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O Discurso de R. M. Stallman em Boston
Contribuído por AsHeS em 21-05-03 0:00
do departamento das opiniões
GNU Boston Watcher escreve " Ter assistido na última semana ao discurso de R. M. Stallman na Boston University despertou-me de uma letargia que muitos utilizadores/beneficiadores do software livre parecem partilhar. Tudo parece perfeito: licencas quase ideais, sistemas estáveis e fiáveis, uma comunidade excelente de developers, aplicações gratuitas. Mas a realidade está bem à vista de todos. Basta tentar perceber as estratégias de intimidação em curso (por esta altura o caso SCO é o mais evidente) dirigidas a um dos alvos mais fracos: o utilizador comum. Basta pensar um momento no modo como o tratamento legal dos "grandes casos" funciona aqui nos EUA para concluir que face à ameaça de "legal liability", o utilizador comum pode mesmo pensar duas vezes antes de se decidir pelo uso de produtos free software. É que nem se trata de averiguar o fundamento legal, ou a falta dele, nestas questões. O verdadeiro perigo está logo no anátema que se lança à partida. "

" Como dizia então RMS, o ataque é vigoroso e os tempos vão ser difíceis. É por isso que uma chamada à militância parece ser cada vez mais importante. Não me parece que o software livre deva ser encarado redutivamente como um conjunto de ferramentas que dão jeito de vez em quando. O movimento do software livre, na sua criação, encerra um misto de filosofia de vida, irreverência face às circunstâncias instaladas e, sobretudo, uma convição, uma opção. De todas as liberdades, a mais importante é aquela que permite que, assim querendo, sigamos outro caminho. De outro modo não seria liberdade. E é esta a liberdade que encontramos no software livre. Faz (quase tudo) o que quiseres incluindo não teres de utilizar os nossos produtos. Parece-me que os grandes desafios de hoje já não estão no plano do desenvolvimento dos produtos e já não se encontram numa "task list". É preciso estar-se atento e ser capaz de intervir. Para muitos, para mim certamente, isso talvez passe por uma reconversão, um regresso às origens, uma identificação com os princípios fundadores do movimento do software livre. Acho que foi isso que ganhei por ter assistido à palestra do RMS. A sensibilidade para as dificuldades de hoje e a necessidade de agir. E para começar, não achei melhor forma do que escrever esta nota e submetê-la à comunidade do GilDot. Para aqueles que, como eu, precisarem de se sentir "iluminados" aqui fica um excelente resumo de parte do discurso de que falo. Cumprimentos. Vitor. "

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  • resumo
  • Boston Watcher
  • Mais acerca GNU
  • Também por AsHeS
  • Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário.
    Dope Smoker. (Pontos:2)
    por leitao em 21-05-03 0:35 GMT (#1)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    O movimento do software livre, na sua criação, encerra um misto de filosofia de vida, irreverência face às circunstâncias instaladas e, sobretudo, uma convição, uma opção.

    Far out dude!

    Agora a serio, estes "manifestos" do software livre ja' parecem mais um daqueles comicios chatos de partidos 'a procura de uma ideologia.


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    Re:Dope Smoker. (Pontos:1)
    por tca em 21-05-03 9:32 GMT (#2)
    (Utilizador Info)
    Agora a serio, estes "manifestos" do software livre ja' parecem mais um daqueles comicios chatos de partidos 'a procura de uma ideologia.

    Este teu comentário tambem...só q do partido oposto :D

    "Omnis enim res, quae dando non deficit, dum habetur et non datur, nondum habetur, quomodo habenda est."
    De doctrina christiana - S Agostinho
    Re:Dope Smoker. (Pontos:2)
    por MavicX em 21-05-03 9:38 GMT (#3)
    (Utilizador Info) http://www.startux.org
    Ainda não percebi se estás contra ou a favor da filosofia do software livre ?


    Pedro Esteves

    Re:Dope Smoker. (Pontos:2)
    por leitao em 21-05-03 9:52 GMT (#5)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Sou a favor do software livre, mas contra a filosofia da FSF/GNU/Stallman.

    Traduzido -- sou a favor da existencia/continuacao do software livre, mas contra a imposicao do mesmo.


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    Re:Dope Smoker. (Pontos:2)
    por joaobranco em 21-05-03 13:22 GMT (#10)
    (Utilizador Info)
    Eu sou mais radical. Sou contra a imposição de qualquer software (seja livre ou comercial) em detrimento do outro. Ou seja, considero tão mau só se ter hipótese de usar (em situações reais) o software proprietário como só ter hipóteses de usar software livre. Qualquer deles deve competir pelos seus próprios méritos, sem o benificio de manobras legais ou semelhantes que visem o lock-in numa determinada solução.

    Estou a escrever este artigo num browser em WindowsXP, porque devido ao trabalho que estou a fazer é a melhor solução para mim, nesta altura em particular. Mas não quero ser obrigado a trabalhar sempre em determinados sistemas porque a infraestrutura o exige (por razões de concorrencia, e não razões técnicas). O browser que estou a utilizar é o Mozilla. Mas não quero ser impedido de usar determinados outros browsers (proprietários ou não) se tal me apetecer ou se for melhor para mim nessa altura.

    Cumps, JB

    Re:Dope Smoker. (Pontos:1, Redundante)
    por leitao em 21-05-03 14:46 GMT (#11)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Absolutamente de acordo.


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    Re:Dope Smoker. (Pontos:1)
    por Bogomips em 23-05-03 12:02 GMT (#15)
    (Utilizador Info)
    Plenamente de acordo.

    Agora, se ficares sentado sem nada fazer pelo Software Livre, duvido que no futuro possas disfrutar dessa liberdade de escolha que tanto aprecias.

    Cumps.
    Paulo L. de Carvalho

    Re:Dope Smoker. (Pontos:2)
    por McB em 02-06-03 10:57 GMT (#17)
    (Utilizador Info)
    Assino por baixo.

    Eu uso o software que quiser quando quiser. Isso é que é liberdade.
    O resto cheira-me a uma revolução cultural parte II, em que a igualdade era feita da forma que sabemos.

    E já agora, porque é que o post do Leitão é redundante? Pelo que ele disse ou porque é o Leitão?

    (Leitão, já sei que não precisas de advogado, mas estas perseguições já metem asco, seja a quem for)

    Yours,
    McB!
    They told me it need Windows 95 or better, so I chose Linux
    SoftwareLivre (Pontos:1)
    por tca em 21-05-03 22:24 GMT (#14)
    (Utilizador Info)
    Apoio a causa Software Livre... UNESCO- Free software portal.

    "Omnis enim res, quae dando non deficit, dum habetur et non datur, nondum habetur, quomodo habenda est." De doctrina christiana - S Agostinho
    Então os problemas não são reais ? (Pontos:2)
    por jneves em 21-05-03 10:40 GMT (#6)
    (Utilizador Info) http://silvaneves.org/
    Espero que o teu comentário fosse apenas à frase de que fizeste "quote". Porque os problemas existem e são muito reais (Patentes de Software, Extensões à Legislação de Direito de Autor e FUD), e têm um impacto na adopção de Software Livre independentemente da sua qualidade.

    Penso que concordas que os problemas existem e são reais, ou não ?

    Re:Então os problemas não são reais ? (Pontos:2)
    por leitao em 21-05-03 10:46 GMT (#7)
    (Utilizador Info) http://scaletrix.com/nuno/
    Penso que concordas que os problemas existem e são reais, ou não ?

    Os problemas sao reais, mas nao me parece que sejam tao graves como algumas pessoas os pintam. Acho que sao parte de uma "adolescencia tecnologica" pelo que a industria esta' a passar. O que nao acho e' que o software livre seja a solucao unica para o problema.


    "I triple guarantee you, there are no American soldiers in Baghdad.", Mohammed Saeed al-Sahaf, Iraqi Minister of Information

    Re:Então os problemas não são reais ? (Pontos:2)
    por joaobranco em 21-05-03 13:06 GMT (#9)
    (Utilizador Info)
    Os problemas sao reais, mas nao me parece que sejam tao graves como algumas pessoas os pintam.

    Nenhum problema é tão grave como as pessoas os pintam. Mesmo se (admitamos como hipótese académica) uma bomba atómica caisse sobre Redmond e eliminasse 90% dos funcionários da Microsoft (incluindo toda a direcção) tenho a certeza que o software comercial (e mesmo o da MS) continuaria a existir.

    Da mesma forma se as pragas referidas (Patentes de Software, Extensões à Legislação de Direito de Autor e FUD) vierem a ser adoptadas na sua máxima força de certeza que continuará a existir a computação livre e de código aberto, mesmo que reservada a nichos "underground". Simplesmente, para mim, isso significa a derrota. Porque isso significa que a possibilidade de uso real e prático (e não apenas "para maluquinhos de computadores que não tem mais nada que fazer") do software livre deixa de existir como opção.

    Um exemplo. Hoje em dia podes, se quiseres, atravessar o atlântico em barco à vela. Isso nem sequer é proíbido (embora seja regulado). Existem porém um conjunto de questões práticas e de senso comum que levam a que essa opção não seja considerada por pessoas comuns. Se os problemas acima indicados forem adoptados em grande escala (o que não é uma hipótese teórica remota, corresponde ao desejo confesso de uma parte importante da "industria dos conteúdos") em breve a utilização do software livre e open-source ainda vai ser mais dificil do que isso para um utilizador comum. Isso quer dizer que vai desaparecer a hipótese? Em teoria, não, na prática, e para a maior parte das pessoas, sim.

    E se não for para ser usado na prática, (e adoptado por um grande número de utilizadores e desenvolvedores) as vantagens do código aberto desaparecem. O código aberto só pode subsistir como opção contra as hipóteses proprietárias porque funciona com um "efeito de rede", quantos mais utilizarem/contribuirem melhor funciona (ao contrário do código fechado, em que o principal factor de escala é haver simplesmente mais dinheiro para o desenvolvimento, mas não necessariamente mais gente para o mesmo). Se levado para o "underground", muitas das vantagens do código aberto perdem-se com a perda do efeito de rede.

    Cumps, JB

    Re:Então os problemas não são reais ? (Pontos:2)
    por vaf em 21-05-03 15:21 GMT (#12)
    (Utilizador Info) http://students.fct.unl.pt/users/vaf12086/
    Concerteza que não. Mas o combate contra as medidas legislativas recentes é um combate que não visa impôr o software livre. É um combate que apenas defende um cenário mais favorável à inovação e concorrência, defendendo algumas liberdades essenciais, que - por culpa da imaturidade da indústria - vão sendo esquecidas no meio do marketing dos (poucos) gigantes. Cenário esse que beneficia o software livre, mas também o software prorietário, desde que feito com responsabilidade.

    [agora vais-me perguntar o que é software proprietário feito com responsabilidade. Uma aposta? ;-) ]

    Concordo plenamente contigo na tua visão de que a indústria da informática está a passar uma fase de adolescência, mas eu não acho que por isso os problemas passem a ser menos urgentes. Mesmo sabendo que se trata de uma fase, não consigo deixar de ficar apreensivo com o actual rumo das coisas.
    muito a fazer (Pontos:1)
    por ncs em 21-05-03 9:39 GMT (#4)
    (Utilizador Info)
    Este homem é um "Senhor", um iluminado! Está avançado no seu tempo. Quem é que se dava ao trabalho de fazer o que ele fez? (Como ele diz todos os seus colegas sairam donde estavam e foram trabalhar para empresas)
    Penso que se não fosse ele, provavelmente o KDE não estava assim disponivel com está, o Linux não tinha tido a visibilidade que tem, etc. Algumas das batalhas foram ganhas, mas muito ainda há para fazer.
    Há que evangelizar mais e não cair na tentação de deixar de apoiar este tipo de discurso, porque como se tem visto, entre outras coisas, ainda há muito boa gente que confunde Software Livre com à Borla e vice-verça
    Todos temos a ganhar - até os que dizem que não (isto dá para todos).
    Cumps,
    Re:muito a fazer (Pontos:1)
    por pns em 21-05-03 12:12 GMT (#8)
    (Utilizador Info)
    Há que evangelizar mais (...)

    Talvez "evangelizar" não seja a palavra mais adequada (nas últimas vezes que tentaram evangelizar as pessoas, a coisa não correu lá muito bem). Penso que informar sim, e informar com factos bem fundamentados, e deixar as pessoas decidirem por si e em consciência de todos os prós e contras, a liberdade de escolha deve ser respeitada seja ela qual for.

    Pedro.
    Re:muito a fazer (Pontos:1)
    por ncs em 21-05-03 16:13 GMT (#13)
    (Utilizador Info)
    :-)
    O sentido de envangelizar a que eu me estava a referir não era o de dar sécas, como dizem que dão em algumas igrejas ;-). Mas sim o de alertar de uma forma leve, sempre que possivel, para os prós e contras das situações.
    Para quem está dentro destas questões (da liberdade no software) e acredita que "o mundo pode ser melhor" ;-) não custa ir alertando as pessoas.

    E penso que isto tem muito haver com uma filosofia de vida!
    Tal como dizia um cientista no inicio do século passado (infelizmente não me lembro de qual), ele achava que o mundo estava a chegar a um ponto Tecnologico tal, que nos meados desse século haveria comida para todos e pouco trabalho.
    E ele tinha alguma razão.
    O trabalho já se viu que escasseia - a toda a hora ouvimos pessoas a dizer que é necessário criar mais trabalho porque a falta dele é grande, existindo um conjunto de actividades hoje em dia (basicamente denominada de serviços) que praticamente não têm interesse nenhum a não ser manter o pessoal entretido;
    A fome é que ainda não. E porquê? poque existem pessoas que pensam que não devem partilhar o que têm e que por terem tido uma boa ideia devem poder explorar os outros enquanto elas vivem de forma criminosa, esbanjando recursos e privando os outros de os ter!... muito mais haveria a dizer mas provavelmente ninguém está com pachorra para este peditório.
    Cumps,

    Jesus Cristo também devia ser encarado como louco (Pontos:1)
    por mpinho em 23-05-03 18:26 GMT (#16)
    (Utilizador Info)
    Todos os que tentam mudar o status quo vigente em prol de ideais são chamados de loucos, terroristas, revolucionários e outras coisas. E a pena para eles costuma ser muito forte, pior do que para o mais vil marginal. Por isso que nas revoluções os governos sempre prendem e torturam estudantes; são mais perigosos do que os simples larápios...

    Até mesmo Jesus pagou pelas suas idéias, mas mesmo morrendo conseguiu mudar o mundo com os seus ensinamentos e exemplos.

    O software livre deve sim ser visto como uma ideologia, não apenas como uma coisa gratuita.

    Em um mundo imperialista, dominado pelas megacorporações americanas, onde o software é vendido a peso de ouro, sem garantias e propositalmente incompatível, o software livre é uma necessidade.

    O computador hoje é uma ferramenta de trabalho de quase todos e ficar refém de companhias estrangeiras, que não dão nada em troca, não deve ser aceito por nenhuma política governamental honesta. Capitalismo sim, mas não selvagem e imperialista como o americano.

     

     

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