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Sistemas de Pacotes, Linux e BSD
Contribuído por BladeRunner em 07-07-01 22:23
do departamento pacote
Free BSD M3thos escreve " Ois,pessoal, venho-vos comunicar uma coisa que me intriga e que sinceramente nao percebo.
Estive á pouco tempo a experimentar openbsd, e pelo que vi, achei o sistema de pacotes muito mais arrumado e simplificado do que nos linuxes que já usei (redhat,suse,debian,slackware) e segundo me consta os bsd's são todos similares nestes aspecto.

O Sistema de pacotes e a maneira simples como o sistema tava organizado agradou-me bastante, menos positivo foi o suporte para o Rato, teclado e a configuração da rede.. mas isso é porque sou tosco e ainda nao tive muito tempo.
Além disso ocupava-me metado do espaço(nao tinha nem gnome, nem sources do kernel)

Mas sinceramente.. nao percebo o porquê dos Linuxes usarem um sistema de pacotes tao grande, centenas e centenas de pacotes, torna-se-me dificil saber exactamente quais preciso e quais poderia dispensar, com tantos libnao-seiquantas, nao-seiquantas-devel, nao-seiquantas, e nao-seiquantas-plugins ou ainda nao-seiquantas-extra e nao-seiquantas-doc.
Só sei que devo ter milhares de pacotes no meu linux actual, com muitos deles que teem tamanhos ridiculos.

O slackware parece-me fugir um pouco a essa regra, mas tambem o seu sistema de pacotes é demasiado simples.. bem que podia incluir um sistema de dependencias e instalação por ftp..

Não seria melhor uns sistemas mais simples, mais arrumandos, e com um numero menor de packotes(concatenando pacotes instrinsecamente relacionados) á imagem de bsd? "

Versão beta 1 do kde 2.2 | A inconstância da luz  >

 

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Referências
  • Linux
  • Debian
  • Red Hat
  • Mais acerca Free BSD
  • Também por BladeRunner
  • Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário.
    Actualização de pacotes e Slackware (Pontos:2, Esclarecedor)
    por dnloreto em 08-07-01 0:17 GMT (#2)
    (Utilizador Info)
    Boas!

    A Slackware tem em teste um sistema (autoslack) para fazer actualizações automáticas via FTP, à semelhança de algo que (penso ser) a Debian já tem.

    Esse sistema permite-te indicar se queres puxar apenas os security fixes ou tudo (slackware-current) e se queres que puxe e instale ou grave apenas para que possas ver antes de instalar.

    Quanto à quantidade de pacotes... É difícil fazer instalações pequenas com poucos pacotes, a menos que seja uma distribuição "pobre". Esta é a minha opinião. Passo a explicar...

    Se tiveres uma instalação pequena, tens de ter muitos pacotes para seleccionarse queres a aplicação a ou b, as bibliotecas para desenvolvimento ou as apenas de runtime, etc. (RedHat, Suse)

    Por outro lado, se queres ter poucos pacotes, não podes ter grandes hipóteses de ter uma instalação reduzida. Isto pois se queres ter rede, por exemplo, levas com n coisas incluindo aquelas que nunca vais usar (uucp, 3 clientes diferentes de FTP, etc) e aqueles que realmente necessitas (dhcpcd, o 4º cliente de FTP)... A Slack está mais nesta onda.

    A ideia que tenho dos *BSD é que eles também não têm uma disponibilidade tão grande de aplicações, que têm de ser, na sua maior parte, portadas. Logo, há menos pacotes e ocupam menos espaço. Mas confesso que nunca instalei um BSD, pelo que se calhar até estou a dizer alguma heresia... ;)

    Abraços!
    Re:Actualização de pacotes e Slackware (Pontos:2, Esclarecedor)
    por pls em 08-07-01 2:14 GMT (#5)
    (Utilizador Info) http://pls.mrnet.pt
    A ideia que tenho dos *BSD é que eles também não têm uma disponibilidade tão grande de aplicações, que têm de ser, na sua maior parte, portadas. Logo, há menos pacotes e ocupam menos espaço. Mas confesso que nunca instalei um BSD, pelo que se calhar até estou a dizer alguma heresia... ;)

    Nenhuma heresia. Há menos aplicações, consequentemente ocupam menos espaço, mas o sistema de ports fazem com que não seja "distribuidas" com o sistema operativo. O que é distribuído são "makefiles" do sistema de pacotes (uma por cada port).

    O utilizador faz "make", o sistema faz ftp das sources, verifica as dependências, faz ftp das sources das ditas também, compila tudo e fica à espera do comando "make install" para instalar tudo no sistema. That´s it. Por cada programa portado há um makefile, lista de patches a aplicar aos sources, lista de dependências e localização de todos os sources na Internet.

    No caso do OpenBSD todas as aplicações "portadas" (i.e. makefiles e patches) são distribuídas num tar de 4 mb... depois há um "make" e um "make install" por aplicação OU alternativamente um "make" e "make install" que instala todas as aplicações portadas. Neste contexto o "instala" significa "compila e instala".

    Associado a cada "port" existe uma "package" (arquivo gerado quando a aplicação é compilada). Ficam registadas as dependências e contém os binários da aplicação portada. Podes em vez do "make" e "make install" fazer a instalação directa da "package" (em tudo semelhante a instalar um RPM) com um comando "pkg_add nome_da_package".

    As culturas dos *BSD e linux são ligeiramente diferentes (bom, "ligeiramente" se comparadas com as culturas fora do mundo do unix), e entendidas as "nuances" acaba tudo em ultima análise ser uma questão de preferência pelas diferentes abordagens. Se ao menos houvesse menos flames e menos mania de "pregar" a porra que se prefere como sendo muito melhor que as outras... aprendiamos todos mais e as conversas eram bastante mais agradáveis.

    Enfim. Se tiveres oportunidade espreita que eu gostei da abordagem. É aquela com que pessoalmente me sinto mais confortável depois de ter lidado com RPM´s (utilizava muito a RedHat como base para montar servidores) durante uns 5 anos. Desde que comecei a utilizar o OpenBSD e o FreeBSD fiquei particularmente impressionado com o sistema de "ports & packages".
    Bem vindo ao OpenBSD... (Pontos:1)
    por pls em 08-07-01 1:59 GMT (#4)
    (Utilizador Info) http://pls.mrnet.pt
    Concordo com o post original. Gosto mais do sistema de ports dos *BSD que dos sistemas mais utilizados no linux. Diga-se que o sistema de "ports & packages" também está disponível para linux (ver artigo da slashdot) e é uma das opções possíveis para quem faz/coordena distribuições.

    Discordo em absoluto com o conceito de "distribuir tudo e mais alguma coisa" junto do sistema operativo e com a ideia de "ser preferível" essa abordagem. Em termos de segurança ter "N" coisas instaladas por defeito é uma ideia terrível, particularmente quando os utilizadores nem sabem o que está instalado para poderem tomar atenção aos patches que necessitam de aplicar. Gosto mais da ideia de "quem precisa de um serviço ou aplicação ter de instalar ou activar o dito cujo.

    Escrevi um artigo relativo à minha preferência pelo OpenBSD que podes ler na minha página pessoal. É uma distribuição pequena, muito bem organizada, particularmente bem auditada a nível de segurança e (na minha opinião, guardem lá os flames para alguma coisa mais importante que a minha opinião :-) um excelente ponto de partida para se construir servidores baseados em unix.

    Infelizmente no mundo do unix parece haver tanta apetência para o "X é melhor que Y" (gnome vs kde, linux vs *BSD, vi vs emacs, etc, etc, etc) que parecemos (eu também muitas vezes) um bando de "cheerleaders" a fazer "advogacy" das nossas preferências. Não nos fica bem, como comunidade de utilizadores unix, divide parte do nosso potencial e credibilidade. O "prefiro" e o "na minha opinião" dá demasiadas vezes lugar ao "muito melhor que" e "o meu é melhor que o teu". São só computadores, não são importantes, e deviamos provavelmente ter uma abordagem mais inteligente quando conversamos uns com os outros. Escrevi sobre isto, se quiseres ler está aqui, tamanha a frustração com este tipo de pessegadas.
    Que raio... o slashcode está-me a lixar os links.. (Pontos:1)
    por pls em 08-07-01 2:27 GMT (#6)
    (Utilizador Info) http://pls.mrnet.pt
    O slashcode está-me a estragar os links todos... "come" o "espaço" entre os "urls" e o "target=xxx"... e sim, tenho a certeza que está lá quando faço a submissão...

    Quando receberem o erro ao tentar seguir os links basta remover o que está à frente do ".html" (que é o "target=newwx" que supostamente faria com que não saissem da slashdot). Sorry people... a ideia era porreira mas a execução tresanda...
    Re:Bem vindo ao OpenBSD... (Pontos:1)
    por jmce em 08-07-01 4:15 GMT (#7)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/
    Instalação "default" de demasiados componentes não será recomendável, mas alguém com experiência de um pedaço de software ter tido o trabalho de compilar/configurar bem uma package para a integrar num sistema ou distribuição pode ser muito conveniente (para garantir uma boa ligação ao resto, e até para prevenir problemas de segurança). Tenho-me dado muito bem com a Debian neste aspecto (costumo escolher directamente o que quero instalar, e em geral a divisão em packages é bastante "fina").
    Re:Bem vindo ao OpenBSD... (Pontos:2)
    por nmarques em 08-07-01 12:47 GMT (#9)
    (Utilizador Info) http://nmarques.xpto.org
    Voltamos a questao, do "sou mau, uso *BSD"... quando o linux nao era tão vulgar, "sou mau, uso Linux", agora que todos ja conhecem, "sou mau, so *BSD" :)

    --------------------------------------------
    If there is such a thing as too much power...
    I've not discovered it...
    Re:Bem vindo ao OpenBSD... (Pontos:1)
    por pls em 08-07-01 20:19 GMT (#11)
    (Utilizador Info) http://pls.mrnet.pt
    Acredita que essa não é nada a minha atitude. Sempre gostei, e continuo a gostar, do Linux. Quanto mais popular for melhor. O que não quer dizer que seja a melhor opção para todo o tipo de aplicações. No caso dos servidores prefiro montar em OpenBSD...

    Já agora; também não me importo nada que os *BSD sejam tão populares quanto possível... :-))
    Deb's, RPM's e TGZ's (Pontos:2)
    por nmarques em 08-07-01 10:56 GMT (#8)
    (Utilizador Info) http://nmarques.xpto.org
    Eu pessoalmente nao conheço muito do *BSD, apenas experimentei uma vez, mas não muito profundamente... o que penso sobre algo que disses-te foi é o seguinte:

  • É importante para mim saber quais os pacotes instalados, por exemplo tenho 3 servidores, preciso que estejam tal e qual da mesma maneira,faz-se um dd de um disco para o outro, o que nao funciona em RAID 5... ou tenho o rpm que me faz isso juntamente com algumas outras 'técnicas'... o TGZ nao o faz de certeza e o .deb nao sei...

  • O RPM necessita da DB3, tem uma base de dados que chega aos 40Mb, é ultra eficiente, poderoso, maléfico, e exige que saibas trabalhar com ele, porque uma app tipo GNOrpm, nao basta para utilizares o RPM com todo o seu potencial... Podes inclusive fazer os teus RPM's que não é nada dificil e está super bem documentado no "Maximum RPM" que podes sacar na RPM.org...

  • O .deb tb é poderoso e as ferramentas da debian para updates tb, assim como os rpm's tb teem o rpmfind. Os tgz's, enfim nunca podes comparar um installpkg com um rpm ou com um apt-get/dselect... é muito rudimentar, não é de estranhar que as normas para standard em linux sugiram o RPM ou o DEB...

  • Quanto ao FreeBSD nao posso dizer muito, mas vou dar uma vista de olhos mais profunda brevemente... =]

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    If there is such a thing as too much power...
    I've not discovered it...
  • tar gzipped != sistema de ports & pkg dos *BSD (Pontos:1)
    por pls em 08-07-01 22:34 GMT (#12)
    (Utilizador Info) http://pls.mrnet.pt
    É importante para mim saber quais os pacotes instalados, por exemplo tenho 3 servidores, preciso que estejam tal e qual da mesma maneira,faz-se um dd de um disco para o outro, o que nao funciona em RAID 5... ou tenho o rpm que me faz isso juntamente com algumas outras 'técnicas'... o TGZ nao o faz de certeza e o .deb nao sei...

    Pareceu-me pelo teu texto que estás a confundir o sistema de ports & packages, que para o efeito que descreves é tão adequado como um RPM, com o formato em que a "package" final é gravada. Quando a instalas à semelhança dos RPM tens os listas de dependências, paths, etc. Também no sistema de "ports" e "packages" dos *BSD tens uma base de dados para efeitos de desinstalação, verificação de dependencias, etc.

    O sistema é diferente mas não me parece de todo menos poderoso ou versátil que o RPM.

     

     

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