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10 giga-escudos de "conteúdos", s.f.f.
Contribuído por jmce em 26-06-01 7:11
do departamento neo-surrealismo-pós-moderno
Portugal "Estimular a produção de conteúdos portugueses na Internet é o objectivo de um concurso anunciado hoje pelo ministro da Ciência e da Tecnologia que vai representar um investimento de 10 milhões de contos até 2006.". Assim começa uma notícia da Lusa sobre um discurso de Mariano Gago para o "Dia Nacional Multimédia" (ontem), promovido pela Associação para a Promoção do Multimédia em Portugal, uma daquelas associações sem fins lucrativos constituídas por sócios com fins lucrativos.

<opinião-puramente-pessoal-certamente-infundada>

A APMP põe a mesa, Mariano Gago trata do catering e os nossos impostos pagam a conta. Segundo a notícia, o ministro sublinhou que "o facto do anúncio ter coincidido com esta iniciativa [...] não foi fruto do acaso".

Trata-se, diz o ministro (recorde-se, da Ciência e da Tecnologia) de "assegurar a confiança dos mercados". Como é que despejar 10 milhões de contos em multimédia assegura a confiança dos mercados? Claro que quem os receber verá "assegurada" a possibilidade de "surfar" alegremente mais algum tempo no reino dos net.conteudos, um domínio que às vezes é tão "virtual" que no fim não é fácil ter uma resposta sobre o que foi feito de "real" (e já não será muito mau se a pergunta for entendida e permitida). Mas na minha ignorância desconfio que havia outras coisas que davam mais jeito aos mercados (no sentido mais saudável de mercados) do que almoços grátis (leia-se: com o catering pago por nós todos). Assim de repente ocorre-me (por exemplo) que para as empresas cujo espaço de trabalho é a Internet, ter uma competição decente no mercado português de telecomunicações podia promover preços mais decentes de acesso, e que talvez a situação estivesse melhor nesse domínio se o Estado não tivesse durante tanto tempo "assegurado a confiança" (monopolística) da PT.

Mariano Gago acrescenta "que é nos momentos de dificuldade que se medem as organizações e as pessoas". Falta saber a quais organizações e pessoas ele se refere: empresas e empresários, ou ministérios e ministros? Ou todos?

De facto, o momento é de dificuldade e antes de gastar dinheiro é preciso medir bem organizações e pessoas. Este dinheiro não parece ter um qualquer objectivo de serviço público bem definido; o que sabemos é apenas que pretende "estimular a produção de conteúdos portugueses", mas a noção de "interesse público" já se mostrou perigosamente insuficiente para que fiquemos descansados. Isso pode querer dizer muita coisa: desde material (por sorte?) com real interesse público até mais um e-supermercado tão virtual que fecha antes de vender os primeiros 100 kg de melões, passando pelas inevitáveis brochuras-coloridas-a-escorrer-prestígio.

Ora, em condições normais, empresas e empresários medem-se no mercado. Estes 10 milhões com fins mal definidos são uma distorção introduzida no sistema por um cliente (o Estado, um governo ou um ministério) que não sabe bem o que quer e avalia mal o que compra (até porque o compra com dinheiro alheio). Na melhor das hipóteses, vão para empresas que conseguiriam (ou conseguem já) ter sucesso mesmo sem estes "estímulos" artificiais, e com dimensão suficiente para gastarem uma boa dose de recursos em preencher grossos cadernos com o bluff necessário para excitar o ministério. Na pior das hipóteses, vão para empresas e empresários que descobriram que o ecossistema é suficientemente rico para ser possível viver apenas com a especialização na secção de bluff (resmas dele) sem ser necessário ter reais competências nos domínios técnicos supostamente em causa.

Em qualquer dos casos, vale a pena gastar o nosso dinheiro nesta mistura confusa (por vezes até contraditória) de "nova economia" e "interesse público"? Será que mais esta "prioridade" não vai simplesmente dar-nos (pela regra empírica de 1-milhão-de-contos-por-sáite) mais uns inúteis e efémeros 10 sáites.na.néte?

Mariano Gago justifica estes 10 milhões com... "necessidades sociais"; veremos qual a sociedade cujas necessidades vão ser mais satisfeitas. No mínimo, algumas sociedades comerciais e alguma sociedade académica também, já que se fala de uma Universidade Telemática. Isto quando temos já uma Universidade Aberta a precisar de frequentar ensino primário sobre Internet e com (apesar de, diz-se, bons meios tecnológicos) aulas televisivas de qualidade facilmente ultrapassável por documentários medianos de estações de televisão comerciais, tanto no conteúdo (às vezes surrealista) como na técnica (frequentemente inferior à de vídeos de casamento).

Continuando a ler a notícia, a estranheza vai aumentando. Eis (pasme-se) duas medidas para "corporizar a vontade de apoiar o investimento e restabelecer a confiança num mercado fragilizado":

  1. "avaliação independente e regular dos endereços electrónicos da Administração Pública" (com caderninho de encargos quase acabado...);
  2. publicidade do Estado na Internet.

Talvez eu esteja demasiado cínico, mas apetece traduzir assim:

"Confiança, investidores! Para além de 1010 PTE, e de vos encomendar serviços web avulsos defeituosos, vamos ainda pagar a mais alguém para encontrar os defeitos e depois pagar novamente para corrigirem tudo. E aqueles anúncios estatais sem utilidade aparente excepto a propagandística, que se lembram de ver na TV? Regozijem-se! Agora também vamos encomendar na forma de banners!"

Se o mercado está fragilizado, isto parece, não uma medida para o regularizar mas um rolo de fita-cola muito cara para ir aguentando alguns cacos no lugar... usando o alibi dos "conteúdos" quando já devia ser claro que não é por esbanjar quantidades arbitrárias de dinheiro que eles aparecem melhores e em maior quantidade....

</opinião-puramente-pessoal-certamente-infundada>

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Referências
  • notícia da Lusa
  • Associação para a Promoção do Multimédia em Portugal
  • Mais acerca Portugal
  • Também por jmce
  • Esta discussão foi arquivada. Não se pode acrescentar nenhum comentário.
    Ore por nostrum (Pontos:2)
    por Gimp em 26-06-01 8:23 GMT (#1)
    (Utilizador Info)
    AMEN!
    Os meus 2 Paus zZzZz
    eu _adoro_ estas palhaçadas (Pontos:1)
    por peyote em 26-06-01 9:20 GMT (#2)
    (Utilizador Info)
    É impressão minha, ou a palavra "conteúdos" tornou-se uma buzzword? É mais uma daquelas palavras vagas q.b. que permite basicamente para justificar o que quer que seja em termos de gastos de dinheiro...

    "Hmm... apetece-me gastar dinheiro... Já sei, buga investir isto em conteúdos!!"

    Se o ministro quer esbanjar dinheiro, podia começar por melhorar as infraestruturas de ligação à internet com o estrangeiro.


    peyote

    ---
    'God is as real as I am', the old man said. I was relieved since I knew Santa wouldn't lie to me...
    Re:eu _adoro_ estas palhaçadas (Pontos:1)
    por Castanheiro em 26-06-01 14:47 GMT (#9)
    (Utilizador Info) http://students.fct.unl.pt/users/fdc10056
    Ao entrangeiro?? Eu preocupava-me primeiros com as infaestruturas de ligação cá no burgo, depois logo me preocupava com as ligações ao estrangeiro. Do que é q me vale ter uma ligação espectacular com os States ou com o UK se as ligações cá não me deixam aproveitá-las? Toda a gente sabe os pigs fenomenais ente isp's portugueses por exemplo....

    (eu a acabar de escrever isto e o meu modem a ir-se abaixo... até parece de propósito.... by the way, garanto-vos q o problema não foi do modem)
    buzzwordz (Pontos:4, Engraçado)
    por jmce em 26-06-01 15:02 GMT (#10)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/
    Sim, é uma buzzword. Tenho pena de não ter continuado a coleccioná-las. Assim de repente e só na esfera Ciência-Tecnologia-Educação lembro-me de:
    • conteúdos;
    • iniciativa;
    • cidadania (até esta...);
    • sociedade da informação;
    • novas tecnologias;
    • nova economia;
    • globalização;
    • convergência;
    • centros|pólos de excelência|desenvolvimento;
    • sinergias;
    • competências;
    • telemática;
    • multimedia;
    • néte;
    • sáite;
    • internéte;
    • e-<qualquer-coisa>
    • tele-<qualquer-coisa>
    • <qualquer-coisa> digital|electrónica;
    • tecido empresarial;
    • clusters;
    • ...

    Agh, acho que me estou a esquecer de muitas das melhores. :-)


    Re:buzzwordz (Pontos:1)
    por peyote em 26-06-01 17:27 GMT (#13)
    (Utilizador Info)
    o que me lembra do maravilhoso web economy bullshit generator ;)


    peyote

    ---
    'God is as real as I am', the old man said. I was relieved since I knew Santa wouldn't lie to me...
    Re:buzzwordz (Pontos:2)
    por chbm em 26-06-01 17:41 GMT (#14)
    (Utilizador Info) http://chbm.nu/
    o CYBER não morreu !
    a cyber-convergencia-sinergetica está viva !
    50 mega euros (Pontos:3, Interessante)
    por chbm em 26-06-01 9:54 GMT (#3)
    (Utilizador Info) http://chbm.nu/
    Pode ser que dê para comprar um portal ... assim de repente ocorre-me o terravista.ES^H^HPT.

    10 milhões de contos despejados para os bolsos de web designers(gasp!) em mais uma medida desenquadrada para promover o cyber-qualquercoisa na semana em que se anuncia o congelamento de salários da função pública ? Oh Sr. Ministro ... tenha juizo.
    heheheheh (Pontos:2)
    por TarHai em 26-06-01 10:42 GMT (#4)
    (Utilizador Info) http://www.dilbert.com
    Nao deixa de ser engracado relacionar a tarifa plana (noticia abaixo) com esta de cima.

    Pelo menos a mim, nao e o aumento de conteudo q vai fazer com que passe mais tempo online.
    ---
    Não sei se deva rir, ou chorar... (Pontos:1, Interessante)
    por drdude em 26-06-01 10:57 GMT (#5)
    (Utilizador Info)
    10 milhões de contos, do dinheiro dos contribuintes... para investir em projectos de "conteudos".

    "Conteudos" esses, que no EUA já provaram não ser modelo de negocio para ninguem, onde cerca de 80% das empresas de "conteudos" online que iniciaram o ano de 2001 não devem chegar a 2002; onde as empresas que ainda sobrevivem mudam o modelo de negocios e começam a cobrar pelos seus serviços de "conteudos", traindo a metodologia do que tudo o que estiver online deve ser "free".

    Anunciar online perdeu toda o "hype" que tinha de à 2 anos atrás. Actualemnte as empresas de media-ads/banners estão a sofrer uma triagem. O DoubleClick, que parece ser a empresa mais saudavél ainda não está propriamente "safa", actualmente a DoubleClick conta com tantos clientes como tinha no principio de 98, antes do grande boom... Mas agora o governo vai começar a anunciar num media... independentemente que este seja eficaz?

    Um governo conivente com as atitudes monopolistas da PT, que pela falta de coragem politica e falta de visão nunca conseguiram impor/elaborar verdadeiras "reformas" que preparassem Portugal para a nova sociedade de informação, aparece novamente com uma politica de "atirar areia aos olhos", tentando fazer nos esquecer o que é realmente importante.

    Portugal tem o pior ratio de alunos por PC na UE (PT - 1 pc por cada 65 alunos, grecia ~30 alunos/pc, n.irelanda 12a./pc, finlandia 3 alunos/pc).

    A Irelanda do Norte, preparou-se para a sociedade de informação, à cerca de 6/7 anos atrás, preparou infrastruturas para as telecomunicações.
    Regulamentou leis para o comercio electronico.
    Fez reformas fiscais, que beneficiavam a criação de PME's empresas, especialmente aquelas na area das T.I, e bio-tecnologia.
    Reformas na educação, incentivando os alunos a prosseguir estudos superiores tecnologicos, relacionados com T.I e biotec.

    Graças à falta de visão dos nossos governantes, Portugal, novamente desperdiça oportunidades para se juntar aos paises verdadeiramente desenvolvidos, continuando a ser o pais à beira mar plantado, a viver das receitas do turismo.

    Realmente, este 10 milhões bem poderiam ser poupados, e o orçamento de estado rectificativo agradecia! ;-)
    Apoiado! (Pontos:2)
    por leitao em 26-06-01 11:25 GMT (#6)
    (Utilizador Info) http://linuxfreesite.com/~nunoleitao/
    Graças à falta de visão dos nossos governantes, Portugal, novamente desperdiça oportunidades para se juntar aos paises verdadeiramente desenvolvidos, continuando a ser o pais à beira mar plantado, a viver das receitas do turismo.

    Apoiado!


    -- "Why waste negative entropy on comments, when you could use the same entropy to create bugs instead?" -- Steve Elias

    O exemplo queirosiano (Pontos:3, Interessante)
    por jmce em 26-06-01 13:11 GMT (#7)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/

    Mariano Gago diz que a "a reciclagem de conteúdos velhos já atingiu os seus limites". Alguém percebe o que ele quer dizer? É que por acaso há uma imensidão de conteúdos a que o ministro tem cultura suficiente para não chamar "velhos" e estão ainda intocados, pelo menos do ponto de vista do "interesse público", embora no papel pareçam estar "tratados".

    Um exemplo muito simples, no âmbito da muito professada mas pouco praticada promoção da língua portuguesa, tem a ver com a difusão livre de obras clássicas portuguesas na Internet. Não era preciso nem de longe um milhão de contos para pôr uma boa dose de volumes com acesso livre (e mecanismos de pesquisa) online, certamente muito mais valiosa do que tanta palha que tem sido paga a peso de ouro.

    Exemplo: comemoração do centenário da morte de Eça de Queirós. 2000, "Ano Queirosiano". 100 anos depois da morte de Eça, a Biblioteca Nacional "conseguiu" finalmente colocar online algumas obras, e mesmo assim restringindo-se a edições de antes da morte do autor; apesar do interesse destas, esqueceu-se o interesse de uma edição com ortografia actualizada. Talvez por "interesse" de editoras preocupadas com um copyright que não têm? Fez-se a digitalização do espólio do Eça, mas depois fechou-se tudo dentro da BN, em vez de o acrescentar aos tais queridos (em discursos) "conteúdos" na Internet: segundo a BN "não faria sentido apresentar ao grande público, via Internet, textos que, provindo da oficina do escritor, muitas vezes carecem do trabalho de desenvolvimento e acabamento que ele não pôde levar a cabo". Para além do (acho eu) insulto ao "grande público" que pagou a coisa, talvez a BN se esqueça que a Internet chega mais longe do que Lisboa e que neste mundo há estudiosos de Eça mais distantes do Campo Grande do que Carlos Reis (por acaso, à época, director da BN...).

    Continuando a exemplificar com o mesmo "insignificante" autor, a Fundação Eça de Queirós tinha "como cais de partida a divulgação e promoção nacional e internacional da obra do maior nome do romance português". Acesso livre online. Edições em papel a 200 escudos, como fazem a Dover e outras editoras com tantos clássicos? Não, isso seria demasiado complicado. A principal informação online parecia dedicar-se às iniciativas da Fundação na viticultura e no turismo rural. Livros do Eça não mostrava, mas em compensação falava dos seus bacalhau com pimentos e grão-de-bico e carne assada à moda da Luiza, acompanhados pelo Vinho Verde de Tormes? Isto para além de vender online uns postais e umas esferográficas e até alguns livritos (nem sempre relacionados com Eça).

    Mas até este "conteúdo de interesse público" se perdeu recentemente: www.feq.pt já não existe. apenas se encontram algumas cópias na cache do Google...

    O exemplo DR (Pontos:3, Interessante)
    por jmce em 26-06-01 14:44 GMT (#8)
    (Utilizador Info) http://jmce.artenumerica.org/

    ... E há também o exemplo de "conteúdos" realmente úteis de que já se falou no Gildot: que tal se como exemplo para a "Sociedade da Informação" pudessemos consultar online, livremente, todos os Diários da República?

    A infra-estrutura já existe, bastaria vontade. Será que é "inconveniente" termos acesso fácil a tanta informação? (Por exemplo, sobre como o ex-nosso dinheiro se vai escoando em subsídios...) Será que há um nicho de mercado de revenda e reprocessamento dessa informação (que devia e podia ser de acesso livre público) concessionado a grupinhos que não se quer "ofender"?

    enfim.. (Pontos:1)
    por hugosantos em 26-06-01 16:18 GMT (#11)
    (Utilizador Info)
    Pena que o senhor ministro se preocupe apenas com investimentos na area de conteudos na internet enquanto existem outros projectos de software nao relacionados com a internet e que promovem o nome portugues mas onde nao existem qualquer tipo de apoios.
    Re:enfim.. (Pontos:2)
    por leitao em 26-06-01 16:37 GMT (#12)
    (Utilizador Info) http://linuxfreesite.com/~nunoleitao/

        Como por exemplo ?!?

    -- "Why waste negative entropy on comments, when you could use the same entropy to create bugs instead?" -- Steve Elias
    Re:enfim.. (Pontos:1)
    por hugosantos em 26-06-01 21:52 GMT (#15)
    (Utilizador Info)
    Projectos multimedia com conteudo interactivo com as massas como target audience, a.ka. games. mas nao tou a falar de projectos de meia hora por dia mas de projectos de grande escala.
    Re:enfim.. (Pontos:2)
    por joao em 26-06-01 22:25 GMT (#16)
    (Utilizador Info) http://www.nonio.com
    Força! Vai em frente! Ou estás à espera que o estado subsidie jogos? Também é de interesse público?

    ----
    joao
    nonio.com - ciência, tecnologia e cultura
    Re:enfim.. (Pontos:1)
    por hugosantos em 27-06-01 0:51 GMT (#17)
    (Utilizador Info)
    Eu acho que e de interesse publico a divulgaçao da "content" portugues, como tb a valorizaçao de algumas pessoas da scene portuguesa.
    Re:enfim.. (Pontos:2)
    por joao em 27-06-01 9:52 GMT (#20)
    (Utilizador Info) http://www.nonio.com
    Eu acho que e de interesse publico a divulgaçao da "content" portugues, como tb a valorizaçao de algumas pessoas da scene portuguesa.

    Nem sei o que te responder. Se o estado subsidia jogos, fica alguma coisa para a iniciativa privada? E se que pessoas da scene portuguesa precisam de ser promovidas, quem me garante que elas valem alguma coisa? Eu entendo-te, a tua atitude é apenas um reflexo da socedade de pedintes em que vives. Mas repara, quem paga impostos não gostaria de os pagar para fazer jogos.

    ----
    joao
    nonio.com - ciência, tecnologia e cultura

    Re:enfim.. (Pontos:0)
    por Anonimo Cobarde em 27-06-01 2:07 GMT (#19)
    E tens algum exemplo? Lembrei-me (e já falei no outro post) de uns que queriam dinheiro para fazer um jogo que vieram aqui ao gildot pedi-lo. Como anda isso?
    Porque não começam por promover esses projectos por aqui? E em outros sites relacionados. Usem a sic radical para mostrar samples dos vossos trabalhos. Quem tem boca vai a roma. Ficarem a espera que o governo vos vá financiar o trabalho não é lá muito bom.
    Ou então arranjem maneira de algum professor vos arranjar alguma quantia que esteja disponivel para esbanjar na escola/univ: sempre era bom para promover a mesma.

     

     

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