equipamento?

    Mesmo que em teoria pudesse haver sw livre.
    E se houvesse, seria realista esperar a mesma qualidade para estes equipamentos específicos?
    E diminuia de algum modo a dependência do fabricante?

    E agora vamos fazer umas contas.

    De quantas "autorizações especiais" precisa um hospital para os seus "equipamentos informáticos"?
    (Já estou a imaginar os problemas que ia haver na definição de "equipamento informático"...)

    De quantas "autorizações especiais" precisa um laboratório como o LNEC para os PCs que controlam os seus instrumentos?

    De quantas "autorizações especiais" precisa uma Faculdade?

    Quantas centrais telefónicas há que sejam propriedade do Estado? Quase todas elas provavelmente precisam de uma autorização.

    Quantos elevadores?

    Quantos sistemas de controlo de iluminação e temperatura?

    Quantos sistemas de controlo de acessos a edifícios?

    (...)

    Quantas seguramente dezenas de milhar de autorizações conseguiria a Presidência do Conselho de Ministros tratar?

    Iria ser criada um novo serviço só para análise dos pedidos?
    Quantos funcionários?

    Quantos mais argumentos serão precisos para demonstrar a aberracção que esta lei constitui, mesmo que seja muito bem intencionada?
    Ooops... (Pontos:1)
    por taf-7arte em 07-10-03 16:12 GMT (#159)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    ..."aberração". Desculpem.
    Re:Se... (Pontos:2)
    por Cyclops em 07-10-03 16:40 GMT (#164)
    (Utilizador Info)
    Mesmo que em teoria pudesse haver sw livre.
    E se houvesse, seria realista esperar a mesma qualidade para estes equipamentos específicos?

    E quem disse que estes equipamentos específicos têm qualidade aceitável?

    E diminuia de algum modo a dependência do fabricante?
    Talvez sim. No caso do GNU Bayonne podem utilizar diversos equipamentos, significa que podem mudar de equipamento sem terem de mudar, por exemplo, todo o software que interage com a central...

    Iria ser criada um novo serviço só para análise dos pedidos?
    Talvez sim, talvez não. Talvez seja até algo que apenas seja necessário na primeira década, ou qualquer coisa parecida.

    Quantos funcionários?

    Não muitos, e as excepções talvez possam ser reguladas posteriormente para terem um efeito por osmose para os casos iguais (mantento o mesmo período limite, talvez), reduzindo o overhead inicial.

    Quanta mais contra-argumentação será precisa para demonstrar uma evidente má vontade?
    *** VITÓRIA! *** :-) (Pontos:2, Engraçado)
    por taf-7arte em 07-10-03 17:31 GMT (#168)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    A ocasião é memorável e achei que merecia ser assinalada!

    Houve uma pequena vitória neste debate: consegui que um dos defensores do projecto-lei reconhecesse que _talvez_ seja necessário criar um novo serviço, durante os primeiros 10 anos, só para analisar os pedidos de "autorização excepcional"...

    Não levem a mal, mas acho que foi um feito realmente notável, quer da minha parte, quer da parte de quem fez a afirmação.
    :-) :-) :-)
    Re:*** VITÓRIA! *** :-) (Pontos:2)
    por Cyclops em 08-10-03 8:37 GMT (#172)
    (Utilizador Info)
    Suponho que ignoras que há outras threads neste artigo para além daquelas que crias ou estás envolvido...

    Mais do que uma pessoa, para além de mim, se fartou de dizer que: se não concordas que seja a Presidência do Conselho de Ministros a controlar, sugere outro. Pode tambem ser um novo, evidentemente. Mas podes sempre sugerir, e pode bem ser outro no resultado final do projecto-lei.
    Re:*** VITÓRIA! *** :-) (Pontos:2)
    por racme em 08-10-03 10:25 GMT (#181)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    ja agora, sabem quando e' que e' a debate no plenario?




    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Re:*** VITÓRIA! *** :-) (Pontos:2)
    por Cyclops em 08-10-03 11:26 GMT (#182)
    (Utilizador Info)
    Se leres isto a tempo, está agendado para as 15:30 de _hoje_ Quarta-feira, 8 de Outubro. Se não puderes ir ao Parlamento, deve dar para ver no canal Parlamento, caso tenhas TVCabo :|
    Re:*** VITÓRIA! *** :-) (Pontos:2)
    por racme em 08-10-03 15:35 GMT (#189)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    eram 16 h qd liguei no artv

    ja so ouvi o louca a falar da demissao do mne



    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Re:*** VITÓRIA! *** :-) (Pontos:2)
    por racme em 08-10-03 19:20 GMT (#193)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    e acabou o debate, afinal sempre tive oportunidade de o ver, nao as' 15.30 mas sim as' 19.00 horas

    Nao fugiu muito ao que se esperava aqui no g.

    Com as intervencoes de Goncalo Capitao do PSD, Nuno Melo CDS, Ramos Preto PS e Durao Dias PCP, todos orientaram o debate para a dualidade da questao na imposicao de SOFTWARE LIVRE na administracao publica. Todos se basearam num Relatorio da UMIC, que nao considera como valida a proposta do BE, e que a imposicao nao e' benefica para a competividade do software proprietario versus software livre.
    PSD, CDS e PS delegam na UMIC o papel da elaboracao do que e' adqueado para as exigencias da administracao publica.
    O PCP fez uma breve ressanha do software proprietario e dos perigos do seu uso para a adminstracao publica e aparelho de estado. MAs mesmo assim, nao foi unanime o seu total apoio a pl do BE.

    Algumas posicoes extremadas, como a do Goncalo Capitao, que referiu que por tras desta PL esta o fundamentalismo anti-americano do BE e de Franscio Louca (esquece-se ele ou por ventura nao sabe que a FSF e' americana..) fartou de exortar giria informatica (diria mais de jogos de computador) para dar ideia do seu a' vontade, mas tanto este deputado como o portavoz da bancada do CDS mostraram um muito pouco a' vontade, a confusao foi enorme e os conceitos eram misturados e atirados pro ar sem qualquer fundamento.

    Algumas tiradas, (nao totalmente exactas)

    Goncalo Capitao (PSD):
    "e' engracado que o BE apresentou esta proposta de lei em outubro de 2002 e so 1 ano e menos 2 messes depois mudou o seu sistema informatico de windows da Microsoft para outra coisa qualquer..."
    "nem isto e' um jogo de playstation, nem o parlamento o tombraider, nem o senhor Francisco Louca e' a Lara Croft ou muito menos a Angeline Jolie..."

    Nuno Melo (CDS):
    "O conceito de software livre ou OpenSource, nasceu em 1984 pela Free Software Foundation e pelo senhor Richard Stallman..."
    "quem fala em fanatismo e' a UMIC, nao somos nos, eles e' que tem os investigadores, os tecnicos os especialistas..."

    (PS)
    "baseando no E-europe 2002 e no E-europe2005...somos contra a fixacao legal do uso de software livre na administracao publica"
    "ao PS nao e' considerada uma solucao equilibrada, desejamos manter a lei mista que o nosso governo aprovou, que permite concorrencia no mercado..."

    (PCP)
    "nao favorecemos de uma linha de imposicao de solucoes..."
    "liberdade que existe na lei de estado, mas que nao e' exercida"
    "nao podemos criar muros de separacao"

    A votacao e' amanha. So quero aproveitar para enderecar os meus parabens ao Francisco Louca, comunicador nato e esteve bem a' altura de defender a proposta de lei e as suas posicoes.
    Citou o economist, falou da adopcao de software Software livre por parte do excercito (diria mais software opensource BSDs etc) , falou da camara de munique de casos como a Nasa e a marinha Americana etc.
    Diria mesmo mostrou um a vontade, que nenhum dos outros deputados intervenientes conseguiu sequer dar a entender.

    Os meus parabens a' bancada do BE e a' ansol pela proposta de lei, mas como e' de esperar, nao vai passar amanha.



    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    Re:*** VITÓRIA! *** :-) (Pontos:1)
    por taf-7arte em 08-10-03 20:20 GMT (#194)
    (Utilizador Info) http://taf.net
    "Os meus parabens a' bancada do BE e a' ansol pela proposta de lei, mas como e' de esperar, nao vai passar amanha."

    Não quero ser o chato do costume, mas não podia discordar mais dos parabéns, parece que nunca aprendem com os erros!

    Que a Ansol e o BE estavam cheios de boas intenções, parece evidente. Mas isso não basta e foi contraproducente.

    Mais uma vez: não tomem as minhas afirmações como agressivas, mas apenas como a minha opinião sincera expressa "sem anestesia": a proposta era irresponsável, incompetente, irrealista. As razões já as expliquei aqui no Gildot.
    Resultado: ficou tudo na mesma, perdeu-se uma boa oportunidade.

    Merecem os parabéns porquê? Porque fizeram mal as coisas? Apenas porque tentaram?
    Não sou adepto deste habito português de felicitar pelas vitórias morais, esquecendo que com as derrotas é necessário assumir os erros.

    Re:*** VITÓRIA! *** :-) (Pontos:2)
    por racme em 08-10-03 22:25 GMT (#195)
    (Utilizador Info) vendetta.guildsoftware.com
    "mais um caso em que a palavra software codigo aberto, teria mais beneficios sobre software livre

    Nao gosto da proposta de lei, tal e qual como esta. E duvido muito que passe, para ja aparece ligada ao bloco de esquerda, com um governo de maioria direita, acho que so por ai responde a questao. E e' aniquiladora das reais pretensoes do conceito opensource.
    "

    nao vou debater a mesma questao novamente, acho que ja fiz muitos posts sobre a materia 5 ? 10 talvez? da uma olhada na pagina de utilizador, tens la os comentarios que fiz sobre o assunto.

    Engracado engracado foi a intervencao do PS, acho que mais ninguem como eles usaram o conceito opensource, "fonte aberta" como disseram 5 ou 6 vezes, enquanto esquerda e direita se degolavam reciprocamente com atributos de fundamentalistas e extremistas. Acho mesmo que foram os que tiverem uma intervencao mais moderada e sensata sobre o assunto. Mas la esta, tiveram 6 anos no poder e nao fizeram nada de extraordinario pela causa.




    Those who do not understand Unix are condemned to reinvent it, poorly.
    -- Henry Spencer
    acabo aqui a minha intervencao neste assunto (Pontos:1)
    por js_sms em 08-10-03 9:51 GMT (#178)
    (Utilizador Info)
    No entanto havia tanta coisa que se poderia propor de sensato... Por exemplo bolsas para quem quisesse escrever ou implementar SL como "freelancer" ou em instituições. Escrever ou melhorar, claro, ou testar, ou estudar metodologias. Ou traduzir para português. (por exemplo: um bom programa para proteger as empresas dos olhos do echellon e da espionagem industrial) Bolsas em tranches, com o trabalho a ser analizado periodicamente pelos técnicos que noutro cenário estavam a dar depache dos pedidos de isenção. E claro, analizado pelo pessoal todo, que aliás podia cooperar. Dinheiro (pouco, que eu bem sei as bolsas que se pagam) que se traduziria, não só em bom software com uma boa probabilidade de estar adapatado às necessidades nacionais como um bom treino (dos bolseiros e dos avaliadores) que iriam + tarde para o tecido produtivo. Dar hardware e software para as escolas secundarias que se comprometessem a manter o sistema recebido em SL (com contracto). Incluir peças necessárias para fazer formação nas áreas possiveis (multimedia, desenho assitido, cartografia assitida, coisas assim, e muito mais coisas que eu não me lembro ou se calhar nem sei) Subsídios para empresas de formação que tivesse cursos e certificação em SL. Claro que a viavibildade destes projectos seria previamente estudada pelos tais técnicos que estavam a dar despacho no outro cenário. Tudo o resto é apenas leninismo cerôdio, envergonhado e fora de tempo. Misturado com uma compreensão deficiente da realidade. Mistura explosiva. Neste caso vai dar um obvio mau contributo 'a importante questão das patentes. Porque em política o que pareçe - é. Jose Simoes
    Re:acabo aqui a minha intervencao neste assunto (Pontos:2)
    por Cyclops em 08-10-03 11:30 GMT (#186)
    (Utilizador Info)
    "leninismo" adoro esta forma subtil de colar etiquetas. O mundo do software não-livre é muito mais próximo destes males que enumeras do que o Software Livre...
    Re:acabo aqui a minha intervencao neste assunto (Pontos:1)
    por js_sms em 11-10-03 9:26 GMT (#196)
    (Utilizador Info)
    Não duvido. MAS eu estava a falar da proposta, NÃO do software livre em si.
    Re:acabo aqui a minha intervencao neste assunto (Pontos:2)
    por Cyclops em 08-10-03 11:36 GMT (#187)
    (Utilizador Info)
    Neste caso vai dar um obvio mau contributo 'a importante questão das patentes.

    Este projecto-lei é uma boa lei, e damos o nosso apoio. É infeliz que recaia nesta altura devido às pessoas com má vontade (ou má fé) que insistem em querer misturar as coisas, ou por falta de capacidade de compreensão ou por intenção.

    Contudo, para a ANSOL, é muito mais importante a questão das patentes de software (que estão bem encaminhadas e agora é preciso ajudar a defender a redacção actual, após as emendas votadas no Parlamento -- salvaguarda para uns ligeiros ajustes).

    E nós sabemos não misturar as coisas... sempre que alguem o sugere refutamos. Apenas quem não quer ouvir ou não quer perceber é que não entende.

     

     

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