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EU lanca campanha IPv6
Contribuído por BladeRunner em 25-02-02 12:23
do departamento ip-para-todos
Europa leitao escreve "A Uniao Europeia lancou uma campanha para convencer os diversos governos a apoiar o uso de IPv6.

O rationale por tras disto e' o receio de que quando os enderecos IPv4 comecarem a acabar (provavelmente 2005) isto afecte a industria de telecomunicacoes moveis devido aos problemas que a falta de enderecos causaria no lancamento de servicos IP moveis.

PS: na minha opiniao, mais uma vez a EU tenta por a carroca 'a frente dos bois.'"

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  • campanha
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  • Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário.
    Carros e Bois (Pontos:4, Interessante)
    por joaobranco em 25-02-02 13:50 GMT (#1)
    (Utilizador Info)
    Às vezes é possivel e necessário por os carros à frente dos bois.

    Já deu para ver que para o mercado de TI que temos agora (e teremos provavelmente nos próximos 2/3/4 anos) o investimento em tecnologias que são caras e de vantagens económicas directas pouco visiveis (ou se calhar sem criar vantagens económicas directas) não é muito provável. Sendo assim tecnologias como o IPv6 dificilmente serão adoptadas em geral pelo mercado.

    No entanto, a existência de uma determinada infraestrutura pode ter um efeito multiplicador, que permite que mesmo que a infraestrutura não seja directamente fonte de dinheiro permita a outros fazer dinheiro. Isto é visivel por exemplo em infraestruturas de comunicação, que sendo dificilmente rentáveis por si só são frequentemente subsidiadas pelos governos pelos efeitos de desenvolvimento que usualmente produzem (é por isso que os governos subsidiam a criação de auto estradas, de universidades, etc.).

    Ora, o que se passa aqui é uma aposta tecnológica numa determinada direcção efectuada pela comissão. Algumas apostas da comissão tem sido bem sucedidas (a mais notável destas foi o GSM) outras nem tanto (por exemplo a aposta em ISDN e na televisão digital). Não sei se esta vai ser ou não bem sucedida, mas para ter alguma hipótese de ser bem sucedida implicará sempre correr alguns riscos, ou seja, pôr alguns carros à frente de alguns bois. Agora tal aposta deverá ser validada, acompanhada, e se se verificar inviável abandonada.

    E nem é algo que apenas a Europa faça (quer a NSF/Governo Federal e a DARPA/DoD nos EUA quer o MITI no Japão costumam fazer este tipo de apostas tecnológicas). Os fundamentalistas do mercado dirão que o(s) estado(s) não deveria(m) interferir desta forma no mercado, distorcendo-o. No entanto é preciso não esquecer-se que este tipo de intervenção é justamente um dos que tem menos riscos de distorção (o estado usar o seu poder de consumidor, tal como os restantes consumidores, para apoiar uma determinada teconologia, não é muito similar a um conjunto de empresas fazer exactamente a mesma coisa porque a tecnologia provem do seu grupo/kairetsu).

    JB

    Re:Carros e Bois (Pontos:1)
    por joaobranco em 25-02-02 13:53 GMT (#2)
    (Utilizador Info)
    Obviamente deveria ser:

    um estado usar o seu poder de consumidor, tal como os restantes consumidores, para apoiar uma determinada teconologia, é muito similar a um conjunto de empresas fazer exactamente a mesma coisa porque a tecnologia provem do seu grupo/kairetsu

    JB

    Re:Carros e Bois (Pontos:3, Interessante)
    por chbm em 25-02-02 17:34 GMT (#4)
    (Utilizador Info) http://chbm.nu/
    > Às vezes é possivel e necessário por os carros à frente dos bois.

    Há um pequeno problema, a estrutura de TLAs como está proposta actualmente destroi totalmente a Internet. Que eu saiba ainda ninguém propos uma solução que não exiga TLAs e *não* implique tabelas de bgp com gigas de entradas :\
    Re:Carros e Bois (Pontos:1)
    por joaobranco em 25-02-02 21:17 GMT (#5)
    (Utilizador Info)
    Devo reconhecer a minha ignorância a este respeito. Pensava que os problemas de tabelas de encaminhamento e Top-Level Aggregation eram os mesmos quer com IPv4 quer com IPv6, com a vantagem dos segundos poderem ser alocados mais "logicamente" uma vez que só agora é que estão as ser distribuídos, e logo poderiam ser localizados mais hierarquicamente do que os do IPv4.

    Estás a referir-te a coisas como IP móvel, a renomeação de redes, ou é alguma outra coisa de que eu não sei (é provavel que seja, que eu disto sei muito pouco)?

    De qualquer forma parece-me que tabelas de BGP com gigas de entradas podem vir a ser admissíveis no futuro (a memória tem tendencia a ficar mais barata - mesmo se excluirmos episódios ocasionais de boom & bust - e penso que o tempo de acesso com um mecanismo de indexação aceitável cresce abaixo de linearmente).

    JB

    Re:Carros e Bois (Pontos:3, Informativo)
    por chbm em 26-02-02 0:00 GMT (#7)
    (Utilizador Info) http://chbm.nu/
    > Pensava que os problemas de tabelas de encaminhamento e Top-Level Aggregation eram os mesmos quer com IPv4 quer com IPv6, com a vantagem dos segundos poderem ser alocados mais "logicamente" uma vez que só agora é que estão as ser distribuídos, e logo poderiam ser localizados mais hierarquicamente do que os do IPv4.

    O problema em IPv6 é o mesmo problema que em IPv4 mas elevado à quarta. Agora full routing são mais de 100000 prefixos, mesmo considerando que em IPv6 nunca são alocadas redes menores que /64 tens 10000000000 prefixos. A "solução" encontrada foi só existir full routing dentro dos TLAs. Cada TLA só pode anunciar aos outros o seu bloco /48. Parece aceitável, passas de 100000 para 200000 entradas mas isso impede totalmente os ISPs de estarem multihomed. Cada ISP *tem* que usar endereçamento do bloco do seu único provider dado que outros providers não podem anunciar aquele espaço. Puff, deixas de ter internet e passas a ter cliques +- ligados. Além disso ficas só com a UUNet, CW e QWest ou coisa parecida e tudo o resto são subsidiarias.
    Re:Carros e Bois (Pontos:2)
    por chbm em 26-02-02 10:38 GMT (#10)
    (Utilizador Info) http://chbm.nu/
    Correção, os TLAs teem /16 ou /24 conforme a posicão na cadeia o que mantem o tamanho da tabela. Dentro dos TLA é que /48 são comuns. Números a mais :)
    Será mesmo... (Pontos:5, Informativo)
    por jecete em 25-02-02 15:56 GMT (#3)
    (Utilizador Info)
    Boas

    Se pensarmos no mercado utilizadores de redes moveis que sao potenciais utilizadores de acesso 'a internet e na existencia de servicos que necessitarao de acesso via IP nativo, talvez seja uma boa ideia comecarmos a pensar ja em IPv6.

    Com todo o hipe que existe em torno do UMTS acho que os futuros fornecedores desses serviços deviam comecar tambem a pensar se os seus enderecos IP actuais vao chegar...

    No outro dia creio que um artigo qq comentava q o crescimento de acessos via cabo o xDSL representaria a maior fatia de acessos na UE, e toda a gente sabe que muitas das ligacoes apesar de mecanismos dinamicos de atribuicao (DHCP ou ip local pools) tem tendencia a possuir teor permanente devido a mecanismos de keep-alive implementados pelos seus utilizadores.

    Creio que estes poderao ser 2 dos argumentos validos que poderao ser utilizados como ponto de partida.

    Neste momento já existem deployments de IPv6 nativo em produção e em testes, bem como diversos cenarios e metodologias de implementação.

    Informação util pode ser encontrada em:

    http://www.cisco.com/warp/public/732/Tech/ipv6/
    http://www.6bone.net/

    E em Portugal...

    http://www.fccn.pt/projectos/ipv6/index_html
    http://www.ipv6.telepac.pt/
    http://www.dhis.org/ipv6/

    A alternativa e convencer o MIT ou a Ex Digital a devolverem algumas /8 :-)

    Jecete

    Governos? (Pontos:2, Esclarecedor)
    por spyder em 25-02-02 23:52 GMT (#6)
    (Utilizador Info)
    E quem se preocupa com as redes dos governos?
    Muito sinceramente... a viragem para IPv6, do meu ponto de vista, depende quase apenas (se nao 100%) dos fabricantes de software.
    Precisamos de:
    1) DNS fiável (ninguém vai decorar endereços IPv6)
    2) Suporte nativo e primário de IPv6 nos diversos SO (os que têm, é opcional em vez de ser o principal)
    3) Bibliotecas a suportar decentemente IPv6 (libresolv? inet_addr()? até o raio das structs hostent, na generalidade, olham para IPv6 pelo telescópio.)
    4) Aplicações comuns a suportarem IPv6 como deve ser (dependentes dos pontos 1-3)

    Acho que a nossa querida UE tem é que se resignar, e esperar que "those who matter" (leia-se MS, Cisco, Nortel, e os restantes major-league players) se dignem a empurrar IPv6. Até lá, deixem os governos em paz, porque ninguém vai instalar 56212653 patches e 4524 service-packs para poder continuar aceder a serviços governamentais sem problemas enquanto trabalha no resto da Internet (IPv4)
    Re:Governos? (Pontos:1)
    por valk em 26-02-02 1:30 GMT (#8)
    (Utilizador Info)
    Exactamente o meu ponto de vista... Obrigado :-)

    Re:Governos? (Pontos:1)
    por HiTek DeVil em 26-02-02 1:49 GMT (#9)
    (Utilizador Info)
    Pelo que li do IPv6, o processo de "actualização" nem era muito dificil, visto que na transição podia-se fazer "tunneling"... o problema mesmo é que mais cedo ou mais tarde, não vai haver ips para tudo :/ mais vale começar já a pensar como vai ser, e arranjar soluções viaveis e fiáveis agora, do que esperar que seja tarde... depois é como diz o ditado "o que não tem remédio, remediado está"... é esperar que alguem arranje uma solução milagrosa para implementar o IPv6 às 3 pancadas.... e como diz o outro ditado "muitas vezes o barato sai caro" :P


    HiTek DeVil
    ipv4 esgotado? (Pontos:2, Esclarecedor)
    por Fred em 26-02-02 13:54 GMT (#11)
    (Utilizador Info)
    Se não houvesse classes A registadas para empresas e instituições como a Halliburton Company, Deparment of Social Security of UK, Digital Equipment Corporation (Compaq?) e muitas mais, provávelmente teríamos ipv4 durante muito mais tempo. Vejam o ipv4 address space actualizado em Dezembro de 2001.

     

     

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